A Historia Do Charlie Brown Jr.(banda de rock)
Terça-feira, 12.03.13
Charlie Brown Jr. Charlie Brown Jr. é uma banda brasileira formada em Santos no ano de 1992. Mistura vários ritmos como o hardcore, o reggae, o rap, o skate punk, criando um estilo próprio. Suas letras fazem críticas à sociedade da perspectiva do universo jovem contemporâneo. Todos os membros da banda são naturais da cidade de Santos, exceto o vocalista Chorão, que nasceu em São Paulo. |
Começo de carreira Em 1987, o então adolescente paulistano de apenas dezessete anos de idade Alexandre Magno se mudou para Santos, litoral de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Era mais conhecido pelo apelido de Chorão, passou a se interessar pela prática do skate. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades fisiológicas. Uma pessoa da plateia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, uma criança de apenas doze anos na época, formaram então a banda What's Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar o baterista Renato Pelado, egresso de bandas da cidade como Ecossistema, Jornal do Brasil, entre outros projetos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. |
Chorão Além de vocalista e um dos fundadores do Charlie Brown Jr., Chorão era responsável pelas letras da banda e pelo direcionamento artístico e executivo da banda. Esteve na banda desde 1992 e foi o único que sempre permaneceu em todas as formações da banda. Seu verdadeiro nome é Alexandre Magno Abrão, mas o apelido de Chorão vem do skate. Certo dia, ele viu os amigos andando de skate, e um deles passou por ele e, para sacaneá-lo, dizia "não chora!", já que Chorão ainda não sabia andar. Após ter aprendido o esporte, o vocalista participou de várias competições, chegando ao vice-campeonato paulista, e acabou ficando com o apelido. Coordenava uma pista de skate para crianças das favelas, buscando maior interação social, mostrando que o esporte é algo relevante na carreira da banda. Chorão morreu no dia 6 de março de 2013. |
A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. "Fundei e batizei a banda com esse nome em 1992. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como Raimundos, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Sublime, Bad Brains, 311, misturando hardcore, skate e reggae O vocalista da banda, Chorão, era skatista, chegando a figurar nas melhores posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, e costumava apresentar-se nos shows em cima de um skate. Por volta de 1993, já com esta formação da banda, eles começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate. As primeiras apresentações do quinteto aconteceram em Santos e São Paulo, especialmente em campeonatos de skate. |
Champignon Baixista, beat-Box e backing vocal. Entrou no Charlie Brown Jr em 1992, mas saiu da banda em 2005, neste período ele gravou 7 discos com a banda, em 2011 Champignon retorna ao Charlie Brown, após Chorão publicar um texto explicando que o contrato de Heitor Gomes tinha rompido, e ambos acharam melhor a separação. Nesse mesmo comunicado ele anuncia que Champignon estaria voltando à banda, depois de quase seis anos. Esteve presente na gravação do CD e DVD Música Popular Caiçara que foi lançado em março de 2012. |
Uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio, presidente da Virgin Records no Brasil e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De uma demo de três faixas surge o primeiro disco do CBJr, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin. Nasce então o álbum Transpiração Contínua Prolongada, tem esse nome por realmente retratar tudo que a galera passou para chegar onde chegaram. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-Lagoa 66), o álbum é bem recebido pelas rádios com as faixas "O Coro Vai Comê!", "Proibida pra Mim (Grazon)", "Tudo que Ela Gosta de Escutar" e "Gimme o Anel", vendendo 500 mil cópias. Na época, o baixista Champignon era menor. Consequentemente, sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo. |
Thiago Castanho Guitarrista solo, Thiago Castanho entrou no Charlie Brown Jr. em 1994 e, depois de tocar nos três primeiros discos, se desligou da banda em 2001. Antes de voltar e assumir definitivamente as guitarras do Charlie Brown Jr. no ano de 2005, Thiago montou o estúdio Digital Grooves em Santos, SP, cursou administração de empresas durante seis meses e gravou um Acústico MTV com a banda Ira!. Thiago também fez parte da banda Aliados. Apesar da volta de Marcão, continua sendo o principal responsável pelos solos de guitarra, assim como era há vários anos, quando ainda existia a dupla na banda. |
Repercussão comercial De 1999 a 2006, a canção "Te Levar" foi tema do seriado Malhação, da Rede Globo, fazendo com que a banda abrangesse seu trabalho às mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia, a banda ganhou vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios espalhadas pelo país...Em 1999, após a estreia promissora, o grupo voltou com Preço Curto... Prazo Longo, composto por 25 canções inéditas, entre elas "Confisco", "Zóio de Lula", "Te Levar", "O Preço" e "Não Deixe o Mar te Engolir", que sedimentaram a boa recepção da banda e garantiram sua presença nas rádios. Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, o grupo passou por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, que quase encerrou a carreira. |
Marcão Guitarrista, entrou no Charlie Brown Jr. em 1992, foi um dos responsáveis pela chegada do guitarrista Thiago Castanho, que havia sido seu aluno de guitarra. No período de sua primeira passagem na banda ele gravou sete discos, antes de sair em 2005, Marcão retorna para o Charlie Brown Jr. em 2011, durante um show no Viradão Carioca. Esteve presente na gravação do CD e DVD Música Popular Caiçara. |
Apesar das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com os Tubarões, lançado em 2000, cujos destaques foram as faixas "Rubão - O Dono do Mundo" e "Não é Sério". O disco marcava a entrada de DJ Anderson Faria como acompanhante fixo na turnê deste disco, que também contou com participações especiais, como o rapper Sabotage, a cantora Negra Li (na música "Não é Sério") e seu grupo RZO. Este disco apresentou uma sonoridade mais produzida e carregada se comparado aos dois primeiros álbums, com algumas letras refletindo o momento delicado pelo qual Chorão estava passando, devido à morte do seu pai. No fim do ano, o Charlie Brown Jr. decidiu, junto com outras bandas, não participar do Rock in Rio - Por um Mundo Melhor por discordar do tratamento dispensado às bandas nacionais. |
Bruno Graveto Baterista, entrou na banda no ano de 2008 e toca desde os doze anos. Antes de entrar no Charlie Brown Jr. tocou em outras bandas, como Pipeline e O Surto. Tocou também com o baixista Heitor Gomes na banda Fusion. |
No fim de 2000, o guitarrista Thiago Castanho deixa o grupo, alegando divergências pessoais. No mesmo ano, porém, a banda vence o Video Music Brasil, levando o prêmio "Escolha da Audiência" pelo clipe de "Rubão". Como um quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com a EMI para lançar 100% Charlie Brown Jr. (Abalando a sua Fábrica) no final do ano, com canções totalmente inéditas. As faixas de maior destaque foram "Hoje eu Acordei Feliz", "Lugar ao Sol" e "Sino Dourado". Nesse álbum o grupo focou-se mais no rock e no hardcore, deixando um pouco de lado suas outras influêcias. Ao contrário do que fizeram nos 3 primeiros discos, optaram por gravar o novo trabalho ao vivo (método em que todos os músicos tocam ao mesmo tempo no estúdio), resultando em uma sonoridade mais crua. Em abril de 2002, uma apresentação da banda no Rio de Janeiro acabou em tumulto generalizado. Devido a uma briga, os integrantes da banda saíram do palco antes do previsto, causando revolta na plateia. Lojas e lanchonetes do parque Terra Encantada foram depredadas. Não houve feridos graves. |
Heitor Gomes é filho do renomado baixista, Chico Gomes Heitor já tocou em muitas bandas, inclusive numa chamada Fusion, na qual o baterista era Bruno Graveto, hoje também do Charlie Brown Jr. Em 2005, com a separação quase total da banda, foi convidado por Thiago Castanho, que voltava a banda, junto com Pinguim. Os três já tinham tocado juntos em Santos, e no mesmo ano gravaram o seu primeiro álbum na nova fase da banda, Imunidade Musical. As linhas de baixo do álbum têm um grande destaque, com levadas de Slap como O Futuro é Um Labirinto Para quem não Sabe O Que Quer e Liberdade Acima de Tudo. Há o uso da técnica de triplo domínio em Senhor do Tempo, e várias outras linhas muito bem trabalhadas, como O Nosso Blues, Skate Vibration e Criando Anticorpos. Depois disso grava ainda com a banda os álbuns Ritmo Ritual e Responsa (2007) e Camisa 10 Joga Bola até Na Chuva (2009). Saiu do Charlie Brown Jr. em 2011, e logo passou a integrar o CPM 22 no lugar de Fernando Sanches. |
O título do quinto álbum, Bocas Ordinárias, se apropriou de uma expressão lusitana, devido ao sucesso do grupo em apresentações realizadas em Portugal. A fusão de estilos gerou novos hits, como "Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" e "Só por uma Noite", "Bocas Ordinárias, Guerrilha!" e "Somos Poucos Mas Somos Loucos", além de uma versão de "Baader-Meinhof Blues", da Legião Urbana. Para este disco a banda optou por uma sonoridade mais polida, diferente do disco anterior. |
Renato Pelado Renato Perez Barrio (Santos, 5 de março de 1965) mais conhecido pelo seu nome artístico Renato Pelado é um músico brasileiro. Renato Pelado é conhecido por ser o baterista original da banda de rock brasileiro Charlie Brown Jr., com a qual tocou desde sua formação, em 1992 a 2005. Durante esse período gravou 7 discos com a banda. Já foi também baterista da banda de metal santista Vulcano onde gravou o primeiro disco da banda. Antes de entrar para o Charlie Brown, Pelado tocava com Marcão em outra banda.Conta ele que Chorão estava vendo um show, chegou perto da bateria e disse: "Pô, um dia a gente vai tocar junto!". Algum tempo depois, essa banda acabou e junto, acabou também a banda de Thiago Castanho, e o Charlie Brown também tinha acabado pois os guitarristas e o baterista tinham saído da banda. E já que precisavam de baterista, Chorão o convidou para tocar, ele aceitou pois já tinha gostado das fitas demo que Chorão havia mostrado para ele. O Charlie Brown precisava de outro guitarrista (Marcão nessa época já estava na banda) o primeiro nome em mente foi Thiago Castanho que já era amigo de Pelado, pois já haviam tocado juntos também. Com isso surgiu a primeira formação do Charlie Brown Jr. |
Álbum acústico Em 2003, chegou a vez do Charlie Brown Jr. gravar seu Acústico MTV. Entre os convidados, o grupo chamou Negra Li, Marcelo Nova e Marcelo D2, que participaram de versões de "Não é Sério" , "Hoje" (Camisa de Vênus) e de "Samba Makossa" (Chico Science & Nação Zumbi), respectivamente. Entre as regravações, a banda santista optou pelas canções "Proibida pra Mim", "Zóio de Lula", "Tudo que Ela Gosta de Escutar". O primeiro single foi a canção inédita "Vícios e Virtudes". O disco foi marcado pelo grande sucesso de vendas e mídia e, curiosamente, foi gravado enquanto a banda estava no auge da carreira, contrariando a tradição de retomar ao auge carreiras de outros artistas. |
André Ruas (Pinguim): do facebok Músico desde os 13 anos de idade, autodidata, profissional desde os 17, quando formei minha primeira Banda chamada Aldeia. Gravamos um disco que foi lançado pela Paradoxx Music, contando com a produção de Rick Bonadio, produtor nacionalmente conhecido por produzir várias bandas de sucesso. Em 99/2000 fiz parte de outra Banda chamada Rajja e Cabong, e gravei dois discos(um só da banda e o outro com todos os artistas da Abril Music interpretando a música Garota de Ipanema), que contou com a produção de Tadeu Patolla, outro produtor nacionalmente conhecido também, lançado pela gravadora Abril Music. Depois de algum tempo a banda se desfez e formei outra Banda Bombax onde eu era Vocalista, e também tive o prazer de trabalhar novamente com os dois produtores , Rick e Tadeu, pela gravadora Arsenal Music. Fui convidado a fazer uma participação especial no cd (Coastline) de Miguel Mega um grande guitarrista, onde gravei 9 faixas,e por ser totalmente um cd instrumental, acabou tendo uma repercussão maior nos EUA. Em janeiro de 2005 fui convidado a assumir a Bateria da banda Charlie Brown Junior, onde gravamos o cd Imunidade Musical, na qual a sonoridade do CBJR foi restabelecida através de surpreendentes 23 músicas tornando-se um Cd emblemático na trajetória da banda, que tocou para um público de milhares de pessoas a cada show que fez, lotando os espaços por onde passou, vindo esse cd a concorrer à 7ª Entrega Anual do “Latin GRAMMY” (Novenbro 2006) , tendo atingido a venda de 125 mil cópias só no mês de lançamento (sendo assim ganhamos cd de platina). Lançamos também o DVD Skate Vibration, onde estão, além de uma apresentação ao vivo, os clipes que misturam imagens da banda CBJR nos shows realizados em 2005, nas viagens e durante as gravações do oitavo Cd. Participei dos Shows “Criança Esperança 2006” e “Criança Esperança 2007”, organizados pela UNESCO e pelas organizações GLOBO, tendo recebido o respectivos certificados de apreciação. Em 2008 Gravei o nono Cd – DVD Ritmo Ritual e Responsa, que também foi trilha sonora do Filme “O magnata”. Atualmente, desde 2009, venho trabalhando de Sideman com vários artistas, tocando com as Bandas Musirama, Parallax e fazendo Workshops (Yamaha Endorser) por todo o Brasil. Fui convidado para participar do Projeto “Lumière” do renomado Dj Rodrigo Moita e também do grande percussionista Baía da Banda de Rock Tihuana, entrando na Eletronicmusic e fazendo Livepercussion com vários Djs por todo Brasil. |
Durante a turnê acústica, em 2004, Chorão se desentendeu com Marcelo Camelo, do grupo Los Hermanos, quando as duas bandas se encontraram no aeroporto de Fortaleza antes da apresentação das mesmas no festival Piauí Pop daquele ano. O motivo teria sido uma suposta crítica à participação do Charlie Brown Jr. em um comercial para a Coca-Cola. O vocalista do grupo carioca processou Chorão por danos morais decorrentes da agressão, que acabou por quebrar o nariz do ex-integrante do Los Hermanos na sala de desembarque do vôo da Tam, sem êxito, visto que foi imputado a este culpa concorrente pelo acontecido. Após mais de dois milhões de álbuns vendidos, o Charlie Brown Jr. lança em 2004 o sétimo disco da carreira, Tâmo Aí Na Atividade, que apresentou algumas inovações na parte sonora, como batidas eletrônicas e teve como músicas de trabalho as faixas "Tamo aí na atividade" e "Champagne e Água Benta". |
Nova formação No início de 2005, o vocalista Chorão foi surpreendido com o anúncio de que Marcão, Renato Pelado e Champignon estavam deixando o grupo, alegando divergências musicais. Contrariando as expectativas, Chorão apareceu com uma nova formação para o Charlie Brown Jr. O novo núcleo era baseado na cidade de Santos, onde a banda surgiu. Thiago Castanho, guitarrista que fez parte dos três primeiros discos da banda, retornou ao grupo. Dois novos músicos assumiram, respectivamente, a bateria e o baixo; André Ruas, conhecido como Pinguim; e Heitor Gomes, filho do contra-baixista Chico Gomes. André Luís Ruas, o "Pinguim", ganhou seu apelido porque, quando mais novo, usava uma camiseta da marca de sorvete "Pingolé". Sua experiência musical vem da noite santista, tendo trabalhado com Thiago Castanho antes de ambos entrarem para a banda. Pinguim também era o responsável pelo beatbox que até então acompanhava os vocais de Chorão nas músicas do Charlie Brown Jr. Depois dos ensaios com o repertório antigo e depois de alguns show's em vários locais do país, Chorão, Thiago, Heitor e Pinguim fortaleceram os vínculos e encontraram a sintonia necessária para criar novas músicas. |
Imunidade Musical (2005-2007) O álbum Imunidade Musical é lançado em 2005 com destaque para o primeiro single "Lutar pelo que É Meu", além de "Cada Cabeça Falante tem sua Tromba de Elefante", com as participações de Rappin Hood e Parteum, do Mzuri Sana. Ainda neste ano, o Charlie Brown lança o DVD Skate Vibration, que mostra imagens da banda se apresentando em disputas de skate e imagens nos estúdios Digital Grooves e Midas Studios, onde gravaram o disco. No DVD, além de uma apresentação ao vivo, estão os videoclipes que misturam imagens da banda Charlie Brown Jr. nos shows realizados em 2005, nas viagens e durante as gravações de seu oitavo álbum. Imunidade Musical, no qual a sonoridade do Charlie Brown Jr. foi restabelecida através de 23 faixas, se tornou um álbum emblemático na trajetória da banda. A canção "Lutar pelo que É Meu" substituiu "Te Levar" na abertura do seriado Malhação, de abril de 2006 até outubro de 2007. |
Ritmo, Ritual e Responsa (2007-2009) O nono álbum da carreira lançado pelo Charlie Brown Jr. se chama Ritmo, Ritual e Responsa. O disco traz 22 faixas inéditas e uma faixa bônus, e chegou às lojas no final de setembro de 2007. Produzido por Chorão e Thiago Castanho, o nono da carreira, possui letras com forte apelo urbano e que vão de encontro aos anseios da juventude, riffs poderosos, bateria e baixo, com direito a toques eletrônicos e à presença do rap..No dia 9 de abril de 2007 chegou às rádios do Brasil "Não Viva Em Vão", canção de Chorão e Thiago Castanho que foi escolhida como primeiro single. Logo em seguida é lançado o segundo single, "Pontes Indestrutíveis", cujo a banda também gravou um videoclipe da música, sendo mais um dos destaques do nono álbum. O terceiro single lançado foi "Be Myself",que também foi escolhido para fazer parte da trilha sonora da telenovela Duas Caras, exibida pela Rede Globo. Destaque também para o quarto single do álbum, "Uma Criança com Seu Olhar". No dia 23 de abril de 2008, foi divulgado no site oficial que o baterista André Ruas, o Pinguim, não fazia mais parte da banda. O motivo seria o fim do contrato que já estava se aproximando, sem que houvesse interesse de ambas as partes em renová-lo. Para o lugar de Pinguim, entrou Bruno Graveto, também de Santos. |
Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva) (2009-2011) Depois de sete anos na EMI, a banda muda para a gravadora Sony Music. Com a produção de Rick Bonadio, que produziu bandas dos anos 1980, como Ira! e Titãs, artistas da mesma geração do Charlie Brown, como o Tihuana e CPM 22, e bandas da nova geração, como NX Zero e Fresno, a banda lança o álbum Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva). O nome "Camisa 10", é um trocadilho por este ser o décimo álbum da banda. É o primeiro com o baterista Bruno Graveto. O disco possui a canção "O Dom, a Inteligência e a Voz" feita a pedido da cantora Cassia Eller, que Chorão fez para entrar no disco que a cantora iria fazer em 2002. Mas, 15 dias após a criação da música, Cássia faleceu. A canção "Me Encontra", foi lançada como primeiro single do álbum no final de julho de 2009. Rompimento com a Sony, a volta de Marcão e Champignon e a saída de Heitor Gomes (2011) No início de 2011, a banda gravou o CD e DVD ao vivo "Musica Popular Caiçara", em Santos, que seria lançado pela gravadora da banda na época, a Sony Music. Durante a gravação do show, problemas ocorreram na organização do evento, o que para Chorão foi a gota d'água. Numa reunião com os membros da banda, eles decidiram romper com a gravadora, passando a trabalhar de forma independente. Nessa época, Heitor Gomes ainda fazia parte da banda. |
Após esse acontecimento, na edição 2011 do Viradão Carioca, Chorão disse que tinha uma surpresa para o público, e que a banda não era mais formada por 4 integrantes, mas sim 5. Logo após, ele chamou Marcão para o palco, selando oficialmente sua volta ao grupo. Em julho daquele ano, o contrato com o baixista Heitor Gomes foi encerrado e saiu da banda de forma amigavel, alegando buscar o sucesso independente e hoje é baixista do CPM 22. Com isso, Champignon voltava ao grupo, surpreendendo os fãs com um video postado no YouTube onde dizia: "Voltei pra ficar! Aqui é minha casa!". Após isso o grupo passa a contar quase com sua formação original. Em entrevista dada no dia da morte de Chorão, Champignon afirmou que ele e Chorão brigaram algumas vezes na vida, mas felizmente puderam refazer a amizade.” "A gente tinha uma relação profissional. Apesar das muitas brigas, éramos amigos há mais de 20 anos" . |
Música Popular Caiçara (2012-presente) Com os problemas com a antiga gravadora, o Música Popular Caiçara foi refeito em setembro de 2011, dessa vez, gravado em Curitiba e na cidade natal da banda, Santos. Com a produção de Liminha, o show conta com as participações especiais de Marcelo Falcão, vocalista do O Rappa, Zeca Baleiro, e dos compositores baianos Marcelo Nova e Márcio Mello. Gravado de maneira independente, o DVD demorou cerca de 7 meses para ser lançado. Em maio de 2012, Música Popular Caiçara foi lançado com a distribuição do selo Radar Records, em comemoração aos vinte anos de carreira do grupo. |
Nova Briga com Champignon Durante um show da turnê em Apucarana, no Paraná, Chorão criticou o baixista, afirmando que ele deveria ser muito grato por ter sido aceito de volta ao grupo "depois de tudo que fez" . Após quase cinco minutos de esculhambação, Champignon deixou o palco quando Chorão disse que ia tocar a música "O preço". O show continuou sem o baixista, e com a plateia gritando "arregou, arregou". A briga virou notícia após um fã, que gravou todo o discurso de Chorão, divulgar o video com a discussão no YouTube[4]. Com a repercussão negativa da briga, Chorão e Champignon divulgaram um video no Youtube pedindo desculpas aos fãs, e reafirmando suas amizades . |
Morte de Chorão Na madrugada do dia 06 de Março de 2013, o vocalista da banda, Chorão, foi encontrado morto em seu apartamento, localizado na zona oeste da cidade de São Paulo. Em entrevista dada no dia da morte de Chorão, Champignon, o então baixista da banda, informou que a banda estava de férias (o último show que fizeram foi no final do mês de janeiro de 2013, em Balneário Camboriú) e que o próximo show programado estava marcado para o dia 22 de março de 2013, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. "Íamos voltar a tocar no dia 22, mas isso não vai mais acontecer". . Questionado sobre o futuro da banda, ele afirmou que "só o tempo vai dizer". Poucos dias antes de morrer, o cantor Chorão divulgou o novo single do Charlie Brown Jr., intitulado "Meu Novo Mundo", que seria lançada no próximo álbum da banda. A canção foi apresentada no dia 28 de fevereiro de 2013, em visita ao estúdio da rádio 89FM, em São Paulo. O futuro da banda após a morte de seu vocalista e principal compositor permanece incerto. |
Integrantes Chorão Champignon Thiago Castanho Marcão Bruno Graveto Anteriores Heitor Gomes - baixo (2005-2011) Renato Pelado - bateria (1992-2005) André Ruas "Pinguim" - bateria (2005-2008) |
Discografia Álbuns de estúdio 1997 - Transpiração Contínua Prolongada 1999 - Preço Curto... Prazo Longo 2000 - Nadando com os Tubarões 2001 - 100% Charlie Brown Jr. (Abalando a sua Fábrica) 2002 - Bocas Ordinárias 2004 - Tâmo Aí na Atividade 2005 - Imunidade Musical 2007 - Ritmo, Ritual e Responsa 2009 - Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva) Álbuns ao vivo 2003 - Acústico MTV 2012 - Música Popular Caiçara (Ao Vivo) Coletâneas 2008 - De 1997 a 2007 2008 - Perfil DVDs 2002 - Ao Vivo 2003 - Acústico MTV 2004 - Na Estrada 2005 - Skate Vibration 2008 - Ritmo, Ritual e Responsa 2012 - Música Popular Caiçara (Ao Vivo) |
Prêmios VMB 1998 - Banda Revelação: "Proibida pra Mim" 2001 - Escolha da Audiência: "Rubão, o Dono do Mundo" 2001 - Melhor Videoclipe de Rock: "Rubão, o Dono do Mundo" 2003 - Escolha da Audiência: "Papo Reto (Prazer É Sexo, o Resto É Negócio)" 2003 - Melhor Videoclipe de Rock: "Só por Uma Noite" Grammy Latino 2005 - Melhor Álbum de Rock Brasileiro: "Tâmo aí na Atividade" 2010 - Melhor Álbum de Rock Brasileiro: "Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva". Multishow 2007 - Melhor Canção: "Senhor do Tempo" 2008 - Melhor Videoclipe: "Pontes Indestrutíveis" |
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O Que é Demência?
Terça-feira, 12.03.13
Demência (do latim de: 'falta, diminuição' + mens, genitivo mentis: 'mente' ) é a perda ou redução progressiva das capacidades cognitivas, de forma parcial ou completa, permanente ou momentânea e esporádica, suficientemente importante a ponto de provocar uma perda de autonomia do indivíduo. Dentre as causas potencialmente reversíveis estão disfunções metabólicas, endócrinas e hidroeletrolíticas, quadros infecciosos, déficits nutricionais e distúrbios psiquiátricos, como a depressão (pseudodemência depressiva). |
Tipicamente, essa alteração cognitiva provoca a incapacidade de realizar atividades da vida diária. Os déficits cognitivos podem afetar qualquer das funções cerebrais, particularmente as áreas da memória, a linguagem (afasia), a atenção, as habilidades visuoconstrutivas, as práxias e as funções executivas, como a resolução de problemas e a inibição de respostas. |
A demência pode afetar também a compreensão, a capacidade de identificar elementos de uso cotidiano, o tempo de reação e os traços da personalidade. Durante a evolução da doença, pode-se observar a perda de orientação espaço-temporal e de identidade. À medida que a doença avança, os dementes também podem apresentar traços psicóticos, depressivos e delírios ou alucinações. Embora a alteração da memória possa, em poucos casos, não ser um sintoma inicialmente dominante, é alteração típica da atividade cognitiva nas demências - sobretudo para a mais frequente delas, ligada à doença de Alzheimer -, e sua presença é condição essencial para o diagnóstico. A depender da origem etiológica, a demência pode ser reversível ou irreversível. |
O envelhecimento da população leva a um aumento das doenças crônicas e degenerativas, acarretando um maior custo-paciente na área de saúde e a necessidade de inúmeras adaptações sociais, ambientais e econômicas. É provável que em 2025, o Brasil se torne o 6o país com mais idosos no mundo então é importante começar o trabalho preventivo o mais cedo possível. O número de vítimas de demências aumenta exponencialmente com a idade afetando apenas 1,1% dos idosos entre 65 e 70 anos e mais de 65% depois dos 100 anos. A média em São Paulo no ano de 1998 na população acima de 65 anos foi estimada em 7,1%. Porém, como é muito sub-diagnosticada, maior nas áreas rurais e com níveis educacionais mais baixos e tem aumentado muito nos últimos anos é provável que atualmente esteja por volta de 21,9% entre os maiores de 65 anos. A doença de Alzheimer, o tipo de demência mais comum, é mais comum em mulheres enquanto as demências vasculares, segundo tipo mais comum, são mais comuns em homens. |
Os custos com demência no mundo passam de 600 bilhões, custo maior do que o de qualquer empresa do mundo. A estimativa da Alzheimer’s Disease International (ADI) é de que em 2010 havia 35,6 milhões de pessoas vivendo com demência no mundo. Este número deve subir para 65,7 milhões até 2030 e 115,4 milhões até 2050. No Brasil, estima-se que entre 70% e 94% dos pacientes com demência vivam em casa, subindo para 90 a 95% nas áreas rurais, média muito acima da dos países desenvolvidos que fica por volta de 66%. |
Tipos A demência é um termo geral para várias doenças neurodegenerativas que afetam principalmente as pessoas da terceira idade. Essa patologia pode ser descrita como um quadro clínico de declínio geral na cognição como também um prejuízo progressivo funcional, social e profissional. As demências mais comuns são: Demência no mal de Alzheimer; Demência vascular e; Demência com corpos de Lewy. No dicionário internacional de doenças outras demências são classificadas como: CID 10 - F02.0 Demência da doença de Pick CID 10 - F02.1 Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob CID 10 - F02.2 Demência na doença de Huntington CID 10 - F02.3 Demência na doença de Parkinson CID 10 - F02.4 Demência na doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) Esses diagnósticos não são exclusivos sendo possível, por exemplo, a existência de Alzheimer simultaneamente com uma demência vascular. Outras classificações incluem a demência na Síndrome de Korsakoff. |
Tratamento integrativo O tratamento integrativo que pretendemos avaliar foi proposto no estudo de. A amostra do estudo foi formada por 35 pacientes (20 do sexo masculino, 15 do feminino) com uma idade média de 71,05 anos, diagnosticados com demência moderada e depressão. O tratamento proposto pelos autores incluiu: antidepressivos (sertralina, citalopram ou venlafaxina XR, apenas ou em combinação com bupropiona XR), inibidores de colinesterase (donepezil, rivastigmine ou galantamine), como também vitaminas e suplementos (multivitaminas, vitamina E, ácido alfa lipóico, omega-3 e coenzima Q-10). As pessoas participantes do estudo foram encorajadas a modificar a sua dieta e estilo de vida bem como a executarem exercícios físicos moderados. Os resultados do estudo demonstraram que a abordagem integrativa não apenas diminuiu o declínio cognitivo em 24 meses, mas até mesmo melhorou a cognição, especialmente a memória e as funções executivas (planejamento e pensamento abstrato). |
Medicamentos Atualmente, o principal tratamento oferecido para as demências baseia-se nas medicações inibidoras da colinesterase (donepezil, rivastigmina ou galantamina), que oferecem relativa ajuda na perda cognitiva, característica das demências, porém, com uma melhora muito pequena. Nesse sentido, a melhora das funções cognitivas verificadas no estudo avaliado não pode ser relacionada apenas a esse tipo de medicação. Embora os pacientes do estudo avaliado evidenciassem um quadro de demência moderada e depressão, pesquisa de Kessing et al. (no prelo) demonstrou que o uso de antidepressivos em longo prazo, em pessoas com demência sem um quadro de depressão, diminuiu a taxa de demência e minimizou as perdas cognitivas associadas, sem, no entanto, ter reduzido tais perdas totalmente. Esse estudo também identificou que os antidepressivos utilizados em curto prazo geraram mais prejuízos às funções cognitivas em pessoas com demência. Portanto, apenas o uso de antidepressivos em longo prazo foi que surtiu um efeito protetivo. |
Desse modo, podemos considerar que os antidepressivos usados em longo prazo, além de tratarem os quadros de depressão, que podem estar associados aos quadros de demência, são benéficos para o tratamento desta patologia. Alguns estudos revelaram que os antidepressivos podem ter efeitos neuroprotetivos, aumentando o nascimento e permitindo a sobrevivência de neurônios nas zonas do hipocampo (parte do cérebro relacionada principalmente à memória). Contudo, o uso apenas de antidepressivos não é suficiente para uma melhora acentuada das perdas cognitivas da demência. |
Caminhada dos idosos promovido pela Secretaria de Saúde e Meio Ambiente em 2008 |
Alimentação e exercícios físicos Em questão aos exercícios físicos, segundo Pérez e Carral (2008), estes apresentam um potencial de melhorar a plasticidade do cérebro, reduzindo as perdas cognitivas ou minimizando o curso progressivo da demência. A importância dos exercícios físicos no tratamento da demência pode ser apoiada por outros estudos. Uma dieta funcional e exercícios físicos associados também demonstaram serem protetivos contra o desenvolvimento da demência ou para diminuir o curso progressivo dessa patologia. Não obstante, pessoas com tendência a demência que utilizaram vitaminas antioxidantes (vitaminas C e E, por exemplo) apresentaram menor perda cognitiva que pessoas que não utilizaram tal recurso |
Ademais, Shatenstein e identificaram que pessoas com demência tenderam a ter uma alimentação mais pobre em macronutrientes, cálcio, ferro, zinco, vitamina K, vitamina A e ácidos gordurosos, o que pode acentuar o curso degenerativo da doença. Aspecto que justifica a administração de suplementos alimentares para essa população, devido à dificuldade de se alimentar, um dos sintomas que tendem a fazer parte do quadro de demência. Em relação ao ácido alfalipóico e à coenzima Q10, potentes antioxidantes cerebrais, ou seja, redutores dos radicais livres, existem evidências em estudos que essas substâncias também contribuem significativamente para a redução da progressão das perdas cognitivas em pessoas com demência, além de serem agentes protetivos. Tais substâncias são produzidas naturalmente pelo organismo, mas essa produção tende a reduzir-se com a idade. |
Comportamentos saudáveis Uma vida com compromissos e ativa também revelou melhorar as perdas cognitivas em demências mais moderadas. O uso do fumo também pode vulnerabilizar as pessoas para a demência. Desse modo, a mudança do estilo de vida é um fator fundamental para minimizar o curso das perdas evidenciadas na demência. Portanto, podemos observar que, no estudo de Bragin et al. (2005), foram utilizados como tratamento da demência vários recursos disponíveis para tanto. Ocorreu uma melhora significativa em funções cognitivas importantes, prejudicadas pela demência moderada. |
Assim, o diagnóstico precoce da demência é um aspecto importante para que os tratamentos existentes possam diminuir a progressão das perdas cognitivas, funcionais, sociais e profissionais em pessoas com essa patologia. Conforme demonstrou o estudo de Bragin et al. (2005), o tratamento deve ser integrativo, envolvendo uma equipe multidiscliplinar, com medicações específicas e suplementação alimentar, além de uma mudança do estilo de vida que inclui exercícios físicos moderados, cessação do uso do fumo, uma alimentação adequada e uma vida com o máximo possível de atividades. Uma abordagem integrativa pode reduzir o curso das perdas cognitivas da demência, porém, ainda não existem tratamentos que possam "curar" integralmente essa patologia. Assim, a prevenção ao longo da vida é o melhor recurso existente. É importante durante a vida manter uma alimentação saudável e exercícios físicos regulares; bem como, na aposentadoria, torna-se imprescindível manter um estilo de vida ativo. |
Psicoterapia É frequente a comorbidade entre depressão, transtornos de ansiedade, distúrbios comportamentais e transtornos delirantes e demências, por isso é importante o acompanhamento psicológico regular. Esse acompanhamento inclui os familiares pois a demência causa grande impacto nos cuidadores, especialmente na família nuclear, os deixando vulneráveis a transtornos psicológicos como síndrome de burnout (exaustão física e psicológica). São necessárias mais políticas públicas de apoio aos cuidadores pois, quando exaustos, tendem a colocar os idosos em asilos aumentando seriamente as despesas do governo. Programa governamental no Brasil O Ministério da Saúde brasileiro em parceria com o Ministério da Educação, a partir do decreto presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, vem desenvolvendo o programa Saúde na Escola com a visão de que os cuidados com a saúde começam na infância. Nesse programa, estão inclusos os cuidados com a alimentação e com os exercícios físicos regulares. O Ministério da Saúde é responsável pelo repasse de verbas às escolas locais; e o Ministério da Educação, pelos materiais educativos. Essas ações governamentais são de especial importância, tendo em vista que a saúde é um recurso a ser preservado ao longo da vida para redundar em uma posteridade mais saudável. Contudo, acreditamos que tanto as esferas públicas como as privadas devem se engajar em programas preventivos e de saúde integral em prol da população. Os investimentos nesses programas serão bem menores que os custos financeiros com o tratamento da demência na terceira idade, já que essa patologia, com as perdas progressivas respectivas, acompanham as pessoas por mais de uma década de vida (MANCKOUNDIA e PFITZENMEYER, 2008). Nesse sentido, tais programas devem educar as pessoas em todas as faixas etárias, especialmente na infância; bem como as pessoas que estão ingressando na terceira idade devem ser alertadas para a necessidade de manterem um estilo de vida saudavel. Demência e oligofrenia A oligofrenia ou retardo mental é o déficit da capacidade mental em que a morbidez ocorre antes do desenvolvimento completo do sistema nervoso central. Dada esta difereciação Esquirol dizia que o oligofrênico é o pobre que sempre o foi, ao passo em que o demente constitui-se no rico que empobreceu. |