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Biografia Nicolau Copérnico(astronomo e cientista)

Terça-feira, 19.02.13
Nicolau Copérnico
Nicolau Copérnico (Torun, 19 de Fevereiro de 1473 — Frauenburgo, 24 de Maio de 1543) foi um astrônomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.
Sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente teoria geocêntrica (que considerava a Terra como o centro), é tida como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.
A origem da teoria heliocêntrica
Na teoria de Copérnico, a Terra move-se em torno do Sol. Mas, seus dados foram corrigidos pelas observações de Tycho Brahe. Com base nelas e em seus próprios cálculos, Johannes Kepler reformou radicalmente o modelo copernicano e chegou a uma descrição realista do sistema solar. Esse fenômeno já havia sido estudado e defendido pelo bispo de Lisieux, Nicole d'Oresme, no século XIV. O movimento da Terra era negado pelos partidários de Aristóteles e Ptolomeu. Eles tinham que, caso a Terra se movesse, as nuvens, os pássaros no ar ou os objetos em queda livre seriam deixados para trás. Galileu combateu essa ideia, afirmando que, se uma pedra fosse abandonada do alto do mastro de um navio, um observador a bordo sempre a veria cair em linha reta, na vertical. E, baseado nisso, nunca poderia dizer se a embarcação estava em movimento ou não. Caso o barco se movesse, porém, um observado no ano de 1845 pois, a margem veria a pedra descrever uma curva descendente – porque, enquanto cai, ela acompanha o deslocamento horizontal do navio. Tanto um observador quanto o outro constataria que a pedra chega ao convés exatamente no mesmo lugar: O pé do mastro. Pois ela não é deixada para trás quando o barco se desloca. Da mesma forma, se fosse abandonada do alto de uma torre, a pedra cairia sempre ao pé da mesma – quer a Terra se mova ou não.
O cardeal S. Roberto Francisco Belarmino presidiu o tribunal que proibiu a teoria copernicana. Culto e moderado, ele conseguiu poupar Galileu. Estimulado pelo novo papa Urbano VIII, seu grande admirador, o cientista voltou à carga. Mas o Papa sentiu-se ridicularizado num livro de Galileu. E isso motivou sua condenação.
O percurso das balas de canhão e a queda dos corpos também foram estudadas por Galileu. Ele demonstrou que a curva descrita pelos projéteis é um arco de parábola e que os corpos caem em movimento uniformemente acelerado. Segundo as biografias romanceadas do cientista, ele teria realizado um experimento que desmoralizou definitivamente a física aristotélica. Subindo ao alto da torre de Pisa, deixou cair, no mesmo instante, dois corpos esféricos de volumes e massas diferentes: uma bala de mosquete e outra de canhão. Contra as expectativas dos acadêmicos aristotélicos, que apostavam na vitória da bala de canhão e na derrota do cientista, os corpos chegaram rigorosamente juntos ao chão.
O historiador da ciência Alexandre Koyré demonstrou que, assim como muitos outros mitos que enfeitam os relatos sobre a vida de Galileu, a famosa experiência de Pisa jamais ocorreu. Ela foi, na verdade, uma experiência idealizada, que o cientista realizou no recesso da sua consciência, e não um ruidoso espetáculo público. Sabia-se, desde o final da Idade Média, que a velocidade dos corpos aumentava à medida que eles caíam. E também se conhecia a lei matemática que descreve os movimentos uniformemente acelerados. O mérito de Galileu foi juntar as duas coisas e mostrar que, descartada a resistência do ar, todos os objetos caem com a mesma aceleração.

Ficheiro:Geoz wb en.svg
Heliocentrismo (painel inferior) em comparação com o modelo geocêntrico (painel superior)

 A teoria heliocêntrica
A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu livro, De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celestes"), durante o ano de sua morte, 1543. Apesar disso, ele já havia desenvolvido sua teoria algumas décadas antes.
O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, ou antropocêntrico, com a Terra em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a essa correta explicação do conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu uma clara explicação da causa das estações: O eixo de rotação da terra não é perpendicular ao plano de sua órbita.
Em sua teoria, Copérnico descrevia mais círculos, os quais tinham os mesmos centros, do que a teoria de Ptolomeu (modelo geocêntrico). Apesar de Copérnico colocar o Sol como centro das esferas celestiais, ele não fez do Sol o centro do universo, mas perto dele.
Do ponto de vista experimental, o sistema de Copérnico não era melhor do que o de Ptolomeu. E Copérnico sabia disso, e não apresentou nenhuma prova observacional em seu manuscrito, fundamentando-se em argumentos sobre qual seria o sistema mais completo e elegante.


Ficheiro:Aristarchus working.jpg

Os cálculos de Aristarco, no século III a.C., dos tamanhos relativos da Terra, Sol eLua, a partir de uma cópia grega do século X
                          

Da sua publicação, até aproximadamente 1700, poucos astrônomos foram convencidos pelo sistema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente 500 cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os padrões científicos da época). Entretanto, muitos astrônomos aceitaram partes de sua teoria, e seu modelo influenciou muitos cientistas renomados que viriam a fazer parte da história, como Galileu e Kepler, que conseguiram assimilar a teoria de Copérnico e melhorá-la. As observações de Galileu das fases de Vênus produziram a primeira evidência observacional da teoria de Copérnico. Além disso, as observações de Galileu das luas de Júpiter provaram que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a Terra.
O sistema de Copérnico pode ser resumido em algumas proposições, assim como foi o próprio Copérnico a listá-las em uma síntese de sua obra mestra, que foi encontrada e publicada em 1878.

Ficheiro:Ghotb2.jpg
Qutb al-Din, no século XIII, discutiu se o heliocentrismo era possível.

As principais partes da teoria de Copérnico são:

Os movimentos dos astros são uniformes, eternos, circulares ou uma composição de vários círculos (epiciclos).
O centro do universo é perto do Sol.
Perto do Sol, em ordem, estão Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno, e as estrelas fixas.
A Terra tem três movimentos: rotação diária, volta anual, e inclinação anual de seu eixo.
O movimento retrógrado dos planetas é explicado pelo movimento da Terra.
A distância da Terra ao Sol é pequena se comparada à distância às estrelas.
Se essas proposições eram revolucionárias ou conservadoras era um tópico muito discutido durante o vigésimo século. Thomas Kuhn argumentou que Copérnico apenas transferiu algumas propriedades, antes atribuídas a Terra, para as funções astronômicas do Sol. Outros historiadores, por outro lado, argumentaram a Kuhn, que ele subestimou quão revolucionárias eram as teorias de Copérnico, e enfatizaram a dificuldade que Copérnico deveria ter em modificar a teoria astronômica da época, utilizando apenas uma geometria simples, sendo que ele não tinha nenhuma evidência experimental.

Ficheiro:Nicholas of Cusa.jpg

Nicolau de Cusa, século XV, questionou se havia qualquer razão para afirmar o heliocentrismo.

 O modelo heliocêntrico

 
Os filósofos do século XV aceitavam o geocentrismo como fora estruturado por Aristóteles e Ptolomeu. Esse sistema cosmológico afirmava (corretamente) que a Terra era esférica, mas também afirmava (erradamente) que a Terra estaria parada no centro do Universo enquanto os corpos celestes orbitavam em círculos concêntricos ao seu redor. Essa visão geocêntrica tradicional foi abalada por Copérnico em 1537, quando este começou a divulgar um modelo cosmológico em que os corpos celestes giravam ao redor do Sol, e não da Terra. Essa era uma teoria de tal forma revolucionária que Copérnico escreveu no seu De revolutionibus orbium coelestium (do latim: "Das revolucões das esferas celestes"): "quando dediquei algum tempo à ideia, o meu receio de ser desprezado pela sua novidade e o aparente contra-senso quase me fez largar a obra feita".
Naquele tempo a Igreja Católica aceitava essencialmente o geocentrismo aristotélico, (embora a esfericidade da Terra estivesse em aparente contradição com interpretações literais de algumas passagens bíblicas). Ao contrário do que se poderia imaginar, durante a vida de Copérnico não se encontram críticas sistemáticas ao modelo heliocêntrico por parte do clero católico. De fato, membros importantes da cúpula da Igreja ficaram positivamente impressionados pela nova proposta e insistiram para que essas ideias fossem mais desenvolvidas. Contudo a defesa, quase um século depois, por Galileu Galilei, da teoria heliocêntrica vai deparar-se com grandes resistências no seio da mesma Igreja Católica.

Ficheiro:2064 aryabhata-crp.jpg
 Aryabhata, século V, desenvolveu um modelo planetário computacional que tem sido interpretado como heliocêntrico.


Como Copérnico tinha por base apenas suas observações dos astros a olho nu e não tinha possibilidade de demonstração da sua hipótese, muitos homens de ciência acolheram com cepticismo as suas ideias. Apesar disso, o trabalho de Copérnico marcou o início de duas grandes mudanças de perspectiva. A primeira, diz respeito à escala de grandeza do Universo: avanços subsequentes na astronomia demonstraram que o universo era muito mais vasto do que supunham quer a cosmologia aristotélica quer o próprio modelo copernicano; a segunda diz respeito à queda dos graves. A explicação aristotélica dizia que a Terra era o centro do universo e portanto, o lugar natural de todas as coisas. Na teoria heliocêntrica, contudo, a Terra perdia esse estatuto, o que exigiu uma revisão das leis que governavam a queda dos corpos, e mais tarde, conduziu Isaac Newton a formular a lei da gravitação universal.

 Cronologia
1473 – 19 de Fevereiro – nasce Nicolau Copérnico, em Thorn, Prússia Real.
1483 – Morre o pai de Copérnico que vai ser criado pelo tio materno Lucas Watzenrode.
1489 – Lucas Watzenrode, tio de Copernico é eleito Bispo de Warmia.
1491 – Copérnico vai para a Universidade de Cracóvia.
1497 – Copérnico vai para a Itália, estudar Direito Canónico na Universidade de Bolonha.
1497 – 9 de Março – Copérnico registra sua primeira observação: um eclipse da estrela Aldebarã.
1499 – Copérnico viaja para Roma.
1503 – Copérnico recebe seu diploma em Direito Canônico, em Ferrara.
1503 – Copérnico retorna para a Prússia Real.
1504 – É eleito Cônego em Frauenburgo.
1512 – Morre o tio de Copérnico, bispo Lucas Watzenrode que o educou.
1517 – 31 de Outubro – Martinho Lutero publica as 95 teses de sua Reforma.
1534 – Alessandro Farnese é eleito papa sob o nome de Paulo III.
1539 – Rheticus torna-se discípulo de Copérnico, em Frauenburgo.
1542 – O Papa Paulo III restabelece a Inquisição.
1543 – Rheticus, em nome de Copérnico, publica a obra "De Revolutionibus Orbium Coelestium" em Nuremberga.
1543 – Em 24 de Maio morre Copérnico, em Frauenburgo no mesmo dia da publicação de sua obra "Da revolução de                  esferas celestes".
1545 – O Papa Paulo III convoca o Concílio de Trento.
2010 – Os restos mortais de Copérnico são enterrados novamente na catedral de Frombork (antiga Frauenburgo), 467 anos após sua morte.

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publicado por duronaqueda às 17:10

Keika turma da monica

Terça-feira, 19.02.13

  Keika
Keika é a mascote feminina do Centenário da Imigração Japonesa. Foi criada por Mauricio de Sousa, durante o Centenário da Imigração Japonesa. Assim como Tikara o significado do nome dela é bravura, honestidade, pureza, e integridade. Ela foi escolhida pela ACCJIB - Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil de São Paulo na divulgação de eventos no centenário que aconteceu no dia 18 de junho de 2008. Entre muitas criações de 200 integrantes, este foi o segundo selecionado.
Descrição da Personagem

Keika começou a aparecer nas histórias de Mauricio de Sousa, integrando os quatro principais personagens: Mônica, Cebolinha, Cascão, e Magali e o resto da turma. Ela é uma menina que possui um gato chamado Neko. A família dela também tem costumes japoneses, como vimos no Mônica nª 18, no qual eles se mudam para o Bairro do Limoeiro.
Família/Animais

Keika tem um avô chamado Seu Takeda (dito pela Mônica) e Neko. Estes foram os que apareceram no Mônica nª 18, quando eles chegaram ao bairro do Limoeiro.
Parentes
Seu Takeda: É o avô de Keika. Na edição Mônica nª 18. Ele tem uma pequena aparição: só falou 10 palavras. Assim como Cebolinha ele sofre de Disalia, e a Mônica falou o nome dele.
                Animais
Neko: gato de estimação (o nome significa gato em japonês).
                  Eventos

A criação da mascote reservou um lugar com direito a um show no Festival do Centenário da imigração japonesa no centro de exposições Imigrantes, juntamente com seu companheiro Tikara.
 Curiosidades

O número da edição da primeira aparição deles é Mônica nª 18
Turma da Monica Jovem
Keika
Aparece na edição 26, onde faz par romântico com Tikara na valsa do aniversário da Marina. Possui cabelos curtos, é muito linda e esbelta. Possui altos conhecimentos sobre maquiagem e beleza, e ajuda as garotas a se arrumarem para o aniversário da Marina. Em suas primeiras aparições, dá a entender que é namorada de Tikara, o que gera dúvidas, já que é vista sendo paquerada por outros garotos do bairro nas demais edições.
Na edição 47, ela e Tikara estão morando por um tempo no Japão, onde recebem a visita da Turma. Na mesma edição, é revelado que os dois fazem parte do Superpoderoso Esquadrão Sentai. Tem um avô que constroi os mecanismos do Banzai Robô, embora os mecanismos não funcionem como deveriam.

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publicado por duronaqueda às 11:01

A HISTORIA DO THE WHO (BANDA DE ROCK)

Terça-feira, 19.02.13

      The Who
The Who é uma banda de rock britânica surgida em 1964. A formação original era composta por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria). O grupo alcançou fama internacional, se tornou conhecido pelo dinamismo de suas apresentações  e passou a ser considerado uma das maiores bandas de rock and roll de todos os tempos.  Eles também são julgados pioneiros do estilo, popularizando entre outras coisas a ópera rock (principalmente com Tommy).

No princípio de sua carreira a banda ficou famosa por arrebentar completamente seus instrumentos no final dos shows (especialmente Townshend, cuja destruição de guitarras tornar-se-ia um clichê do rock, e o alucinado Keith Moon, mandando seu kit de bateria pelos ares). Seus primeiros álbuns mod, repletos de canções pop curtas e agressivas, os distintos power chords de Townshend e temas recorrentes de rebelião juvenil e confusão sentimental, foram influências primordiais no surgimento do punk rock e do power pop.

Década de 1960
                                                                                                                    Primórdios
A primeira banda que pode ser considerada a base do Who foi um grupo de "trad jazz" montado por Pete Townshend e John Entwistle, chamado The Confedereates. Townshend tocava banjo e Entwistle trompa (instrumento que ele continuaria a usar no Who e em sua carreira solo). O guitarrista Roger Daltrey conheceu Entwistle na rua (enquanto este último carregava seu baixo pendurado no ombro) e o chamou para entrar para sua banda. Entwistle concordou e sugeriu Townshend como guitarrista rítmico.

Roger Daltrey


No princípio essa banda era conhecida como The Detours. Assim como muitos de seus contemporâneos britânicos, o grupo era fortemente influenciado pelo blues americano e country music, inicialmente tocando mais rhythm and blues. A primeira formação consistia de Roger Daltrey na guitarra base, Pete Townshend na guitarra rítmica, John Entwistle no baixo, Doug Sandom na bateria e Colin Dawson nos vocais. Depois de Dawson deixar a banda, Daltrey assumiu sua vaga e Townshend se tornou o único guitarrista. Em 1964 Doug Sandom saiu do grupo, e Keith Moon se tornou seu baterista.


Pete Townshend


O Detours mudou de nome para "The Who" em 1964 e, com a chegada de Keith Moon, a formação estava completa. No entanto, por um breve período em 1964, sob a direção do afamado mod Peter Meaden, eles mudaram de nome novamente, agora para High Numbers, lançando o compacto "Zoot Suit / I'm The Face", designado para atrair o público mod. Com o fracasso do compacto, a banda demitiu Meaden e retornou ao nome The Who, passando a ser empresariada por Chris Stamp e Kit Lambert. Pouco depois conseguiram se tornar uma das bandas mais populares entre os mods britânicos, uma subcultura dos anos 60 que unia modas, Motonetas e gêneros musicais como o rhythm and blues, soul, e música beat.


Zak Starkey


Para destacar seu estilo, a banda criou o slogan "Maximum R&B". 
Em setembro de 1964, na Railway Tavern em Harrow and Wealdstone, Inglaterra, Pete Townshend destruiu sua primeira guitarra. Tocando num palco alto demais, o estilo físico das performances do guitarrista resultaram no rompimento do corpo de seu instrumento, quando ele se chocou contra o teto. Furioso com as risadas da plateia, Townshend arrebentou a guitarra em pedaços, pegou uma Rickenbacker de doze cordas e continuou o concerto. Por conta disso, o público no show seguinte aumentou consideravelmente, mas ele se recusou a destruir outro instrumento. Ao invés disso, Keith Moon foi quem arrebentou seu kit de bateria.

Ficheiro:RabbitBundrick1974.png

John Bundrick


 A destruição de instrumentos se tornaria um destaque dos shows ao vivo do Who pelos próximos anos, e o incidente na Railway Tavern acabaria entrando para a lista de "50 Momentos que Mudaram a História do Rock 'n' Roll" da Rolling Stone. 
O grupo logo se cristalizaria ao redor das composições de Townshend (embora Entwistle também contribuísse com suas canções). Townshend era o centro das tensões da banda, esforçando-se sempre para surgir com ideias inovadoras e reflexivas enquanto Daltrey preferia o material mais agressivo e enérgico e Moon a surf music norte-americana.

Pino Palladino


     Os primeiros compactos e My Generation
O primeiro lançamento do Who, e seu primeiro sucesso, foi o compacto estilo-Kinks "I Can't Explain", lançado em 1965, seguido por "Anyway, Anyhow, Anywhere", a única composição conjunta de Townshend e Daltrey.
Sua estreia em LP foi no mesmo ano, com My Generation. O álbum trazia canções que se tornariam hinos do movimento mod, como "The Kids Are Alright" e a faixa-título "My Generation", com o famoso verso "I hope I die before I get old" ("Eu espero morrer antes de envelhecer"). Outros êxitos seguiram-se com os compactos "Substitute", "I'm A Boy" e "Happy Jack" (1966), "Pictures Of Lily" e "I Can See For Miles" (1967) e "Magic Bus" (1968).


Simon Townshend


  Trabalho conceitual
Apesar do grande sucesso alcançado com seus compactos, o Who, ou mais especificamente Townshend, esgotara suas ambições com formato. Ao mesmo tempo o som da banda evoluía, e suas músicas se tornavam mais provocativas e envolventes enquanto Townshend passava tratar os álbuns do Who como projetos unificados, ao invés de meras coleções de canções desconexas. O primeiro sinal desta ambição surgiu em seu A Quick One (1966), que trazia uma coleção de canções que reunidas contavam uma história,

Ficheiro:Keith Moon 4 - The Who - 1975-2.jpg

Keith Moon


    "A Quick One, While He's Away", a partir de então tachada de "mini-ópera" e mais tarde considerada o primeiro épico progressivo. 
A seguir veio The Who Sell Out (1967), um álbum conceitual que pretendia simular a transmissão de uma estação de rádio pirata, incluindo aí jingles e propagandas. Em 1968, Pete Townshend foi o convidado da primeira entrevista da revista Rolling Stone. Nela, revelou que estava envolvido na composição de uma ópera rock em larga escala.


John Entwistle


           
                                                                                               Tommy e Live At Leeds
Nessa época os ensinamentos de Meher Baba passaram a exercer influência importante nas composições de Townshend, e essa conjunção de ideias acabaria desaguando em Tommy (1969), sua primeira ópera rock completa e a primeira a alcançar sucesso comercial. O indiano é creditado como "Messias" na contra-capa do álbum Tommy. No mesmo ano tocaram no Woodstock'69
Em fevereiro de 1970 o Who gravou Live at Leeds, considerado por muitos o melhor álbum ao vivo de rock de todos os tempos.


Kenney Jones


  O álbum, relativamente curto em sua versão original e trazendo as canções mais pesadas do show, foi sendo relançado com o passar dos anos em diversas versões expandidas e remasterizadas, que pretendiam consertar problemas técnicos na gravação e acrescentar as demais partes da apresentação.
No mesmo ano o Who começou a trabalhar em um EP, ou "maxi single", com meia dúzia de canções gravadas no estúdio caseiro de Townshend. No Festival da Ilha de Wight em agosto, o grupo apresentou "I Don't Even Know Myself" e "Water", que seriam parte deste novo álbum. Alguns meses depois Townshend compôs "Pure and Easy", uma canção que ele mais tarde descreveria como o "pivô central" do que se tornaria um ambicioso projeto multimídia chamado Lifehouse, que afastou a banda do trabalho no EP, já então abandonado.


                                                                                                    Década de 1970
                                                                                              Lifehouse e Who's Next
O próprio Lifehouse nunca foi concluído no formato pelo qual foi projetado, embora seus temas acabassem surgindo de forma recorrente nos futuros trabalhos solo de Townshend. Em março de 1971 a banda começou a gravar as canções de Lifehouse sob a produção de Kit Lambert em Nova York. Lambert, então viciado em heroína, foi de pouco auxílio nas sessões, e a banda retornou à Inglaterra para regravar o material com o produtor Glyn Johns em abril. O resultado, Who's Next, acabaria por ser o trabalho mais aclamado do The Who entre os críticos e fãs.

  Quadrophenia e The Who by Numbers
Após Who's Next a banda voltaria ao estúdio somente em maio de 1972. Essas sessões dariam origem a mais uma ópera-rock de Townshend, Quadrophenia (1973), a história de um adolescente mod chamado Jimmy e sua luta contra tormentos internos e a busca por um lugar na sociedade. Os álbuns seguintes do Who evocavam canções mais pessoais de Townshend, estilo que ele eventualmente transferiria para seus álbuns solo. The Who by Numbers, de 1975, traz diversas canções introspectivas e depressivas, vistas por um certo crítico de rock como um "bilhete de suicídio" de Townshend.

  Who Are You e a morte de Moon
Em 1978 a banda lançou Who Are You, distanciando-se do estilo épico das óperas rock enquanto se aproximava do som mais comum às rádios. O lançamento do álbum foi ofuscado pela morte de Keith Moon devido à overdose acidental de um remédio prescrito em seu combate contra o alcoolismo. Kenney Jones, ex-Small Faces, assumiu seu lugar. No ano seguinte a tragédia voltou a rondar o grupo: no dia 3 de dezembro de 1979 um tumulto no lado de fora do Riverfront Coliseum em Cincinnati, Ohio, provocou a morte de onze fãs que aguardavam o início do show do Who. A banda soube do incidente somente após a apresentação, ficando devastada com o ocorrido.

    Década de 1980
                                                                                                                  Declínio e separação
O grupo chegou a lançar dois álbuns com Kenney Jones na bateria, Face Dances (1981) e It's Hard (1982). A perda de Moon representou uma mudança no som da banda, que passou a ser mais calcado no pop. Embora tenha agradado à crítica e vendido razoavelmente bem, os dois álbuns lançados pelo The Who na década de 1980 são atualmente descartados por muitos fãs como inferiores à antiga fase. Logo após o lançamento de It's Hard a banda embarcou em uma turnê de despedida, depois de Pete Townshend admitir seu alcoolismo, se recuperar e afirmar que gostaria de realizar mais uma turnê com a banda antes de transformá-la numa banda de estúdio.


                                                                                                                 Foi a turnê mais lucrativa de 1982, com multidões lotando estádios e arenas ao redor da América do Norte.
Após seu último show em dezembro de 1982, Townshend passou parte de 1983 tentando compor material para o próximo álbum de estúdio do Who, para cumprir o contrato assinado com a Warner Bros. Records em 1980. No final do ano, no entanto, Townshend se diz incapaz de produzir composições que ele sentisse serem apropriadas para a banda, divulgando um comunicado em dezembro de 1983, onde anunciou sua saída do Who e o fim da banda.

   Reuniões
Em 13 de julho de 1985 os integrantes do Who, incluindo Kenney Jones, se reuniram para uma única apresentação no concerto Live Aid no Wembley Stadium. O grupo apresentou "My Generation", "Pinball Wizard", "Love Reing O'er Me" e uma obviamente mal-ensaiada "Won't Get Fooled Again".
Em 1988 o Who foi homenageado com um prêmio pelo conjunto de sua obra pela British Phonographic Industry. A banda apresentou um curto set durante a cerimônia, marcando a última colaboração de Kenney Jones. Em 1989 eles embarcaram numa turnê de reunião, enfatizada no aniversário de 25 anos da banda e nos 20 de Tommy.

 Década de 1990
Em 1990, o Who foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll. A seção destinada a eles no Salão da Fama os descreve como um dos principais candidatos ao título de "A Maior Banda de Rock do Mundo". Apenas os Beatles e os Rolling Stones receberam um tratamento similar no Salão da Fama.
Em 1991 o Who gravou uma versão da canção "Saturday Night's Alright For Fighting", de Elton John. Este seria o último lançamento de estúdio da banda com John Entwistle.

 Turnê de Quadrophenia
Em 1996 Pete Townshend foi convidado a se apresentar num concerto de rock no Hyde Park em Londres. Ele pensou em tocar Quadrophenia em versão acústica, exibindo trechos do filme em um telão. Depois de contactar John Entwistle e Roger Daltrey, ficou acertado que a apresentação de Quadrophenia iria acontecer. A banda foi auxiliada por Zak Starkey na bateria, John "Rabbit" Bundrick nos teclados e Simon Townshend e Geoff Whitehorn nas guitarras. A formação aumentou para incluir uma seção de metais, vocalistas de apoio e Jon Carin como tecladista adicional, e também convidados especiais para interpretar os personagens do álbum.

Apesar de algumas dificuldades técnicas, o show foi um sucesso, o que fez com que o grupo embarcasse em uma turnê de dois anos pela Europa e América do Norte.
Com o término da turnê o Who se separou novamente, voltando a se reunir em 1999 (com apenas cinco integrantes: Townshend, Daltrey, Entwistle, Starkey e Rabbit) para diversos shows beneficentes em casas de show pequenas.

Década de 2000
                                                                                      Shows de caridade e a morte de Entwistle
O sucesso das apresentações de 1999 desencadearam mais uma turnê pelos EUA e Reino Unido em 2000, que terminou com um show de caridade no Royal Albert Hall em prol da Teenage Cancer Trust, mais tarde lançada em CD e DVD. As críticas positivas da imprensa levaram os três integrantes a discutirem a possibilidade de um novo álbum.
A banda se apresentou no The Concert for New York City em outubro de 2001. Enquanto outros artistas preferiram escolher canções calcadas no sentimentalismo, o Who tocou uma sequência de suas canções de sucesso, sem invocar ou relembrar a tragédia recente. No mesmo ano, eles foram homenageados com um Grammy pelo conjunto de sua obra.

Nas vésperas do início de mais uma turnê em 2002, John Entwistle foi encontrado morto em seu quarto no Hard Rock Hotel em Las Vegas, Nevada. O laudo do legista apontou que, embora não se tratasse tecnicamente de uma overdose, uma modesta quantidade de cocaína foi a causa do óbito, que obstruiu suas artérias já prejudicadas por um problema cardíaco não tratado. Após uma breve pausa, a turnê teve início com o baixista Pino Palladino no lugar de Entwistle. A maioria dos shows foram lançados em CD pela eelpie  como parte da Encore Series, projeto que visa inibir a pirataria de concertos da banda.

   Endless Wire
Em 2004 o The Who lançou duas músicas inéditas na coletânea Then and Now: "Old Red Wine", uma homenagem póstuma a Entwistle, e "Real Good Looking Boy", que fala da influência de Elvis Presley nos garotos dos anos 1950. O grupo então embarcou em mais uma turnê, tocando em festivais no Japão, Austrália e em datas individuais no Reino Unido e na América do Norte. No dia 13 de junho de 2005 Townshend e Daltrey se apresentaram pela primeira vez como uma dupla no evento de caridade Four Season Hope Charity. Quase um mês depois, em 7 de julho, a banda participa do evento Live 8. Enquanto isso é anunciado o lançamento de um álbum inédito Endless Wire, cuja gravação, após vários atrasos e interrupções, finalmente tem início em fevereiro de 2006, sendo concluída em abril.

Antes do álbum ser lançado, e posteriormente para ajudar a promovê-lo, o The Who embarcou em sua Turnê de 2006-2007. A princípio foram 24 datas pela Europa, seguidas por shows na América do Norte. Os shows foram novamente incluídos em CD e desta vez também em DVD, como parte da Encore Series. Endless Wire sai a 30 de outubro de 2006, sendo o primeiro álbum de inéditas do grupo desde It's Hard, de 1982. Estreou direto na sétima colocação das paradas da Billboard nos EUA e em nono lugar no Reino Unido.

Em 26 de novembro de 2009, foi confirmada a participação do Who no show do intervalo do Super Bowl XLIV no Dolphin Stadium em 7 de fevereiro de 2010.  O grupo apresentou um medley de "Pinball Wizard", "Baba O'Riley", "Who Are You", "See Me, Feel Me", e "Won't Get Fooled Again". 
Em 12 de agosto de 2012 a banda se apresentou no encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres. A banda tocou um medley com as músicas "Baba O'Riley", "See Me, Feel Me", e "My Generation".



               Integrantes

 The Detours (1962–1964)
Colin Dawson: vocais (até janeiro de 1963)
Gabby Connoly: vocais (de janeiro de 1963 a fevereiro de 1964)
Roger Daltrey: guitarra (a partir de 1964), vocais e gaita
Pete Townshend: guitarra e vocais
John Entwistle: baixo e vocais
Doug Sandom: bateria
               The Who (de fevereiro a abril de 1964)
Roger Daltrey: vocais e gaita
Pete Townshend: guitarra e vocais
John Entwistle: baixo e vocais
Doug Sandom: bateria

  Formação clássica (1964–1978)
Roger Daltrey: vocais e gaita
Pete Townshend: guitarra, vocais (em algumas canções) e sintetizadores (principal compositor)
John Entwistle: baixo, trompa e vocais (em algumas canções)
Keith Moon: bateria, percussão e vocais (em raras ocasiões)
          Face Dances e It's Hard (1979–1983)
Roger Daltrey: vocais, gaita e guitarra
Pete Townshend: guitarra, vocais (em algumas canções) e sintetizadores (principal compositor)
John Entwistle: baixo e vocais (em algumas canções)
Kenney Jones: bateria
John "Rabbit" Bundrick: teclados (turnê de Face Dances, 1979–1981)
Tim Gorman: teclados (turnê de It's Hard, 1982)

     Discografia

             Álbuns de estúdio
My Generation (nos EUA: The Who Sings My Generation) (1965)
A Quick One (nos EUA: Happy Jack) (1966)
The Who Sell Out (1967)
Tommy (1969)
Who's Next (1971)
Quadrophenia (1973)
The Who by Numbers (1975)
Who Are You (1978)
Face Dances (1981)
It's Hard (1982)
Endless Wire (2006)

Álbuns ao vivo
Live at Leeds (1970)
Who's Last (1984)
Join Together (1990)
Live at the Isle of Wight Festival 1970 (1996)
BBC Sessions (2000)
The Blues To The Bush (2000)
Live at the Royal Albert Hall (2003)
Encore Series 2002 (2002)
Encore Series 2004 (2004)
Encore Series 2006 (2006)
Live from Toronto (2006)

Coletâneas
Magic Bus: The Who on Tour (1968)
Direct Hits (1968)
Meaty Beaty Big and Bouncy (1971)
Odds & Sods (1974)
The Story Of The Who (1976)
Phases (9 LP box set) (1981)
Hooligans (1981)
Join Together (1982)
Who's Greatest Hits (1983)
Rarities Vol.1 (1983)
Rarities Vol.2 (1983)
The Singles (1984)
The Who Collection (1985)
Who's Missing (1985)
Two's Missing (1987)
Who's Better, Who's Best (1988)
Thirty Years of Maximum R&B (boxset com 4 CDs) (1994)
My Generation: The Very Best of the Who (1996)
The Ultimate Collection (2002)
20th Century Masters - The Best of the Who (2003)
The 1st Singles Box (boxset com 12 CDs de 12 x 7") (2004)
Then and Now (2004)
Greatest Hits: The Who (2009)

Trilhas sonoras
The Kids Are Alright (1979)
Amazing Journey: The Story of the Who (2008)
                  EPs
Ready Steady Who! (11 de novembro de 1966)
"Disguises" / "Circles" / "Batman" / "Bucket T" / "Barbara Ann"
Tommy (11 de novembro de 1970)
"Overture" / "Christmas" / "I’m Free" / "See Me Feel Me"
Wire & Glass (2006)

  Formação atual (2002–presente)
Roger Daltrey: vocais, gaita e guitarra
Pete Townshend: guitarra e vocais
John "Rabbit" Bundrick: teclados
Zak Starkey: bateria
Pino Palladino: baixo
Simon Townshend: guitarra e backing vocals

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publicado por duronaqueda às 00:21