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047 SACRIFICIO DE MULHER

Terça-feira, 10.12.13





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046 NO CAMPO DA MUSICA

Terça-feira, 10.12.13







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045 AS TREVAS

Terça-feira, 10.12.13





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044 EM CONVERSASAÇÃO

Terça-feira, 10.12.13





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043 PALAVRAS DO GOVERNADOR

Terça-feira, 10.12.13











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042 CONVOCADOS A LUTA

Terça-feira, 10.12.13









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041 QUEM SEMEIA COLHERA

Terça-feira, 10.12.13









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ANGELINA JOILIE E BRAD PITT EM CAPAS DE REVISTAS

Terça-feira, 10.12.13

ANGELINA JOILIE E BRAD PITT EM CAPAS DE REVISTAS




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ANGELINA JOILIE E BRAD PITT EM CAPAS DE REVISTAS

Terça-feira, 10.12.13

ANGELINA JOILIE E BRAD PITT EM CAPAS DE REVISTAS




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ANGELI(DESENHISTA)

Terça-feira, 10.12.13

Angeli

Arnaldo Angeli Filho, mais conhecido com Angeli, (São Paulo, 31 de agosto de 1956) é um dos mais conhecidos chargistas brasileiros.
Começou a trabalhar aos catorze anos na revista Senhor, além de colaborar em fanzines. Em 1973 foi contratado pelo jornal Folha de São Paulo, onde continua até hoje. Desde os anos 80, Angeli vêm desenvolvendo uma galeria de personagens famosos por seu humor anárquico e urbano; entre eles se destacam o esquerdista anacrônico Meia Oito e Nanico, o seu parceiro homossexual enrustido (mas não muito); Rê Bordosa, conhecida como a junkie mais "porralouca" dos anos 1980; Luke e Tantra, as adolescentes que só pensam em perder a virgindade; Wood & Stock, dois velhos hippies que deixaram seus neurônios na década de 1960; os Skrotinhos, a versão underground dos Sobrinhos do Capitão; as Skrotinhas, a versão "xoxotinha" dos Skrotinhos; Mara Tara, a ninfomaníaca mais pervertida dos quadrinhos; Rhalah Rikota, o guru espiritual comedor de discípulas; Edi Campana, um voyeur e fetichista de plantão à procura do melhor ângulo feminino; o jornalista Benevides Paixão, correspondente de um jornal brasileiro no Paraguai e o único a ter conseguido entrevistar Rê Bordosa; Ritchi Pareide, o roqueiro do Leblão; Rampal, o paranormal; o machão machista Bibelô; o egocêntrico Walter Ego (também conhecido como "o mais Walter dos Walters"); Osgarmo, o sujeitinho vapt-vupt; Rigapov, o imbecil do Apocalipse; Hippo-Glós, o hipocondríaco (inspirado em Cacá Rosset); Vudu; Los Três Amigos e Bob Cuspe, o anárquico punk que cuspiu nas piores criaturas de nossas gerações. Ele próprio também se tornou um personagem, estrelando de início as tiras "Angeli em crise". Outra versão caricata sua é o personagem Angel Villa de Los Três Amigos.


Lançou pela Circo Editorial em 1983 a revista "Chiclete com Banana", um sucesso editorial (de uma tiragem inicial de 20,000 exemplares chegou a atingir 110,000), altamente influente e que contava com a colaboração de nomes como Luiz Gê, Glauco, Roberto Paiva, Glauco Mattoso e Laerte Coutinho. A Chiclete com Banana é considerada até hoje como uma das mais importantes publicações de quadrinhos adultos já editadas no Brasil.
Angeli já teve suas tiras publicadas na Alemanha, França, Itália, Espanha e Argentina, mas foi no mercado de Portugal que obteve mais destaque, tendo uma compilação de seu trabalho lançada pela editora Devir em 2000, ano em que também viu a estréia de uma série de animação com seus personagens numa co-produção da TV Cultura com a produtora portuguesa Animanostra.
Trabalhou na Rede Globo, como redator do programa infantil TV Colosso (1993-1996). Na mesma rede, entre 1995 a 2005, fez desenhos de 5 segundos, quando dava intervalos dos filmes da emissora.
Em 2006, produziu e lançou um longa de animação chamado Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock'n'Roll, com o diretor Otto Guerra.



Obras publicadasRepública Vou Ver (1983)
Bob Cuspe e Outros Inúteis (1984)
Rê Bordosa (1984)

Rê Bordosa, a Morte da Porraloca (1987)
Mara Tara e Oliveira Junkie (1990)

FHC, Biografia Não Autorizada (1995)
Os Skrotinhos - A Fome e a Vontade de Comer, Sobras Completas
Co-autoria com Laerte e Glauco dos álbuns:
Los 3 Amigos 1 (1992)

Coletâneas publicadas pela Editora Devir
Wood & Stock - Psicodelia e Colesterol
Sexo é Uma Coisa Suja

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publicado por duronaqueda às 21:59

ANGELI(DESENHISTA)

Terça-feira, 10.12.13

Angeli

Arnaldo Angeli Filho, mais conhecido com Angeli, (São Paulo, 31 de agosto de 1956) é um dos mais conhecidos chargistas brasileiros.
Começou a trabalhar aos catorze anos na revista Senhor, além de colaborar em fanzines. Em 1973 foi contratado pelo jornal Folha de São Paulo, onde continua até hoje. Desde os anos 80, Angeli vêm desenvolvendo uma galeria de personagens famosos por seu humor anárquico e urbano; entre eles se destacam o esquerdista anacrônico Meia Oito e Nanico, o seu parceiro homossexual enrustido (mas não muito); Rê Bordosa, conhecida como a junkie mais "porralouca" dos anos 1980; Luke e Tantra, as adolescentes que só pensam em perder a virgindade; Wood & Stock, dois velhos hippies que deixaram seus neurônios na década de 1960; os Skrotinhos, a versão underground dos Sobrinhos do Capitão; as Skrotinhas, a versão "xoxotinha" dos Skrotinhos; Mara Tara, a ninfomaníaca mais pervertida dos quadrinhos; Rhalah Rikota, o guru espiritual comedor de discípulas; Edi Campana, um voyeur e fetichista de plantão à procura do melhor ângulo feminino; o jornalista Benevides Paixão, correspondente de um jornal brasileiro no Paraguai e o único a ter conseguido entrevistar Rê Bordosa; Ritchi Pareide, o roqueiro do Leblão; Rampal, o paranormal; o machão machista Bibelô; o egocêntrico Walter Ego (também conhecido como "o mais Walter dos Walters"); Osgarmo, o sujeitinho vapt-vupt; Rigapov, o imbecil do Apocalipse; Hippo-Glós, o hipocondríaco (inspirado em Cacá Rosset); Vudu; Los Três Amigos e Bob Cuspe, o anárquico punk que cuspiu nas piores criaturas de nossas gerações. Ele próprio também se tornou um personagem, estrelando de início as tiras "Angeli em crise". Outra versão caricata sua é o personagem Angel Villa de Los Três Amigos.


Lançou pela Circo Editorial em 1983 a revista "Chiclete com Banana", um sucesso editorial (de uma tiragem inicial de 20,000 exemplares chegou a atingir 110,000), altamente influente e que contava com a colaboração de nomes como Luiz Gê, Glauco, Roberto Paiva, Glauco Mattoso e Laerte Coutinho. A Chiclete com Banana é considerada até hoje como uma das mais importantes publicações de quadrinhos adultos já editadas no Brasil.
Angeli já teve suas tiras publicadas na Alemanha, França, Itália, Espanha e Argentina, mas foi no mercado de Portugal que obteve mais destaque, tendo uma compilação de seu trabalho lançada pela editora Devir em 2000, ano em que também viu a estréia de uma série de animação com seus personagens numa co-produção da TV Cultura com a produtora portuguesa Animanostra.
Trabalhou na Rede Globo, como redator do programa infantil TV Colosso (1993-1996). Na mesma rede, entre 1995 a 2005, fez desenhos de 5 segundos, quando dava intervalos dos filmes da emissora.
Em 2006, produziu e lançou um longa de animação chamado Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock'n'Roll, com o diretor Otto Guerra.



Obras publicadasRepública Vou Ver (1983)
Bob Cuspe e Outros Inúteis (1984)
Rê Bordosa (1984)

Rê Bordosa, a Morte da Porraloca (1987)
Mara Tara e Oliveira Junkie (1990)

FHC, Biografia Não Autorizada (1995)
Os Skrotinhos - A Fome e a Vontade de Comer, Sobras Completas
Co-autoria com Laerte e Glauco dos álbuns:
Los 3 Amigos 1 (1992)

Coletâneas publicadas pela Editora Devir
Wood & Stock - Psicodelia e Colesterol
Sexo é Uma Coisa Suja

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A VIDA DE ANGELA VIEIRA (ATRIZ)

Terça-feira, 10.12.13

Ângela Vieira

Ângela Regina Vieira (Rio de Janeiro, 3 de março de 1954) é uma atriz brasileira. Foi casada com o ator Roberto Frota, pai da sua única filha: Nina. Atualmente é casada com Miguel Paiva.

BIOGRAFIA

Angela começou a estudar balé clássico aos 5 anos e aos 15 já fazia parte do corpo de baile do Teatro Municipal do Rio. Depois de fazer faculdade de programação visual e desenho industrial, foi tentar a carreira de atriz. Começou com pequenas participações em programas de humor, entre eles Planeta dos Homens. Alguns anos depois, saiu da Globo e fez, pela primeira vez, um papel sério na novela Corpo Santo, da extinta Rede Manchete, com o qual ganhou o prêmio de melhor atriz de 1987.

Também atuou em teatro, viajando pelo Brasil com peças de muito sucesso. Um dos seus personagens de maior destaque foi, sem dúvida, a maldosa Janete da novela Terra Nostra. Em 2004 faz a elegante Gisela de Senhora do Destino. Angela é mãe de Nina.Ângela Vieira é conhecida por ser uma atriz veterana que mantém a beleza e boa forma após os 40 anos. Um dos papéis que a consagou foi "A Idade da Loba", novela exibida pela TV Band, em 1995.

Estreou na televisão em 1978, no humorístico "O Planeta dos Homens", na TV Globo, quando deixou o Corpo de Baile do Municipal. Durante seis anos ficou na linha de shows da emissora. Em seguida participou outras produções de humor como "Chico Anysio Show" (1979), "Viva o Gordo" (1981) e "Os Trapalhões" (1983).Angela encenou mais de 40 papéis na TV entre eles estão: "O Mapa da Mina" (1993), "Terra Nostra" (1999), "Brava Gente" (2001), "Senhora do Destino" (2004), "Paraíso Tropical" (2007), "A Favorita" (2008), "Na Forma da Lei" (2010), "Insensato Coração" (2011), "Fina Estampa" (2011) e "Flor do Caribe" (2013).A atriz também construiu uma carreira no teatro com mais de 15 espetáculos no currículo, entre eles estão: "A História é uma História" (1980) - direção de Jô Soares e texto de Millôr Fernandes-, "Tem um Psicanalista na nossa Cama" (1989), "Salve Amizade" (1997) e "A Presença de Guedes" (2004).

Além de atriz, Ângela é formada em Desenho Industrial e Visual e em balé classico. Desde 2002, vive um relacionamento com o cartunista e diretor Miguel Paiva. Em 2006 o casal oficializou a união. Anteriormente, tinha sido casada com o ator Roberto Frota, com quem teve sua única filha, Nina.

Teatro
1979 - Chapeuzinho quase Vermelho - texto e direção de Luiz Sorel, teatro Aliança Francesa da Tijuca.
1980 - A História é uma História - texto de Millôr Fernandes, direção de Jô Soares, tournée por vários estados do Brasil.
1981 - A História é uma História - Teatro Municipal de Niterói
1982 - A Nova Era (musical) - texto de Ronaldo Resedá, direção musical de Paulinho Machado, direção geral de Wolf Maya, teatro Papagaio Café Cabaré
1982 - O Parto da Búfala - texto de Monah Delacy, direção de Roberto Frota, teatro Gláucio Gil.
1984 - Encouraçado Botequim (musical) - texto de Paulo César Coutinho, direção musical de Paulinho Machado, coreografia de Priscila Teixeira, direção geral de Renato Coutinho, teatros Villa Lobos e Rival
1985 - Um Beijo, um Abraço e um Aperto de Mão - texto e direção de Naum Alves de Souza, teatro Villa Lobos.
1986 - O Peru - texto de Georges Feydeau, direção musical de Nelson Melim, coreografia de Graziela Figueiroa, direção geral de José Renato, Teatro Ginástico.
1987 - Camas Redondas, Casais Quadrados - texto de J. Chapman, direção de José Renato, teatros Ginástico e da Praia
1989 - Tem um Psicanalista na nossa Cama - texto de João Bittencourt, direção de Ary Coslov, teatros Vanucci, João Caetano e Glória, tournée por vários estados do Brasil.
1990 - Somente entre Nós - texto de Reginaldo Faria, direção de Roberto Frota, Teatros Glória e Abel, tournée a Portugal – teatro do Casino Estoril, Lisboa.

1991 - Ato Cultural - texto de José Inácio Cabrujas, direção musical de Caique Botkay, direção geral de Marcelo Souza, projeto cultural BNDES, teatro Cândido Mendes.
1992 - Se Eu Fosse Você - texto de Maria Adelaide Amaral, direção de Roberto Frota, tournée por cidades do Rio de Janeiro, teatro da UFF
1993 - Se Eu Fosse Você - Teatros Barra Shopping e Posto Seis
1994 - Meus Prezados Canalhas - texto de João Uchoa Cavalcanti, direção de Gracindo Júnior, Teatro dos Quatro, Teatro Tuca (São Paulo), tournée pelo Brasil
1997/98 - Salve Amizade - texto e direção de Flávio Marinho, tournée pelo Brasil
2004 - A Presença de Guedes - texto de Miguel Paiva, direção de Irene Ravache, teatro Laura Alvim (RJ), tournée por cidades de São Paulo e Rio de Janeiro

     Espetáculos 

1998 - João de todos os Sambas - texto de Benjamim Santos, direção musical de Benjamim Santos, direção de Ginaldo de Souza, teatro Rival
2002 - Divina Saudade (participação de Zezé Motta) - Canecão
2002 - Mania de Vocês (participação no CD de José Maurício Machline) - Mistura Fina
2009 - Coral HSBC (Atriz convidada para a apresentção do Coral HSBC de final de ano em Curitiba/PR)

Trabalhos na televisão

2013 - Flor do Caribe .... Lindaura
2011 - Fina Estampa .... Mirna Bello/Gisela1
2011 - Insensato Coração .... Gisela
2010 - Na Forma da Lei .... Eunice
2009 - Cinquentinha.... Leila Fratelli
2008 - A Favorita.... Arlete Salvador
2007 - Malhação.... Diva Junqueira Arrel
2007 - Paraíso Tropical.... Cleonice
2006 - Cobras e Lagartos.... Celina Gonçalves Pacheco
2005 - Carga Pesada (série).... Rose di Caprio / Roselei
2004 - Senhora do Destino.... Gisela Andrade
2003 - Kubanacan.... Perla Perón
2002 - Coração de Estudante.... Esmeralda
2001 - Sai de Baixo (programa de humor)
2001 - Brava Gente (série)
2001 - Os Normais (série)
2000 - Aquarela do Brasil.... Velma (minissérie)
1999 - Terra Nostra.... Janete2
1998 - Meu Bem Querer.... Ava Maria
1997 - Por Amor.... Virgínia Mello
1996 - Anjo de Mim.... Zelinda
1996 - O Fim do Mundo.... Margarida
1995 - A Idade da Loba.... Irene
1994 - Pátria Minha.... Marta
1994 - A Madona de Cedro.... Hannah (minissérie)
1993 - O Mapa da Mina.... Maria Regina
1992 - De Corpo e Alma.... Berenice
1991 - O Fantasma da Ópera.... Anabela Vasconcelos (minissérie)
1990 - Araponga.... Jurema
1989 - República.... Tatiana
1988 - Olho por Olho.... Elisa
1987 - Corpo Santo.... Mara
1986 - Qualificação Profissional (TV Educativa)
1986 - Armação Ilimitada (episódio: Os Olhos de Zelda Scott).... Sandra
1985 - Grande Sertão: Veredas.... Maria Eduarda (minissérie)
1984 - Caso Verdade (episódio: Esperança).... Constância
1983 - Os Trapalhões (programa de humor)
1983 - Quarta Nobre (episódio: Mandrake).... Louise
1983 - Parabéns pra Você.... Marlene (minissérie)
1983 - Mário Fofoca (episódio: Espiões de Biquini).... Marjô
1982 - Lampião e Maria Bonita.... Ivete
1981 - Viva o Gordo (elenco fixo - programa de humor)
1981 - Terras do Sem-Fim.... Rosália
1979 - Chico Anysio Show (programa de humor)
1979 - TV Educativa (aulas de dança moderna)
1978 - O Planeta dos Homens (elenco fixo - programa de humor)


                                    Prêmios

2005 - Super Cap de Ouro, pela telenovela Senhora do Destino
2002 - Prêmio Qualidade Brasil, pela telenovela Coração de Estudante
2000 - Super Cap de Ouro, pela telenovela Terra Nostra
1999 - Prêmio Qualidade Brasil, pela telenovela Terra Nostra
1999 - Prêmio Master, pela telenovela Meu Bem Querer
1998 - Prêmio Master, pela telenovela Por Amor
1987 - Troféu APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) - melhor atriz coadjuvante, pela telenovela Corpo Santo
Espetáculos de rua 
De 1982 a 2000 – Todos os espetáculos oficiais ligados à Rio Arte, Prefeitura do Rio de Janeiro e Arquidiocese do Rio de Janeiro, com direção de Ginaldo de Souza:

Auto de Natal (Arcos da Lapa e periferia do Rio de Janeiro)
Paixão de Cristo (Arcos da Lapa)
Corpus Christi
São Sebastião
São Jorge
São Pedro
São Francisco de Assis
Espetáculo comemorativo dos 100 anos da República (1988) nos Arcos da Lapa
Espetáculo Fome Zero (Cinelândia)
Espetáculo Cenas do Rio de Janeiro (Cinelândia)

 Produção teatral 

1992 - Se eu fosse você - texto de Maria Adelaide Amaral, direção de Roberto Frota, tournée pelo Estado do Rio de Janeiro Teatro da UFF, Teatro Barra Shopping e Teatro Posto Seis

 Coreografia 

1985 - Astrofolias - texto de Ana Luiza Jobim, direção musical de Antônio Adolfo, direção de Lauro Góes, Teatro Villa Lobos e Teatro do Planetário da Gávea
1985 - Zabadan - direção musical de Carlão, direção de Sérgio Carvalhal - Teatro América
1988/1993 - São Pedro - texto de Benjamim Santos, direção de Ginaldo de Souza - Urca, Posto Seis e Colônia do Caju
1989 - Cem Anos da República - texto de Benjamim Santos, direção musical de Roberto Nascimento, direção de Ginaldo de Souza - Arcos da Lapa

Aos 60 anos ela tem um corpo de dar inveja a muitas mulheres de 30. Ângela Vieira, que volta às novelas em ‘Flor do Caribe’, revela como se mantém esbelta e sem aparentar a idade que tem.
“Sou bailarina clássica desde muito jovem e sempre gostei de me exercitar. Então pra mim, correr, pedalar, fazer hidro e outros esportes são um prazer e não uma obrigação”, contou a atriz à revista Caras.

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A VIDA DE ANGELA VIEIRA (ATRIZ)

Terça-feira, 10.12.13

Ângela Vieira

Ângela Regina Vieira (Rio de Janeiro, 3 de março de 1954) é uma atriz brasileira. Foi casada com o ator Roberto Frota, pai da sua única filha: Nina. Atualmente é casada com Miguel Paiva.

BIOGRAFIA

Angela começou a estudar balé clássico aos 5 anos e aos 15 já fazia parte do corpo de baile do Teatro Municipal do Rio. Depois de fazer faculdade de programação visual e desenho industrial, foi tentar a carreira de atriz. Começou com pequenas participações em programas de humor, entre eles Planeta dos Homens. Alguns anos depois, saiu da Globo e fez, pela primeira vez, um papel sério na novela Corpo Santo, da extinta Rede Manchete, com o qual ganhou o prêmio de melhor atriz de 1987.

Também atuou em teatro, viajando pelo Brasil com peças de muito sucesso. Um dos seus personagens de maior destaque foi, sem dúvida, a maldosa Janete da novela Terra Nostra. Em 2004 faz a elegante Gisela de Senhora do Destino. Angela é mãe de Nina.Ângela Vieira é conhecida por ser uma atriz veterana que mantém a beleza e boa forma após os 40 anos. Um dos papéis que a consagou foi "A Idade da Loba", novela exibida pela TV Band, em 1995.

Estreou na televisão em 1978, no humorístico "O Planeta dos Homens", na TV Globo, quando deixou o Corpo de Baile do Municipal. Durante seis anos ficou na linha de shows da emissora. Em seguida participou outras produções de humor como "Chico Anysio Show" (1979), "Viva o Gordo" (1981) e "Os Trapalhões" (1983).Angela encenou mais de 40 papéis na TV entre eles estão: "O Mapa da Mina" (1993), "Terra Nostra" (1999), "Brava Gente" (2001), "Senhora do Destino" (2004), "Paraíso Tropical" (2007), "A Favorita" (2008), "Na Forma da Lei" (2010), "Insensato Coração" (2011), "Fina Estampa" (2011) e "Flor do Caribe" (2013).A atriz também construiu uma carreira no teatro com mais de 15 espetáculos no currículo, entre eles estão: "A História é uma História" (1980) - direção de Jô Soares e texto de Millôr Fernandes-, "Tem um Psicanalista na nossa Cama" (1989), "Salve Amizade" (1997) e "A Presença de Guedes" (2004).

Além de atriz, Ângela é formada em Desenho Industrial e Visual e em balé classico. Desde 2002, vive um relacionamento com o cartunista e diretor Miguel Paiva. Em 2006 o casal oficializou a união. Anteriormente, tinha sido casada com o ator Roberto Frota, com quem teve sua única filha, Nina.

Teatro
1979 - Chapeuzinho quase Vermelho - texto e direção de Luiz Sorel, teatro Aliança Francesa da Tijuca.
1980 - A História é uma História - texto de Millôr Fernandes, direção de Jô Soares, tournée por vários estados do Brasil.
1981 - A História é uma História - Teatro Municipal de Niterói
1982 - A Nova Era (musical) - texto de Ronaldo Resedá, direção musical de Paulinho Machado, direção geral de Wolf Maya, teatro Papagaio Café Cabaré
1982 - O Parto da Búfala - texto de Monah Delacy, direção de Roberto Frota, teatro Gláucio Gil.
1984 - Encouraçado Botequim (musical) - texto de Paulo César Coutinho, direção musical de Paulinho Machado, coreografia de Priscila Teixeira, direção geral de Renato Coutinho, teatros Villa Lobos e Rival
1985 - Um Beijo, um Abraço e um Aperto de Mão - texto e direção de Naum Alves de Souza, teatro Villa Lobos.
1986 - O Peru - texto de Georges Feydeau, direção musical de Nelson Melim, coreografia de Graziela Figueiroa, direção geral de José Renato, Teatro Ginástico.
1987 - Camas Redondas, Casais Quadrados - texto de J. Chapman, direção de José Renato, teatros Ginástico e da Praia
1989 - Tem um Psicanalista na nossa Cama - texto de João Bittencourt, direção de Ary Coslov, teatros Vanucci, João Caetano e Glória, tournée por vários estados do Brasil.
1990 - Somente entre Nós - texto de Reginaldo Faria, direção de Roberto Frota, Teatros Glória e Abel, tournée a Portugal – teatro do Casino Estoril, Lisboa.

1991 - Ato Cultural - texto de José Inácio Cabrujas, direção musical de Caique Botkay, direção geral de Marcelo Souza, projeto cultural BNDES, teatro Cândido Mendes.
1992 - Se Eu Fosse Você - texto de Maria Adelaide Amaral, direção de Roberto Frota, tournée por cidades do Rio de Janeiro, teatro da UFF
1993 - Se Eu Fosse Você - Teatros Barra Shopping e Posto Seis
1994 - Meus Prezados Canalhas - texto de João Uchoa Cavalcanti, direção de Gracindo Júnior, Teatro dos Quatro, Teatro Tuca (São Paulo), tournée pelo Brasil
1997/98 - Salve Amizade - texto e direção de Flávio Marinho, tournée pelo Brasil
2004 - A Presença de Guedes - texto de Miguel Paiva, direção de Irene Ravache, teatro Laura Alvim (RJ), tournée por cidades de São Paulo e Rio de Janeiro

     Espetáculos 

1998 - João de todos os Sambas - texto de Benjamim Santos, direção musical de Benjamim Santos, direção de Ginaldo de Souza, teatro Rival
2002 - Divina Saudade (participação de Zezé Motta) - Canecão
2002 - Mania de Vocês (participação no CD de José Maurício Machline) - Mistura Fina
2009 - Coral HSBC (Atriz convidada para a apresentção do Coral HSBC de final de ano em Curitiba/PR)

Trabalhos na televisão

2013 - Flor do Caribe .... Lindaura
2011 - Fina Estampa .... Mirna Bello/Gisela1
2011 - Insensato Coração .... Gisela
2010 - Na Forma da Lei .... Eunice
2009 - Cinquentinha.... Leila Fratelli
2008 - A Favorita.... Arlete Salvador
2007 - Malhação.... Diva Junqueira Arrel
2007 - Paraíso Tropical.... Cleonice
2006 - Cobras e Lagartos.... Celina Gonçalves Pacheco
2005 - Carga Pesada (série).... Rose di Caprio / Roselei
2004 - Senhora do Destino.... Gisela Andrade
2003 - Kubanacan.... Perla Perón
2002 - Coração de Estudante.... Esmeralda
2001 - Sai de Baixo (programa de humor)
2001 - Brava Gente (série)
2001 - Os Normais (série)
2000 - Aquarela do Brasil.... Velma (minissérie)
1999 - Terra Nostra.... Janete2
1998 - Meu Bem Querer.... Ava Maria
1997 - Por Amor.... Virgínia Mello
1996 - Anjo de Mim.... Zelinda
1996 - O Fim do Mundo.... Margarida
1995 - A Idade da Loba.... Irene
1994 - Pátria Minha.... Marta
1994 - A Madona de Cedro.... Hannah (minissérie)
1993 - O Mapa da Mina.... Maria Regina
1992 - De Corpo e Alma.... Berenice
1991 - O Fantasma da Ópera.... Anabela Vasconcelos (minissérie)
1990 - Araponga.... Jurema
1989 - República.... Tatiana
1988 - Olho por Olho.... Elisa
1987 - Corpo Santo.... Mara
1986 - Qualificação Profissional (TV Educativa)
1986 - Armação Ilimitada (episódio: Os Olhos de Zelda Scott).... Sandra
1985 - Grande Sertão: Veredas.... Maria Eduarda (minissérie)
1984 - Caso Verdade (episódio: Esperança).... Constância
1983 - Os Trapalhões (programa de humor)
1983 - Quarta Nobre (episódio: Mandrake).... Louise
1983 - Parabéns pra Você.... Marlene (minissérie)
1983 - Mário Fofoca (episódio: Espiões de Biquini).... Marjô
1982 - Lampião e Maria Bonita.... Ivete
1981 - Viva o Gordo (elenco fixo - programa de humor)
1981 - Terras do Sem-Fim.... Rosália
1979 - Chico Anysio Show (programa de humor)
1979 - TV Educativa (aulas de dança moderna)
1978 - O Planeta dos Homens (elenco fixo - programa de humor)


                                    Prêmios

2005 - Super Cap de Ouro, pela telenovela Senhora do Destino
2002 - Prêmio Qualidade Brasil, pela telenovela Coração de Estudante
2000 - Super Cap de Ouro, pela telenovela Terra Nostra
1999 - Prêmio Qualidade Brasil, pela telenovela Terra Nostra
1999 - Prêmio Master, pela telenovela Meu Bem Querer
1998 - Prêmio Master, pela telenovela Por Amor
1987 - Troféu APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) - melhor atriz coadjuvante, pela telenovela Corpo Santo
Espetáculos de rua 
De 1982 a 2000 – Todos os espetáculos oficiais ligados à Rio Arte, Prefeitura do Rio de Janeiro e Arquidiocese do Rio de Janeiro, com direção de Ginaldo de Souza:

Auto de Natal (Arcos da Lapa e periferia do Rio de Janeiro)
Paixão de Cristo (Arcos da Lapa)
Corpus Christi
São Sebastião
São Jorge
São Pedro
São Francisco de Assis
Espetáculo comemorativo dos 100 anos da República (1988) nos Arcos da Lapa
Espetáculo Fome Zero (Cinelândia)
Espetáculo Cenas do Rio de Janeiro (Cinelândia)

 Produção teatral 

1992 - Se eu fosse você - texto de Maria Adelaide Amaral, direção de Roberto Frota, tournée pelo Estado do Rio de Janeiro Teatro da UFF, Teatro Barra Shopping e Teatro Posto Seis

 Coreografia 

1985 - Astrofolias - texto de Ana Luiza Jobim, direção musical de Antônio Adolfo, direção de Lauro Góes, Teatro Villa Lobos e Teatro do Planetário da Gávea
1985 - Zabadan - direção musical de Carlão, direção de Sérgio Carvalhal - Teatro América
1988/1993 - São Pedro - texto de Benjamim Santos, direção de Ginaldo de Souza - Urca, Posto Seis e Colônia do Caju
1989 - Cem Anos da República - texto de Benjamim Santos, direção musical de Roberto Nascimento, direção de Ginaldo de Souza - Arcos da Lapa

Aos 60 anos ela tem um corpo de dar inveja a muitas mulheres de 30. Ângela Vieira, que volta às novelas em ‘Flor do Caribe’, revela como se mantém esbelta e sem aparentar a idade que tem.
“Sou bailarina clássica desde muito jovem e sempre gostei de me exercitar. Então pra mim, correr, pedalar, fazer hidro e outros esportes são um prazer e não uma obrigação”, contou a atriz à revista Caras.

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publicado por duronaqueda às 21:57

ZE CARIOCA A VIDA DO PERSONAGEM

Terça-feira, 10.12.13

ZE CARIOCA A VIDA DO PERSONAGEM

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ZE CARIOCA O PERSONAGEN DISNEY CRIADO REPRESENTANDO   O BRASIL NO FILME foi criado para o filme Alô amigos  VEJA A HISTORIA COMPLETA SAIBA TUDO TUDO SOBRE ESTE MALANDRO DO RIO DE JANEIRO 




Zé Carioca



Zé Carioca é o apelido do papagaio José Carioca, criado no começo da década de 1940 pelos estúdios Walt Disney em uma turnê pela América Latina, que fazia parte dos esforços dos Estados Unidos para reunir aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Historicamente esse esforço na América Latina foi chamado de "Good Neighbor Policy" ou Política da Boa Vizinhança.
História
Zé Carioca teria sido criado pelo próprio Walt Disney dentro do Copacabana Palace Hotel. O desenhista disse que amou tanto o Rio de Janeiro, que tinha que deixar um presente para os cariocas. Hoje o Zé Carioca é mais do que um personagem ou mascote carioca, é um elo entre a Walt Disney World e o Brasil.
Em sua passagem pelo Brasil, uma das coisas que chamou a atenção de Walt Disney foi o personagem como um papagaio antropomórfico, que deveria representar o estereótipo do brasileiro. Zé Carioca foi mostrado como um personagem divertido, festeiro, vagabundo e preguiçoso.

    Cinema

O papagaio José Carioca (vulgo Zé Carioca) foi criado para o filme Alô, amigos (Saludos Amigos), de 1942, lançado nos EUA no ano seguinte pela Disney. Antes do lançamento americano tira de jornal foram publicadas com as aventuras do Zé Carioca.
O filme era dividido em quatro partes e mostrava a América do Sul, na qual o Zé ciceroneava Pato Donald na sua visita ao Brasil: apresentou ao pato ianque a cachaça e o samba . O filme foi criado a partir de dados coletados numa visita de artistas dos Estúdios Disney – entre eles o próprio Walt Disney – à América do Sul (que é mostrada em flashes durante o filme).
Os esforços americanos não se limitavam ao Brasil, assim alguns personagens foram criados para um número de países latinos:
Gauchinho Voador, representante da Argentina;
Panchito, representante do México;
José "Zé" Carioca, o querido papagaio, representante do Brasil.
Dois anos depois, Zé Carioca apareceu novamente em outra produção destinada à América Latina: "Os três cavaleiros" (The three caballeros/Los tres caballeros). A parte brasileira, intitulada "Você já foi à Bahia?", mostra Zé Carioca na companhia do Pato Donald e do galo Panchito, desta vez na Bahia, numa seqüência que mistura desenho com atores reais (destaque para a participação da cantora Aurora Miranda, irmã da célebre Carmen Miranda).
Neste filme, Zé Carioca e Donald ainda se juntam ao galo mexicano Panchito Pistoles em uma viagem pelo México a bordo do tapete voador deste último.
Uma curiosidade cinematográfica sobre Zé Carioca é a confusão que se faz entre ele e o papagaio jurado em Alice no País das Maravilhas.


 

       

  Quadrinhos

Zé Carioca é pouco conhecido nos Estados Unidos, mas no Brasil ele possui revista mensal, publicada pela Editora Abril. Os quadrinhos o retratam como o típico malandro carioca, sempre escapando dos problemas com o "jeitinho" característico.

  

                                                                                                  Origens

Nos Estados Unidos, foram criados algumas histórias em formato de tira de jornal, desenhadas pelo artista Paul Murry  . Nessa série, surgiram os primeiros personagens coadjuvantes do papagaio: Rosinha, seu pai Rocha Vaz, Nestor e o rival playboy do Zé Carioca, conhecido como Luis Carlos  (que mais tarde seria substituído por Zé Galo . Além de ambientado no Rio, há uma história de uma viagem ao Amazonas, que depois seria redesenhada nos anos 60 pelos artistas brasileiros.

No Brasil

No Brasil, o Zé Carioca chegou aos quadrinhos na revista O Globo Juvenil em meados da década de 1940  em julho de 1950, apareceu na capa do primeiro número da revista O Pato Donald, pelas mãos do artista argentino Luis Destuet[8]. Em 1961, já mais bem estruturado em seu "universo", ganha uma publicação própria com a numeração iniciando no 479 e aproveitando os números ímpares da seqüência do Pato Donald, que permanecia com os números pares daí em diante.
Foi nos quadrinhos brasileiros que sua personalidade mais característica gradualmente foi construída: malandro (alérgico a trabalho), boa gente, caloteiro até a última pena (mantém a forma fazendo os "400 metros rasos fugindo de cobradores"), com a criatividade do brasileiro para seguir levando a vida. Dentre as muitas coisas tidas como preferências nacionais o Zé Carioca só não faz menção (sem, no entanto, descartar) à cachaça, que esteve presente em sua estréia cinematográfica; por outro lado estão presentes a feijoada, a jaca (fruto típico nacional e algo que mais tarde teria nas árvores do quintal do conhecido amigo do Zé Carioca, o Pedrão), o amor pela sua terra (marcante no bairrismo carioca), praia e, em especial, samba e futebol. Mas isso levou tempo.
Quando Zé Carioca estreou nos quadrinhos do Brasil, o volume de histórias disponível não era suficiente para manter o título em banca. A Editora Abril para não cancelar a revista, passou a adaptar histórias do Mickey e do Pato Donald, com os desenhistas da Abril colocando Zé Carioca no lugar desses personagens. Por conseqüência, apareceram histórias onde Zé Carioca contracena com personagens fora do seu universo, mantidos da história original, como Pateta, parceiro de Mickey. Também por conta disso, surgiram Zico e Zeca, sobrinhos do Zé, e criados para ocuparem o lugar de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Outra conseqüência foram as freqüentes mudanças na personalidade de Zé Carioca, que se adaptava à história original de onde era copiada .
  
A produção no Brasil de histórias para o Universo Disney envolveria outros personagens. A primeira história produzida no Brasil com o Zé recebeu o nome de "Zé Carioca, o rei do Carnaval". Ao contrário das tiras americanas, no início da série brasileira não havia diferenças entre a cidade em que o Zé morava e Patópolis, aparecendo com freqüência os demais coadjuvantes das histórias do Donald, como seus sobrinhos, Tio Patinhas, Professor Pardal e o Gastão. É com o Gastão, aliás, que apareceu uma das mais famosas histórias dessa série, justamente presente na citada edição 479: o sortudo personagem era goleiro de um time de futebol que jogava contra o do Zé Carioca. Mesmo com Zé sendo um craque, ele não conseguia vencer o Gastão, que sempre fazia algum milagre para impedir o gol dos adversários. No Brasil, aliás, Gastão seria sempre "o sortudo", enquanto nas histórias de Carl Barks ele aparecia mais vezes como falastrão e preguiçoso e avesso ao trabalho, ou seja, bem parecido com a personalidade que Zé Carioca acabou adotando.
Finalmente a partir de 1972, a Editora Abril conseguiu estruturar um estúdio próprio destinado a produzir histórias para suprir o crescente número de publicações Disney que circulavam no país com enorme sucesso. O Zé Carioca começou a aparecer regularmente em sua revista, acompanhado de uma nova série de personagens coadjuvantes e vivendo situações ambientadas nas paisagens do Brasil, que o consolidaria como um personagem tipicamente brasileiro.            

Entre as décadas de 70 e 90 ocorreu o auge da produção para o personagem no Brasil, com revistas contendo só histórias do personagem, e com aumento do número de páginas. Nessa época o Zé teve seu visual reformulado aos poucos, saindo do paletó, gravata, chapéu de palha e charuto (vício que seria abolido de vez de suas histórias, com licença para republicações de histórias clássicas) para boné, camisas estampadas (a mudança também se configurou nos demais personagens) . Essas mudanças eram reflexo de um acompanhamento da sociedade e suas mudanças de comportamento. O personagem se atualizou. Deixou de ter a alta sociedade norte americana da década de quarenta como referencia para acompanhar a moda jovem da década de 80 e 90.Por causa da queda de vendas configurada em todo o comércio de quadrinhos a partir do final da década de 90, com especial ênfase no setor infantil, a Abril praticamente fechou suas redações da área Disney, demitindo artistas consagrados, passando a republicações e lançando apenas alguns especiais (como o aclamado "Zé Carioca no Descobrimento do Brasil", em virtude dos 500 anos da chegada de Cabral), deixando milhares de fãs órfãos pelo Brasil.A última história inédita brasileira foi publicada em dezembro de 2001 intitulada "Só com Magia", do roteirista Rafles Ramos. Depois disso alguma produção esporádica foram feitas para publicações especiais. Existem histórias inéditas do personagem nos arquivos da Editora Abril . 


               Almanaque do Zé Carioca


Lançado o Manual do Zé Carioca, dentre os Manuais Disney, lançados na década de 1970 pela Editora Abril, mais especificamente em 1974 (graças à Copa da Alemanha) e depois em 1978, edição revisada e atualizada (Copa da Argentina). Depois, relançado em 1986 pela Editora Nova Cultural.
O assunto tratado era o esporte preferido dos brasileiros e do próprio Zé, o futebol.
Este mesmo manual e de todos os outros temas e personagens, foram aproveitados para se fazer a Bilbioteca do Escoteiro-Mirim. As capas eram diferentes, mas com o mesmo conteúdo.

  Inconsistência estética

O personagem que começou sua trajetória vestindo terno e gravata coloridos, com um chapéu de palha e carregando um guarda-chuva, assumia uma imagem parodiada dos homens de negócio da alta sociedade norte-americana, que sempre se apresentavam com ternos e chapéus pretos com suas bengalas. É importante lembrar que as histórias do Zé Carioca possuíam um estética cômica e que isso também é válido na hora de se tentar explicar as características do personagem, seja nas roupas que vestia, seja em qualquer outro aspecto.
As incoerências e desatualização na composição do Zé Carioca, se explicam pelo fato de que o personagem não foi concebido com o objetivo do formato seqüencial dos quadrinhos, mas sim para um breve curta homenageando a América Latina (que mais tarde tornar-se-iam dois). Não foi pensado no futuro que o personagem teria quando o próprio Walt Disney criou o personagem, que não era um favelado, sequer um caloteiro, apenas um entusiasta do Brasil.
Se até a década de 70 os editores eram — devido à importação ou adaptação das histórias — praticamente obrigados a se ater ao original da Disney, a partir de então, com a organização do estúdio da Abril abriu-se espaço para as mudanças estéticas e psicossociais observadas no personagem devido à crescente influência dos roteiristas e desenhistas brasileiros, dentre os quais é preciso destacar o nome de Renato Canini, que chegou a ser rotulado de "pai" do Zé Carioca .
A personalidade de Zé Carioca desenvolvida nos quadrinhos foi um fenômeno brasileiro – com lançamentos também na Holanda (editoria própria) e alguns na Itália –, a ponto de Don Rosa, ignorar e desconhecer a série brasileira ao escrever uma história em que o Zé participava, com sua personalidade baseada na do filme de 1945. "Não tenho fontes onde possa chegar e pedir cópias da história do Zé Carioca dos últimos 30 anos traduzidas para o inglês. Isso é impossível. Então, não posso dizer nada, já que não consigo ler em português. Mas o que me dizem é que ele é um vagabundo, um vagabundo adorável. Assim, não consigo formar uma opinião. Por isso, tive de recriar uma versão do Zé Carioca que todos os americanos conhecem, ou seja, a do desenho de 1945", justifica-se Don Rosa. 

    Cenário e Personagens


O cenário de suas histórias é, na maioria das vezes, a Vila Xurupita, no Morro do Papagaio, local onde mora, não precisamente apontada, mas tida pelas demonstrações, como um bairro humilde suburbano do Rio, com vários referenciais para ser uma favela, embora próximo de bairro rico, onde mora sua namorada.Alguns personagens eram característicos nas histórias do papagaio Zé Carioca. Seguem eles:Rosinha (1942) - Sua namorada, filha de milionário, muitas vezes questiona o estilo de vida do namorado.Nestor (1944) - Seu grande amigo, presente desde as primeiras histórias em quadrinhos do Zé. Um urubu, que teme por todos os planos do Zé, embora admita-se um “caloteirozinho de menor porte”. Às vezes arruma emprego, prontamente arruinados pelo papagaio.Pedrão (1973) - Faz a melhor feijoada do mundo e, embora grande amigo, sempre briga com o Zé e o persegue porque ele rouba suas “estimadas” jacas.Afonsinho (1973) - Um pato tímido e ingênuo, com raros momentos de brilhantismo, também grande amigo do Zé.Rocha Vaz (1942) - Pai milionário da Rosinha, que não aceita o Zé como genro por este ser pobre.Zé Galo (1983) - Seu rival, deseja namorar a Rosinha. Já criou time de futebol e escola de samba para rivalizar com o Zé. É malandro, arrogante e atrapalhado.Morcego Verde (1975) - Super-herói encarnado pelo papagaio, que luta contra o crime com seus métodos nada convencionais, e faz uso da morcegocleta (popularmente conhecida como “a bicicleta do vixinho”). Embora desconverse, todos sabem se tratar do Zé Carioca – paródia do Batman.Zico e Zeca - Os dois sobrinhos "pestinhas" do Zé, para os quais seu tio quer passar os "ensinamentos" da família.ANACOZECA (Associação NAcional dos CObradores do ZÉ CArioca) (1976) - Faz de tudo pra conseguir cobrar o malandro. Principais aparições: Tadeu, Arlindo, Asdrubal e Arnaldo.Merecem atenção, como participantes secundários:Luís Carlos - Outro rival do papagaio no amor de Rosinha.  
Glória - Rival de Rosinha no amor pelo Zé.Alberto - Modormo do Rocha Vaz que também não vai com a cara do Zé.Átila - Cão do Rocha Vaz, que sempre ataca o Zé.Soneca - Cão de estimação do Zé, que pelo nome, dá pra perceber que é como o seu dono. Aparece mais em histórias antigas.Acácio - O personagem secundário, aparece fazendo de tudo; inspirado em arte-finalista da redação da Abril, Acácio Ramos.Comissário Porcôni - Assim intitulado pelo Morcego Verde, Porconi é na verdade o estressado delegado da Delegacia de Vila Xurupita.seu Manoel - Seu Manoel e o dono do bar mais frequentado pelo Zé. Parcialmente vive cobrando o Zé por sua enorme divida.Paladino Implacável - Alter-ego super-heróico de Zeca, o sobrinho do Zé Carioca.Gabi - Sobrinha espoleta da Rosinha.Gilda e Laurinha - Namoradas, respectivamentes, do Nestor e do Pedrão. Ambas, tem raras aparições.João Ratazana - Um rato trambiqueiro, cujos planos são sempre frustrados pelo Zé.

      Os primos do Zé

Frequentemente aparecem primos do Zé nas suas histórias, todos partilhando o seu primeiro nome e possuindo características típicas da região de origem. Os principais são os seguintes (embora outros tenham aparecido ou sido mencionados):
Zé Paulista - O primo de São Paulo, o seu oposto por ser demasiado trabalhador.
Zé Jandaia - O arretado primo cearense.
Zé Pampeiro - O primo gaúcho, o verdadeiro macho de facão dos pampas.
Zé Queijinho - O primo mineiro, o caipira da roça que anda sempre acompanhado da sua cabrita Gabriela, que come de tudo.
Zé Baiano - O primo baiano, que consegue ser mais dorminhoco que o Carioca, e mais rápido na hora de chegar à rede.
 Zé Goiano - Não é primo do papagaio, mas sim um tio-avô goiano. Já morreu.
Zé do Engenho - Outro tio-avô. Era (ou é, porque está vivo) coronel.

              Instituições                                                              Vila Xurupita Futebol Clube

Vila Xurupita Futebol Clube é o time de futebol onde jogam Zé Carioca e seus amigos. Suas cores são rosa e branco .
                                                           GRES Unidos de Vila Xurupita
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Xurupita é a escola de samba presidida pelo Zé Carioca, tendo como integrantes seus amigos. Também é sediada na Vila Xurupita, e rivaliza com a dissidência Acadêmicos de Vila Xurupita.
Em algumas histórias aparece como sendo parte da elite do carnaval carioca, enquanto em outras como de grupos de acesso bem distantes (chegando à 33ª divisão em uma). Suas cores não são bem definidas, mas tem-se como base o rosa, amarelo e branco, cores do Vila Xurupita Futebol Clube.


                                                                                 ANACOZECA

A ANACOZECA (Associação NAcional dos CObradores do ZÉ CArioca) é um grupo de personagens do universo do Zé Carioca. Foi criado por Paulo Paiva. Em uma história apareceu também uma versão internacional.
Sua maior, árdua e única missão é cobrar o Zé Carioca. Para tanto, vive perseguindo-o, tentando subornar seus amigos, mas a verdade é que nunca recebeu um centavo sequer. Seu lema é "um dia receberemos".
O grupo tinha um misterioso chefe que nunca aparecia. Anos depois, foi revelado que o chefe era o sogro do papagaio, Rocha Vaz. Ele tinha assumido todas as dívidas que o Zé Carioca tinha feito e criado a associação com o único objetivo de desmoralizar o papagaio perante a sua filha Rosinha, que sempre foi apaixonada pelo Zé, já que não considerava um papagaio pobretão, devedor e que não gostava de trabalhar o companheiro ideal para ela. Entretanto, a manobra não deu certo, Rosinha continuou namorando o Zé e a ANACOZECA foi extinta.
Para conseguir cobrar e desmoralizar o Zé Carioca eles já tentaram de tudo. Tudo mesmo: já programaram robôs para cobrá-lo, se fizeram passar por times de futebol jogando contra a Vila Xurupita, acamparam em frente à sua casa, armaram emboscadas e até mesmo contrataram o seu próprio alter-ego, o Morcego-Verde (que só eles não sabem que é o Zé Carioca), mas sempre fracassam, por mais que tentem e por mais elaborados que sejam seus planos.
Por não saberem que Zé Carioca é o Morcego Verde, o papagaio já se aproveitou algumas vezes e usou o super-herói para enganá-los.
Normalmente é representado por quatro personagens de aparência física idêntica, sendo dois altos (Arlindo e Asdrubal) e dois baixos (Tadeu e Arnaldo). Algumas vezes apareceram mais cobradores da ANACOZECA na mesma história.


   Principais desenhistas do Zé Carioca no Brasil


Jorge Kato
Waldyr Igayara de Souza
Izomar Camargo Guilherme
Carlos Edgard Herrero
Renato Canini
Roberto Fukue
Luiz Podavin
Eli Leon
Euclides Miyaura
Irineu Soares Rodrigues
Joao Batista Queiroz
Moacir Rodrigues
Paulo Noely da Costa                                                          
Fernando Bonini
Gustavo Machado
Paulo Borges
Átila de Carvalho
Aparecido Norberto
Dave Santana
Fernando Ventura
Carlos Mota
 Principais roteiristas do Zé Carioca no Brasil

Ivan Saidenberg
Julio de Andrade
Arthur Faria Jr.
Gérson Borlotti Teixeira
Genival de Souza
Rafles Ramos
João Batista Queiroz



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publicado por duronaqueda às 18:09

ZE CARIOCA A VIDA DO PERSONAGEM

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ZE CARIOCA A VIDA DO PERSONAGEM

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ZE CARIOCA O PERSONAGEN DISNEY CRIADO REPRESENTANDO   O BRASIL NO FILME foi criado para o filme Alô amigos  VEJA A HISTORIA COMPLETA SAIBA TUDO TUDO SOBRE ESTE MALANDRO DO RIO DE JANEIRO 




Zé Carioca



Zé Carioca é o apelido do papagaio José Carioca, criado no começo da década de 1940 pelos estúdios Walt Disney em uma turnê pela América Latina, que fazia parte dos esforços dos Estados Unidos para reunir aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Historicamente esse esforço na América Latina foi chamado de "Good Neighbor Policy" ou Política da Boa Vizinhança.
História
Zé Carioca teria sido criado pelo próprio Walt Disney dentro do Copacabana Palace Hotel. O desenhista disse que amou tanto o Rio de Janeiro, que tinha que deixar um presente para os cariocas. Hoje o Zé Carioca é mais do que um personagem ou mascote carioca, é um elo entre a Walt Disney World e o Brasil.
Em sua passagem pelo Brasil, uma das coisas que chamou a atenção de Walt Disney foi o personagem como um papagaio antropomórfico, que deveria representar o estereótipo do brasileiro. Zé Carioca foi mostrado como um personagem divertido, festeiro, vagabundo e preguiçoso.

    Cinema

O papagaio José Carioca (vulgo Zé Carioca) foi criado para o filme Alô, amigos (Saludos Amigos), de 1942, lançado nos EUA no ano seguinte pela Disney. Antes do lançamento americano tira de jornal foram publicadas com as aventuras do Zé Carioca.
O filme era dividido em quatro partes e mostrava a América do Sul, na qual o Zé ciceroneava Pato Donald na sua visita ao Brasil: apresentou ao pato ianque a cachaça e o samba . O filme foi criado a partir de dados coletados numa visita de artistas dos Estúdios Disney – entre eles o próprio Walt Disney – à América do Sul (que é mostrada em flashes durante o filme).
Os esforços americanos não se limitavam ao Brasil, assim alguns personagens foram criados para um número de países latinos:
Gauchinho Voador, representante da Argentina;
Panchito, representante do México;
José "Zé" Carioca, o querido papagaio, representante do Brasil.
Dois anos depois, Zé Carioca apareceu novamente em outra produção destinada à América Latina: "Os três cavaleiros" (The three caballeros/Los tres caballeros). A parte brasileira, intitulada "Você já foi à Bahia?", mostra Zé Carioca na companhia do Pato Donald e do galo Panchito, desta vez na Bahia, numa seqüência que mistura desenho com atores reais (destaque para a participação da cantora Aurora Miranda, irmã da célebre Carmen Miranda).
Neste filme, Zé Carioca e Donald ainda se juntam ao galo mexicano Panchito Pistoles em uma viagem pelo México a bordo do tapete voador deste último.
Uma curiosidade cinematográfica sobre Zé Carioca é a confusão que se faz entre ele e o papagaio jurado em Alice no País das Maravilhas.


 

       

  Quadrinhos

Zé Carioca é pouco conhecido nos Estados Unidos, mas no Brasil ele possui revista mensal, publicada pela Editora Abril. Os quadrinhos o retratam como o típico malandro carioca, sempre escapando dos problemas com o "jeitinho" característico.

  

                                                                                                  Origens

Nos Estados Unidos, foram criados algumas histórias em formato de tira de jornal, desenhadas pelo artista Paul Murry  . Nessa série, surgiram os primeiros personagens coadjuvantes do papagaio: Rosinha, seu pai Rocha Vaz, Nestor e o rival playboy do Zé Carioca, conhecido como Luis Carlos  (que mais tarde seria substituído por Zé Galo . Além de ambientado no Rio, há uma história de uma viagem ao Amazonas, que depois seria redesenhada nos anos 60 pelos artistas brasileiros.

No Brasil

No Brasil, o Zé Carioca chegou aos quadrinhos na revista O Globo Juvenil em meados da década de 1940  em julho de 1950, apareceu na capa do primeiro número da revista O Pato Donald, pelas mãos do artista argentino Luis Destuet[8]. Em 1961, já mais bem estruturado em seu "universo", ganha uma publicação própria com a numeração iniciando no 479 e aproveitando os números ímpares da seqüência do Pato Donald, que permanecia com os números pares daí em diante.
Foi nos quadrinhos brasileiros que sua personalidade mais característica gradualmente foi construída: malandro (alérgico a trabalho), boa gente, caloteiro até a última pena (mantém a forma fazendo os "400 metros rasos fugindo de cobradores"), com a criatividade do brasileiro para seguir levando a vida. Dentre as muitas coisas tidas como preferências nacionais o Zé Carioca só não faz menção (sem, no entanto, descartar) à cachaça, que esteve presente em sua estréia cinematográfica; por outro lado estão presentes a feijoada, a jaca (fruto típico nacional e algo que mais tarde teria nas árvores do quintal do conhecido amigo do Zé Carioca, o Pedrão), o amor pela sua terra (marcante no bairrismo carioca), praia e, em especial, samba e futebol. Mas isso levou tempo.
Quando Zé Carioca estreou nos quadrinhos do Brasil, o volume de histórias disponível não era suficiente para manter o título em banca. A Editora Abril para não cancelar a revista, passou a adaptar histórias do Mickey e do Pato Donald, com os desenhistas da Abril colocando Zé Carioca no lugar desses personagens. Por conseqüência, apareceram histórias onde Zé Carioca contracena com personagens fora do seu universo, mantidos da história original, como Pateta, parceiro de Mickey. Também por conta disso, surgiram Zico e Zeca, sobrinhos do Zé, e criados para ocuparem o lugar de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Outra conseqüência foram as freqüentes mudanças na personalidade de Zé Carioca, que se adaptava à história original de onde era copiada .
  
A produção no Brasil de histórias para o Universo Disney envolveria outros personagens. A primeira história produzida no Brasil com o Zé recebeu o nome de "Zé Carioca, o rei do Carnaval". Ao contrário das tiras americanas, no início da série brasileira não havia diferenças entre a cidade em que o Zé morava e Patópolis, aparecendo com freqüência os demais coadjuvantes das histórias do Donald, como seus sobrinhos, Tio Patinhas, Professor Pardal e o Gastão. É com o Gastão, aliás, que apareceu uma das mais famosas histórias dessa série, justamente presente na citada edição 479: o sortudo personagem era goleiro de um time de futebol que jogava contra o do Zé Carioca. Mesmo com Zé sendo um craque, ele não conseguia vencer o Gastão, que sempre fazia algum milagre para impedir o gol dos adversários. No Brasil, aliás, Gastão seria sempre "o sortudo", enquanto nas histórias de Carl Barks ele aparecia mais vezes como falastrão e preguiçoso e avesso ao trabalho, ou seja, bem parecido com a personalidade que Zé Carioca acabou adotando.
Finalmente a partir de 1972, a Editora Abril conseguiu estruturar um estúdio próprio destinado a produzir histórias para suprir o crescente número de publicações Disney que circulavam no país com enorme sucesso. O Zé Carioca começou a aparecer regularmente em sua revista, acompanhado de uma nova série de personagens coadjuvantes e vivendo situações ambientadas nas paisagens do Brasil, que o consolidaria como um personagem tipicamente brasileiro.            

Entre as décadas de 70 e 90 ocorreu o auge da produção para o personagem no Brasil, com revistas contendo só histórias do personagem, e com aumento do número de páginas. Nessa época o Zé teve seu visual reformulado aos poucos, saindo do paletó, gravata, chapéu de palha e charuto (vício que seria abolido de vez de suas histórias, com licença para republicações de histórias clássicas) para boné, camisas estampadas (a mudança também se configurou nos demais personagens) . Essas mudanças eram reflexo de um acompanhamento da sociedade e suas mudanças de comportamento. O personagem se atualizou. Deixou de ter a alta sociedade norte americana da década de quarenta como referencia para acompanhar a moda jovem da década de 80 e 90.Por causa da queda de vendas configurada em todo o comércio de quadrinhos a partir do final da década de 90, com especial ênfase no setor infantil, a Abril praticamente fechou suas redações da área Disney, demitindo artistas consagrados, passando a republicações e lançando apenas alguns especiais (como o aclamado "Zé Carioca no Descobrimento do Brasil", em virtude dos 500 anos da chegada de Cabral), deixando milhares de fãs órfãos pelo Brasil.A última história inédita brasileira foi publicada em dezembro de 2001 intitulada "Só com Magia", do roteirista Rafles Ramos. Depois disso alguma produção esporádica foram feitas para publicações especiais. Existem histórias inéditas do personagem nos arquivos da Editora Abril . 


               Almanaque do Zé Carioca


Lançado o Manual do Zé Carioca, dentre os Manuais Disney, lançados na década de 1970 pela Editora Abril, mais especificamente em 1974 (graças à Copa da Alemanha) e depois em 1978, edição revisada e atualizada (Copa da Argentina). Depois, relançado em 1986 pela Editora Nova Cultural.
O assunto tratado era o esporte preferido dos brasileiros e do próprio Zé, o futebol.
Este mesmo manual e de todos os outros temas e personagens, foram aproveitados para se fazer a Bilbioteca do Escoteiro-Mirim. As capas eram diferentes, mas com o mesmo conteúdo.

  Inconsistência estética

O personagem que começou sua trajetória vestindo terno e gravata coloridos, com um chapéu de palha e carregando um guarda-chuva, assumia uma imagem parodiada dos homens de negócio da alta sociedade norte-americana, que sempre se apresentavam com ternos e chapéus pretos com suas bengalas. É importante lembrar que as histórias do Zé Carioca possuíam um estética cômica e que isso também é válido na hora de se tentar explicar as características do personagem, seja nas roupas que vestia, seja em qualquer outro aspecto.
As incoerências e desatualização na composição do Zé Carioca, se explicam pelo fato de que o personagem não foi concebido com o objetivo do formato seqüencial dos quadrinhos, mas sim para um breve curta homenageando a América Latina (que mais tarde tornar-se-iam dois). Não foi pensado no futuro que o personagem teria quando o próprio Walt Disney criou o personagem, que não era um favelado, sequer um caloteiro, apenas um entusiasta do Brasil.
Se até a década de 70 os editores eram — devido à importação ou adaptação das histórias — praticamente obrigados a se ater ao original da Disney, a partir de então, com a organização do estúdio da Abril abriu-se espaço para as mudanças estéticas e psicossociais observadas no personagem devido à crescente influência dos roteiristas e desenhistas brasileiros, dentre os quais é preciso destacar o nome de Renato Canini, que chegou a ser rotulado de "pai" do Zé Carioca .
A personalidade de Zé Carioca desenvolvida nos quadrinhos foi um fenômeno brasileiro – com lançamentos também na Holanda (editoria própria) e alguns na Itália –, a ponto de Don Rosa, ignorar e desconhecer a série brasileira ao escrever uma história em que o Zé participava, com sua personalidade baseada na do filme de 1945. "Não tenho fontes onde possa chegar e pedir cópias da história do Zé Carioca dos últimos 30 anos traduzidas para o inglês. Isso é impossível. Então, não posso dizer nada, já que não consigo ler em português. Mas o que me dizem é que ele é um vagabundo, um vagabundo adorável. Assim, não consigo formar uma opinião. Por isso, tive de recriar uma versão do Zé Carioca que todos os americanos conhecem, ou seja, a do desenho de 1945", justifica-se Don Rosa. 

    Cenário e Personagens


O cenário de suas histórias é, na maioria das vezes, a Vila Xurupita, no Morro do Papagaio, local onde mora, não precisamente apontada, mas tida pelas demonstrações, como um bairro humilde suburbano do Rio, com vários referenciais para ser uma favela, embora próximo de bairro rico, onde mora sua namorada.Alguns personagens eram característicos nas histórias do papagaio Zé Carioca. Seguem eles:Rosinha (1942) - Sua namorada, filha de milionário, muitas vezes questiona o estilo de vida do namorado.Nestor (1944) - Seu grande amigo, presente desde as primeiras histórias em quadrinhos do Zé. Um urubu, que teme por todos os planos do Zé, embora admita-se um “caloteirozinho de menor porte”. Às vezes arruma emprego, prontamente arruinados pelo papagaio.Pedrão (1973) - Faz a melhor feijoada do mundo e, embora grande amigo, sempre briga com o Zé e o persegue porque ele rouba suas “estimadas” jacas.Afonsinho (1973) - Um pato tímido e ingênuo, com raros momentos de brilhantismo, também grande amigo do Zé.Rocha Vaz (1942) - Pai milionário da Rosinha, que não aceita o Zé como genro por este ser pobre.Zé Galo (1983) - Seu rival, deseja namorar a Rosinha. Já criou time de futebol e escola de samba para rivalizar com o Zé. É malandro, arrogante e atrapalhado.Morcego Verde (1975) - Super-herói encarnado pelo papagaio, que luta contra o crime com seus métodos nada convencionais, e faz uso da morcegocleta (popularmente conhecida como “a bicicleta do vixinho”). Embora desconverse, todos sabem se tratar do Zé Carioca – paródia do Batman.Zico e Zeca - Os dois sobrinhos "pestinhas" do Zé, para os quais seu tio quer passar os "ensinamentos" da família.ANACOZECA (Associação NAcional dos CObradores do ZÉ CArioca) (1976) - Faz de tudo pra conseguir cobrar o malandro. Principais aparições: Tadeu, Arlindo, Asdrubal e Arnaldo.Merecem atenção, como participantes secundários:Luís Carlos - Outro rival do papagaio no amor de Rosinha.  
Glória - Rival de Rosinha no amor pelo Zé.Alberto - Modormo do Rocha Vaz que também não vai com a cara do Zé.Átila - Cão do Rocha Vaz, que sempre ataca o Zé.Soneca - Cão de estimação do Zé, que pelo nome, dá pra perceber que é como o seu dono. Aparece mais em histórias antigas.Acácio - O personagem secundário, aparece fazendo de tudo; inspirado em arte-finalista da redação da Abril, Acácio Ramos.Comissário Porcôni - Assim intitulado pelo Morcego Verde, Porconi é na verdade o estressado delegado da Delegacia de Vila Xurupita.seu Manoel - Seu Manoel e o dono do bar mais frequentado pelo Zé. Parcialmente vive cobrando o Zé por sua enorme divida.Paladino Implacável - Alter-ego super-heróico de Zeca, o sobrinho do Zé Carioca.Gabi - Sobrinha espoleta da Rosinha.Gilda e Laurinha - Namoradas, respectivamentes, do Nestor e do Pedrão. Ambas, tem raras aparições.João Ratazana - Um rato trambiqueiro, cujos planos são sempre frustrados pelo Zé.

      Os primos do Zé

Frequentemente aparecem primos do Zé nas suas histórias, todos partilhando o seu primeiro nome e possuindo características típicas da região de origem. Os principais são os seguintes (embora outros tenham aparecido ou sido mencionados):
Zé Paulista - O primo de São Paulo, o seu oposto por ser demasiado trabalhador.
Zé Jandaia - O arretado primo cearense.
Zé Pampeiro - O primo gaúcho, o verdadeiro macho de facão dos pampas.
Zé Queijinho - O primo mineiro, o caipira da roça que anda sempre acompanhado da sua cabrita Gabriela, que come de tudo.
Zé Baiano - O primo baiano, que consegue ser mais dorminhoco que o Carioca, e mais rápido na hora de chegar à rede.
 Zé Goiano - Não é primo do papagaio, mas sim um tio-avô goiano. Já morreu.
Zé do Engenho - Outro tio-avô. Era (ou é, porque está vivo) coronel.

              Instituições                                                              Vila Xurupita Futebol Clube

Vila Xurupita Futebol Clube é o time de futebol onde jogam Zé Carioca e seus amigos. Suas cores são rosa e branco .
                                                           GRES Unidos de Vila Xurupita
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Xurupita é a escola de samba presidida pelo Zé Carioca, tendo como integrantes seus amigos. Também é sediada na Vila Xurupita, e rivaliza com a dissidência Acadêmicos de Vila Xurupita.
Em algumas histórias aparece como sendo parte da elite do carnaval carioca, enquanto em outras como de grupos de acesso bem distantes (chegando à 33ª divisão em uma). Suas cores não são bem definidas, mas tem-se como base o rosa, amarelo e branco, cores do Vila Xurupita Futebol Clube.


                                                                                 ANACOZECA

A ANACOZECA (Associação NAcional dos CObradores do ZÉ CArioca) é um grupo de personagens do universo do Zé Carioca. Foi criado por Paulo Paiva. Em uma história apareceu também uma versão internacional.
Sua maior, árdua e única missão é cobrar o Zé Carioca. Para tanto, vive perseguindo-o, tentando subornar seus amigos, mas a verdade é que nunca recebeu um centavo sequer. Seu lema é "um dia receberemos".
O grupo tinha um misterioso chefe que nunca aparecia. Anos depois, foi revelado que o chefe era o sogro do papagaio, Rocha Vaz. Ele tinha assumido todas as dívidas que o Zé Carioca tinha feito e criado a associação com o único objetivo de desmoralizar o papagaio perante a sua filha Rosinha, que sempre foi apaixonada pelo Zé, já que não considerava um papagaio pobretão, devedor e que não gostava de trabalhar o companheiro ideal para ela. Entretanto, a manobra não deu certo, Rosinha continuou namorando o Zé e a ANACOZECA foi extinta.
Para conseguir cobrar e desmoralizar o Zé Carioca eles já tentaram de tudo. Tudo mesmo: já programaram robôs para cobrá-lo, se fizeram passar por times de futebol jogando contra a Vila Xurupita, acamparam em frente à sua casa, armaram emboscadas e até mesmo contrataram o seu próprio alter-ego, o Morcego-Verde (que só eles não sabem que é o Zé Carioca), mas sempre fracassam, por mais que tentem e por mais elaborados que sejam seus planos.
Por não saberem que Zé Carioca é o Morcego Verde, o papagaio já se aproveitou algumas vezes e usou o super-herói para enganá-los.
Normalmente é representado por quatro personagens de aparência física idêntica, sendo dois altos (Arlindo e Asdrubal) e dois baixos (Tadeu e Arnaldo). Algumas vezes apareceram mais cobradores da ANACOZECA na mesma história.


   Principais desenhistas do Zé Carioca no Brasil


Jorge Kato
Waldyr Igayara de Souza
Izomar Camargo Guilherme
Carlos Edgard Herrero
Renato Canini
Roberto Fukue
Luiz Podavin
Eli Leon
Euclides Miyaura
Irineu Soares Rodrigues
Joao Batista Queiroz
Moacir Rodrigues
Paulo Noely da Costa                                                          
Fernando Bonini
Gustavo Machado
Paulo Borges
Átila de Carvalho
Aparecido Norberto
Dave Santana
Fernando Ventura
Carlos Mota
 Principais roteiristas do Zé Carioca no Brasil

Ivan Saidenberg
Julio de Andrade
Arthur Faria Jr.
Gérson Borlotti Teixeira
Genival de Souza
Rafles Ramos
João Batista Queiroz



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A HISTORIA DE Antônio Carlos Magalhães

Terça-feira, 10.12.13


Antônio Carlos Magalhães

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães (Salvador, 4 de setembro de 1927 — São Paulo, 20 de julho de 2007) foi um médico, empresário e político brasileiro com base eleitoral na Bahia, estado que governou por três vezes (duas vezes foi nomeado pelo Regime Militar Brasileiro), além de ter sido eleito senador em 1994 e em 2002. Egresso da UDN, ARENA e PDS, teve o PFL/DEM como sua última agremiação partidária. Era conhecido pelo acrônimo ACM.

Biografia

Filho de Francisco Peixoto de Magalhães Neto e Helena Celestina de Magalhães, iniciou sua vida política já nos tempos de estudante, tendo sido presidente do grêmio estudantil do Colégio Estadual da Bahia, do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina e do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Formou-se então em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia em 1952 e logo foi alçado ao posto de professor-assistente no ano seguinte. Em 1954 foi eleito deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN), legenda pela qual foi eleito deputado federal em 1958 e 1962. Arguto, foi um dos grandes amigos do presidente Juscelino Kubitschek apesar de pertencerem a partidos opostos. Simpático aos movimentos que redundaram na deposição do presidente João Goulart através do Golpe Militar de 1964 e na consequente instauração do Regime Militar, ingressou na ARENA e foi reeleito deputado federal em 1966, entretanto quase não exerceu o mandato em virtude de ter sido nomeado prefeito de Salvador em 10 de fevereiro de 1967 pelo governador Luiz Viana Filho renunciando ao cargo em 6 de abril de 1970. Meses depois foi indicado como governador da Bahia pelo presidente Emílio Garrastazu Médici sendo referendado pela Assembleia Legislativa para um mandato de quatro anos. Ávido por fazer o sucessor (sua preferência recaia sobre Clériston Andrade) teve que se conformar com a indicação de Roberto Santos para sucedê-lo no Palácio de Ondina. Após passar oito meses fora do poder foi nomeado presidente da Eletrobrás pelo presidente Ernesto Geisel em novembro de 1975, cargo ao qual renunciou em 1978 a fim de ser indicado, com sucesso, para o seu segundo mandato como governador da Bahia, mandato cumprido integralmente.
Protagonizaria um dos episódios mais tensos da história política brasileira.
Na ocasião, Cavalcanti, ainda no mandato de deputado federal, discursava na Câmara dos Deputados. No discurso, acusava o então presidente do Banco do Brasil, Clemente Mariani, de desvio de verbas. Antônio Carlos Magalhães, então deputado e baiano como Mariani, defendera o conterrâneo respondendo que "vossa excelência pode dizer isso e mais coisas, mas na verdade o que vossa excelência é mesmo, é um protetor do jogo e do lenocínio, porque é um ladrão."
Tenório Cavalcanti, então, sacou o seu revólver e berrou: "Vai morrer agora mesmo!". Todos os membros da Câmara Federal correram para tentar impedir o assassinato. Segurando o microfone, Antônio Carlos Magalhães não se deu por vencido, mas tremendo gritou: "Atira!". Tenório, no fim, resolveu não atirar, rindo da situação em que ACM se encontrava, recolheu o revólver, dizendo que "só matava homem". 
O deputado Tenório Cavalcanti teve suas armas apreendidas e seus direitos políticos cassados pelo governo militar em 1964 com a interveniência direta de ACM.
Após a reformulação partidária filiou-se ao PDS em fevereiro de 1980 mantendo incólume sua condição de líder político apesar do duro golpe sofrido às vésperas das eleições de 1982 quando um acidente aéreo vitimou Clériston Andrade, candidato situacionista ao governo da Bahia. Refeito da tragédia, ACM indicou João Durval Carneiro como candidato a governador, opção afinal vitoriosa. Entusiasta da candidatura de Mário Andreazza à sucessão do presidente João Figueiredo, opôs-se firmemente ao nome de Paulo Maluf como candidato após sua vitória sobre Andreazza na convenção nacional do PDS realizada em 11 de agosto de 1984 pela contagem de 493 votos a 350. Episódio singular de sua postura antimalufista aconteceu três semanas após a convenção pedessista quando, na inauguração do novo terminal de passageiros do aeroporto de Salvador, o Ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Matos, criticou a postura dos dissidentes do PDS em favor da candidatura de Tancredo Neves no que ACM respondeu: "Trair a Revolução de 1964 é apoiar Maluf para presidente".
Decisivo para a vitória oposicionista no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985, Antônio Carlos Magalhães foi indicado Ministro das Comunicações por Tancredo Neves sendo confirmado no cargo por José Sarney (aliás, foi o único ministro civil que permaneceu no cargo durante os cinco anos de governo do maranhense). Curiosamente ACM foi guindado à condição de ministro de estado ainda filiado ao PDS visto que só ingressaria no PFL em 6 de janeiro de 1986.
Seu grupo político sofreu uma derrota em 1986 quando Waldir Pires venceu Josaphat Marinho na disputa pelo governo do Estado, ano em que enfrentou um drama familiar sem precedentes: a morte de sua filha, Ana Lúcia Maron de Magalhães, No dia da eleição, agrediu um repórter da TV Itapoan, então afiliada do SBT. De volta à seara política o poderio de ACM na política estadual foi revigorado a partir da renúncia de Pires ao governo em 14 de maio de 1989 com o fito de concorrer ao cargo de vice-presidente da República (PMDB) na chapa de Ulysses Guimarães, intento que não sobreviveu ao primeiro turno das eleições. Ainda em 1989 ACM sofreu um infarto e teve que passar por uma cirurgia, o que não o impediu de ser eleito governador do estado em 1990 ainda em primeiro turno.
Aliado de Fernando Collor até a última hora, teve uma influência política reduzida durante o governo Itamar Franco, mas reverteu tal situação ao se posicionar como um dos artífices da aliança entre o PSDB e o PFL que elegeu o senador Fernando Henrique Cardoso presidente da República em 1994, mesmo ano em que Antônio Carlos Magalhães foi eleito senador pela Bahia e Paulo Souto governador do estado. Embora aliado importante do Governo Federal (seu filho, Luís Eduardo Magalhães, presidiu a Câmara dos Deputados entre 1995/1997), ACM se opôs com firmeza à liquidação do Banco Econômico expondo assim sua face de "Toninho Malvadeza", epíteto usado por adversários políticos que qualificavam sua ação política como "truculenta". Já seus acólitos preferiam identificá-lo como "Toninho Ternura".
Em 1996 seus aliados venceram as eleições para a Prefeitura de Salvador pela primeira vez na história com a candidatura de Antônio Imbassahy, que seria reeleito no ano 2000 na mais evidente prova de que o "carlismo" era a maior força política da Bahia. Eleito presidente do Senado Federal para o biênio 1997/1999 sofreu um duríssimo golpe com a morte de seu filho Luís Eduardo em 21 de abril de 1998, mesmo assim colheu importantes vitórias àquele mesmo ano com a reeleição de FHC para a Presidência da República e a de César Borges para o governo da Bahia. Foi reeleito presidente do Senado Federal para o biênio 1999/2001, tendo antes ocupado a Presidência da República entre 16 e 24 de maio de 1998 em razão de uma viagem do titular ao exterior, visto que tanto o vice-presidente Marco Maciel, quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, estavam impedidos de assumir o cargo durante o período eleitoral sob pena de inelegibilidade.

     Renúncia
A partir de abril do ano 2000 protagonizou uma série de ofensas e trocas de acusações com o senador paraense Jader Barbalho, contenda que tinha como plano de fundo a sucessão de ACM na presidência do Senado Federal. À medida que era criticado por seu contendor, Antônio Carlos respondia elevando cada vez mais o tom das críticas, fato que recrudesceu às vésperas da eleição para a mesa diretora do Senado em 14 de fevereiro de 2001 quando Jader, enfim, derrotou o senador Arlindo Porto (PTB-MG) e foi alçado à presidência da casa. Ao longo de seus embates com Jader (que recebera o apoio do PSDB para se eleger), ACM desfere críticas ao Governo Federal, a quem acusa de conivência com a corrupção, postura que leva à demissão os ministros Waldeck Ornélas (Previdência Social) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia), ambos indicados por ele, o que enfraqueceu sua posição nas hostes situacionistas. Dias depois surge a informação de que Antônio Carlos Magalhães tivera acesso a uma lista de votação onde constava o voto de cada um dos senadores que participaram da sessão que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF), acusado de envolvimento na obra superfaturada da sede do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. A referida lista teria sido apresentada a ACM pelo senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), então líder do governo.
Alvos de um pedido de quebra de decoro parlamentar após uma investigação conduzida pelo Conselho de Ética do Senado, os dois parlamentares negaram envolvimento no caso, porém a confissão de Regina Borges, então diretora da Empresa de Processamento de Dados do Senado, de que a lista foi entregue por ela a Arruda a pedido do próprio senador e depois mostrada por este último a ACM tornou insustentável a posição dos dois que, sem saída, apresentaram seus pedidos de renúncia para evitar a cassação de seus mandatos e a consequente perda dos direitos políticos e assim Arruda renunciou em 24 de maio de 2001 e Antônio Carlos Magalhães no dia 30 de maio. Em lugar de ACM foi empossado seu filho, o empresário Antônio Carlos Magalhães Júnior. De volta a Bahia acompanhou os eventos que levariam Jader Barbalho a renunciar ao mandato de senador e nas eleições de 2002 colheu as últimas vitórias de seu esquema político com a volta de Paulo Souto ao governo e a conquista de mais um mandato de senador.
 De volta ao Senado
Empossado em 1º de fevereiro de 2003 logo ACM interrompeu a "trégua política" concedida a Luiz Inácio Lula da Silva e passou a fazer uma oposição veemente ao governo e aos aliados deste, todavia o definhar de sua até então inabalável e incontestável liderança tomou forma em 2004 quando o oposicionista João Henrique Carneiro (PDT) foi eleito prefeito de Salvador em segundo turno ao derrotar o "carlista" César Borges e no ano seguinte foi a vez de Antônio Imbassahy deixar o PFL e se abrigar no PSDB.
Em 2006 seus candidatos a governador (Paulo Souto) e a senador (Rodolpho Tourinho) não foram reeleitos sendo derrotados respectivamente por Jaques Wagner (PT) e João Durval Carneiro (PDT), este último pai do prefeito de Salvador. Embora seu filho Antônio Carlos Magalhães Júnior tenha pendores políticos, a continuidade de sua vida política do clã parece uma tarefa que cabe a seu neto Antônio Carlos Magalhães Neto, eleito deputado federal em 2002, 2006 e 2010.
Governo da Bahia

Exerceu ACM três mandatos como governador da Bahia.
No primeiro governo foi eleito por via indireta - em plena Ditadura Militar - pelos deputados estaduais, ACM representava a ARENA (partido do Regime) e vinha de uma administração da Prefeitura da Capital onde arregimentara poderes que o capacitaram a receber o apoio total do sistema. Tomou posse a 15 de março de 1971, e o carlismo - então uma força restrita à capital - ganha todo o Estado. Já em seu discurso de posse, ACM não nega sua ambição:
    São palavras evangélicas: aquele a quem muito se entregou, muito mais se exigirá. Sei que recebo muito, diria mesmo que recebo tudo, e estou consciente de que os baianos poderão exigir de mim trabalho, seriedade no trabalho da administração, uma vida permanentemente voltada para o bem comum.    
ACM atuou durante a fase do Milagre econômico. A Bahia entrou em um processo acelerado de industrialização, com a instalação, em Camaçari, de indústrias no Polo Petroquímico. Na Capital, Salvador, governada por um fiel aliado (Clériston Andrade), ACM realiza obras de grande impacto, abrindo as chamadas "avenidas de vale", modernizando o tráfego da cidade e driblando sua topografia acidentada da parte velha. Também no turismo Salvador deu um importante salto: de 400 apartamentos em 1970, passou para 2400 ao fim de sua administração.
Ao largo das realizações da sua administração, crescia também a sua importância política no estado: faz o sucessor, Roberto Santos, além de manter sob sua égide o prefeito da capital. O carlismo consolida-se como a maior força política do Estado, e que cruzaria todo o final do século XX adentrando o XXI.
No segundo governo tomou posse à 15 de março de 1979, sucedendo a Roberto Santos - numa continuidade clara da primeira administração.
ACM, gozando de grande popularidade, mantinha sob sua égide a maioria ampla dos mais de trezentos prefeitos do Estado, e a quase totalidade das bancadas de deputados federais e estaduais - o que lhe credenciam a, pela primeira vez, intervir com voz ativa em assuntos federais, estando no poder o presidente General Figueiredo.
Em seu discurso de posse atesta esse domínio:
    Desde 1970, tive a honra de conduzir e liderar as insofismáveis vitórias da Arena em nosso estado, de tal forma que nem o mais impenitente adversário pôde levantar dúvidas quanto ao merecimento e à lisura do nosso trabalho. E foram essas vitórias que situaram, tão bem, a Bahia no cenário nacional.    
Também o prefeito da capital é homem de sua confiança: Mário Kertész - que já lhe servira como secretário, no governo anterior.
Estende seu poder também ao Poder Judiciário, ao nomear seu Chefe da Casa Civil, o advogado Paulo Furtado, para o cargo de desembargador - sem que este jamais houvesse exercido a magistratura: na Bahia. Este mandato também fora conquistado de forma indireta.
No terceiro governo, com a renúncia do governador Waldir Pires em 14 de maio de 1989, ACM chamou novamente a si a tarefa de disputar o cargo máximo do estado. Pela primeira vez disputando um pleito direto, já dono de vasta rede de telecomunicações, tem como seu adversário o ex-afilhado Roberto Santos. A oposição é derrotada e ACM reconquista o poder ainda no primeiro turno.
O carlismo assenta-se, de forma quase definitiva, na Bahia, referendado desta vez pela legitimidade das eleições. ACM não voltou a perder mais o governo do Estado, nele colocando seus aliados, por sucessivos mandatos. Dirigiu então, cada vez mais, suas atenções para Brasília, paulatinamente promovendo a imagem de seu filho Luís Eduardo Magalhães.

Falecimento

Antônio Carlos Magalhães já estava internado havia cerca de quarenta dias, depois de uma infecção generalizada a qual o forçou a ser sedado e depender de aparelhos. Sofreu uma parada cardíaca, que piorou o quadro clínico do político, levando-o ao falecimento às 11 horas e 40 minutos do dia 20 de julho de 2007, no InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), por falência múltipla dos órgãos e insuficiência cardíaca.
Com sua morte, aos 79 anos, ACM foi substituído por seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, que assumiu a vaga como suplente até o final da legislatura já iniciada pelo senador, que se encerra no ano de 2011. O senador foi enterrado no cemitério do Campo Santo, no centro da capital baiana, ao lado de seu outro filho, Luís Eduardo Magalhães.
 


Antônio Carlos Magalhães
43.º Governador da Bahia Bahia
Mandato15 de março de 1991
até 12 de abril de 1994
Antecessor(a)Nilo Moraes Coelho
Sucessor(a)Ruy Trindade
39.º Governador da Bahia Bahia
Antecessor(a)Roberto Santos
Sucessor(a)João Durval Carneiro
37.º Governador da Bahia Bahia
Antecessor(a)Luiz Viana Filho
Sucessor(a)Roberto Santos
Vida
Nascimento4 de setembro de 1927
Salvador
Falecimento20 de julho de2007 (79 anos)
São Paulo
PartidoDEMPDSARENAUDN
ProfissãoMédicoEmpresário e Político

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A HISTORIA DE Antônio Carlos Magalhães

Terça-feira, 10.12.13


Antônio Carlos Magalhães

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães (Salvador, 4 de setembro de 1927 — São Paulo, 20 de julho de 2007) foi um médico, empresário e político brasileiro com base eleitoral na Bahia, estado que governou por três vezes (duas vezes foi nomeado pelo Regime Militar Brasileiro), além de ter sido eleito senador em 1994 e em 2002. Egresso da UDN, ARENA e PDS, teve o PFL/DEM como sua última agremiação partidária. Era conhecido pelo acrônimo ACM.

Biografia

Filho de Francisco Peixoto de Magalhães Neto e Helena Celestina de Magalhães, iniciou sua vida política já nos tempos de estudante, tendo sido presidente do grêmio estudantil do Colégio Estadual da Bahia, do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina e do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Formou-se então em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia em 1952 e logo foi alçado ao posto de professor-assistente no ano seguinte. Em 1954 foi eleito deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN), legenda pela qual foi eleito deputado federal em 1958 e 1962. Arguto, foi um dos grandes amigos do presidente Juscelino Kubitschek apesar de pertencerem a partidos opostos. Simpático aos movimentos que redundaram na deposição do presidente João Goulart através do Golpe Militar de 1964 e na consequente instauração do Regime Militar, ingressou na ARENA e foi reeleito deputado federal em 1966, entretanto quase não exerceu o mandato em virtude de ter sido nomeado prefeito de Salvador em 10 de fevereiro de 1967 pelo governador Luiz Viana Filho renunciando ao cargo em 6 de abril de 1970. Meses depois foi indicado como governador da Bahia pelo presidente Emílio Garrastazu Médici sendo referendado pela Assembleia Legislativa para um mandato de quatro anos. Ávido por fazer o sucessor (sua preferência recaia sobre Clériston Andrade) teve que se conformar com a indicação de Roberto Santos para sucedê-lo no Palácio de Ondina. Após passar oito meses fora do poder foi nomeado presidente da Eletrobrás pelo presidente Ernesto Geisel em novembro de 1975, cargo ao qual renunciou em 1978 a fim de ser indicado, com sucesso, para o seu segundo mandato como governador da Bahia, mandato cumprido integralmente.
Protagonizaria um dos episódios mais tensos da história política brasileira.
Na ocasião, Cavalcanti, ainda no mandato de deputado federal, discursava na Câmara dos Deputados. No discurso, acusava o então presidente do Banco do Brasil, Clemente Mariani, de desvio de verbas. Antônio Carlos Magalhães, então deputado e baiano como Mariani, defendera o conterrâneo respondendo que "vossa excelência pode dizer isso e mais coisas, mas na verdade o que vossa excelência é mesmo, é um protetor do jogo e do lenocínio, porque é um ladrão."
Tenório Cavalcanti, então, sacou o seu revólver e berrou: "Vai morrer agora mesmo!". Todos os membros da Câmara Federal correram para tentar impedir o assassinato. Segurando o microfone, Antônio Carlos Magalhães não se deu por vencido, mas tremendo gritou: "Atira!". Tenório, no fim, resolveu não atirar, rindo da situação em que ACM se encontrava, recolheu o revólver, dizendo que "só matava homem". 
O deputado Tenório Cavalcanti teve suas armas apreendidas e seus direitos políticos cassados pelo governo militar em 1964 com a interveniência direta de ACM.
Após a reformulação partidária filiou-se ao PDS em fevereiro de 1980 mantendo incólume sua condição de líder político apesar do duro golpe sofrido às vésperas das eleições de 1982 quando um acidente aéreo vitimou Clériston Andrade, candidato situacionista ao governo da Bahia. Refeito da tragédia, ACM indicou João Durval Carneiro como candidato a governador, opção afinal vitoriosa. Entusiasta da candidatura de Mário Andreazza à sucessão do presidente João Figueiredo, opôs-se firmemente ao nome de Paulo Maluf como candidato após sua vitória sobre Andreazza na convenção nacional do PDS realizada em 11 de agosto de 1984 pela contagem de 493 votos a 350. Episódio singular de sua postura antimalufista aconteceu três semanas após a convenção pedessista quando, na inauguração do novo terminal de passageiros do aeroporto de Salvador, o Ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Matos, criticou a postura dos dissidentes do PDS em favor da candidatura de Tancredo Neves no que ACM respondeu: "Trair a Revolução de 1964 é apoiar Maluf para presidente".
Decisivo para a vitória oposicionista no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985, Antônio Carlos Magalhães foi indicado Ministro das Comunicações por Tancredo Neves sendo confirmado no cargo por José Sarney (aliás, foi o único ministro civil que permaneceu no cargo durante os cinco anos de governo do maranhense). Curiosamente ACM foi guindado à condição de ministro de estado ainda filiado ao PDS visto que só ingressaria no PFL em 6 de janeiro de 1986.
Seu grupo político sofreu uma derrota em 1986 quando Waldir Pires venceu Josaphat Marinho na disputa pelo governo do Estado, ano em que enfrentou um drama familiar sem precedentes: a morte de sua filha, Ana Lúcia Maron de Magalhães, No dia da eleição, agrediu um repórter da TV Itapoan, então afiliada do SBT. De volta à seara política o poderio de ACM na política estadual foi revigorado a partir da renúncia de Pires ao governo em 14 de maio de 1989 com o fito de concorrer ao cargo de vice-presidente da República (PMDB) na chapa de Ulysses Guimarães, intento que não sobreviveu ao primeiro turno das eleições. Ainda em 1989 ACM sofreu um infarto e teve que passar por uma cirurgia, o que não o impediu de ser eleito governador do estado em 1990 ainda em primeiro turno.
Aliado de Fernando Collor até a última hora, teve uma influência política reduzida durante o governo Itamar Franco, mas reverteu tal situação ao se posicionar como um dos artífices da aliança entre o PSDB e o PFL que elegeu o senador Fernando Henrique Cardoso presidente da República em 1994, mesmo ano em que Antônio Carlos Magalhães foi eleito senador pela Bahia e Paulo Souto governador do estado. Embora aliado importante do Governo Federal (seu filho, Luís Eduardo Magalhães, presidiu a Câmara dos Deputados entre 1995/1997), ACM se opôs com firmeza à liquidação do Banco Econômico expondo assim sua face de "Toninho Malvadeza", epíteto usado por adversários políticos que qualificavam sua ação política como "truculenta". Já seus acólitos preferiam identificá-lo como "Toninho Ternura".
Em 1996 seus aliados venceram as eleições para a Prefeitura de Salvador pela primeira vez na história com a candidatura de Antônio Imbassahy, que seria reeleito no ano 2000 na mais evidente prova de que o "carlismo" era a maior força política da Bahia. Eleito presidente do Senado Federal para o biênio 1997/1999 sofreu um duríssimo golpe com a morte de seu filho Luís Eduardo em 21 de abril de 1998, mesmo assim colheu importantes vitórias àquele mesmo ano com a reeleição de FHC para a Presidência da República e a de César Borges para o governo da Bahia. Foi reeleito presidente do Senado Federal para o biênio 1999/2001, tendo antes ocupado a Presidência da República entre 16 e 24 de maio de 1998 em razão de uma viagem do titular ao exterior, visto que tanto o vice-presidente Marco Maciel, quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, estavam impedidos de assumir o cargo durante o período eleitoral sob pena de inelegibilidade.

     Renúncia
A partir de abril do ano 2000 protagonizou uma série de ofensas e trocas de acusações com o senador paraense Jader Barbalho, contenda que tinha como plano de fundo a sucessão de ACM na presidência do Senado Federal. À medida que era criticado por seu contendor, Antônio Carlos respondia elevando cada vez mais o tom das críticas, fato que recrudesceu às vésperas da eleição para a mesa diretora do Senado em 14 de fevereiro de 2001 quando Jader, enfim, derrotou o senador Arlindo Porto (PTB-MG) e foi alçado à presidência da casa. Ao longo de seus embates com Jader (que recebera o apoio do PSDB para se eleger), ACM desfere críticas ao Governo Federal, a quem acusa de conivência com a corrupção, postura que leva à demissão os ministros Waldeck Ornélas (Previdência Social) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia), ambos indicados por ele, o que enfraqueceu sua posição nas hostes situacionistas. Dias depois surge a informação de que Antônio Carlos Magalhães tivera acesso a uma lista de votação onde constava o voto de cada um dos senadores que participaram da sessão que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF), acusado de envolvimento na obra superfaturada da sede do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. A referida lista teria sido apresentada a ACM pelo senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), então líder do governo.
Alvos de um pedido de quebra de decoro parlamentar após uma investigação conduzida pelo Conselho de Ética do Senado, os dois parlamentares negaram envolvimento no caso, porém a confissão de Regina Borges, então diretora da Empresa de Processamento de Dados do Senado, de que a lista foi entregue por ela a Arruda a pedido do próprio senador e depois mostrada por este último a ACM tornou insustentável a posição dos dois que, sem saída, apresentaram seus pedidos de renúncia para evitar a cassação de seus mandatos e a consequente perda dos direitos políticos e assim Arruda renunciou em 24 de maio de 2001 e Antônio Carlos Magalhães no dia 30 de maio. Em lugar de ACM foi empossado seu filho, o empresário Antônio Carlos Magalhães Júnior. De volta a Bahia acompanhou os eventos que levariam Jader Barbalho a renunciar ao mandato de senador e nas eleições de 2002 colheu as últimas vitórias de seu esquema político com a volta de Paulo Souto ao governo e a conquista de mais um mandato de senador.
 De volta ao Senado
Empossado em 1º de fevereiro de 2003 logo ACM interrompeu a "trégua política" concedida a Luiz Inácio Lula da Silva e passou a fazer uma oposição veemente ao governo e aos aliados deste, todavia o definhar de sua até então inabalável e incontestável liderança tomou forma em 2004 quando o oposicionista João Henrique Carneiro (PDT) foi eleito prefeito de Salvador em segundo turno ao derrotar o "carlista" César Borges e no ano seguinte foi a vez de Antônio Imbassahy deixar o PFL e se abrigar no PSDB.
Em 2006 seus candidatos a governador (Paulo Souto) e a senador (Rodolpho Tourinho) não foram reeleitos sendo derrotados respectivamente por Jaques Wagner (PT) e João Durval Carneiro (PDT), este último pai do prefeito de Salvador. Embora seu filho Antônio Carlos Magalhães Júnior tenha pendores políticos, a continuidade de sua vida política do clã parece uma tarefa que cabe a seu neto Antônio Carlos Magalhães Neto, eleito deputado federal em 2002, 2006 e 2010.
Governo da Bahia

Exerceu ACM três mandatos como governador da Bahia.
No primeiro governo foi eleito por via indireta - em plena Ditadura Militar - pelos deputados estaduais, ACM representava a ARENA (partido do Regime) e vinha de uma administração da Prefeitura da Capital onde arregimentara poderes que o capacitaram a receber o apoio total do sistema. Tomou posse a 15 de março de 1971, e o carlismo - então uma força restrita à capital - ganha todo o Estado. Já em seu discurso de posse, ACM não nega sua ambição:
    São palavras evangélicas: aquele a quem muito se entregou, muito mais se exigirá. Sei que recebo muito, diria mesmo que recebo tudo, e estou consciente de que os baianos poderão exigir de mim trabalho, seriedade no trabalho da administração, uma vida permanentemente voltada para o bem comum.    
ACM atuou durante a fase do Milagre econômico. A Bahia entrou em um processo acelerado de industrialização, com a instalação, em Camaçari, de indústrias no Polo Petroquímico. Na Capital, Salvador, governada por um fiel aliado (Clériston Andrade), ACM realiza obras de grande impacto, abrindo as chamadas "avenidas de vale", modernizando o tráfego da cidade e driblando sua topografia acidentada da parte velha. Também no turismo Salvador deu um importante salto: de 400 apartamentos em 1970, passou para 2400 ao fim de sua administração.
Ao largo das realizações da sua administração, crescia também a sua importância política no estado: faz o sucessor, Roberto Santos, além de manter sob sua égide o prefeito da capital. O carlismo consolida-se como a maior força política do Estado, e que cruzaria todo o final do século XX adentrando o XXI.
No segundo governo tomou posse à 15 de março de 1979, sucedendo a Roberto Santos - numa continuidade clara da primeira administração.
ACM, gozando de grande popularidade, mantinha sob sua égide a maioria ampla dos mais de trezentos prefeitos do Estado, e a quase totalidade das bancadas de deputados federais e estaduais - o que lhe credenciam a, pela primeira vez, intervir com voz ativa em assuntos federais, estando no poder o presidente General Figueiredo.
Em seu discurso de posse atesta esse domínio:
    Desde 1970, tive a honra de conduzir e liderar as insofismáveis vitórias da Arena em nosso estado, de tal forma que nem o mais impenitente adversário pôde levantar dúvidas quanto ao merecimento e à lisura do nosso trabalho. E foram essas vitórias que situaram, tão bem, a Bahia no cenário nacional.    
Também o prefeito da capital é homem de sua confiança: Mário Kertész - que já lhe servira como secretário, no governo anterior.
Estende seu poder também ao Poder Judiciário, ao nomear seu Chefe da Casa Civil, o advogado Paulo Furtado, para o cargo de desembargador - sem que este jamais houvesse exercido a magistratura: na Bahia. Este mandato também fora conquistado de forma indireta.
No terceiro governo, com a renúncia do governador Waldir Pires em 14 de maio de 1989, ACM chamou novamente a si a tarefa de disputar o cargo máximo do estado. Pela primeira vez disputando um pleito direto, já dono de vasta rede de telecomunicações, tem como seu adversário o ex-afilhado Roberto Santos. A oposição é derrotada e ACM reconquista o poder ainda no primeiro turno.
O carlismo assenta-se, de forma quase definitiva, na Bahia, referendado desta vez pela legitimidade das eleições. ACM não voltou a perder mais o governo do Estado, nele colocando seus aliados, por sucessivos mandatos. Dirigiu então, cada vez mais, suas atenções para Brasília, paulatinamente promovendo a imagem de seu filho Luís Eduardo Magalhães.

Falecimento

Antônio Carlos Magalhães já estava internado havia cerca de quarenta dias, depois de uma infecção generalizada a qual o forçou a ser sedado e depender de aparelhos. Sofreu uma parada cardíaca, que piorou o quadro clínico do político, levando-o ao falecimento às 11 horas e 40 minutos do dia 20 de julho de 2007, no InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), por falência múltipla dos órgãos e insuficiência cardíaca.
Com sua morte, aos 79 anos, ACM foi substituído por seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, que assumiu a vaga como suplente até o final da legislatura já iniciada pelo senador, que se encerra no ano de 2011. O senador foi enterrado no cemitério do Campo Santo, no centro da capital baiana, ao lado de seu outro filho, Luís Eduardo Magalhães.
 


Antônio Carlos Magalhães
43.º Governador da Bahia Bahia
Mandato15 de março de 1991
até 12 de abril de 1994
Antecessor(a)Nilo Moraes Coelho
Sucessor(a)Ruy Trindade
39.º Governador da Bahia Bahia
Antecessor(a)Roberto Santos
Sucessor(a)João Durval Carneiro
37.º Governador da Bahia Bahia
Antecessor(a)Luiz Viana Filho
Sucessor(a)Roberto Santos
Vida
Nascimento4 de setembro de 1927
Salvador
Falecimento20 de julho de2007 (79 anos)
São Paulo
PartidoDEMPDSARENAUDN
ProfissãoMédicoEmpresário e Político

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Gary Leon Ridgway serial killer

Terça-feira, 10.12.13































































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Gary Leon Ridgway serial killer

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040 OUVINDO A SENHORA LAURA

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039 O CASO TOBIAS

Terça-feira, 10.12.13





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038 A PRELEÇÃO DA MINISTRA

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037 O SONHO

Terça-feira, 10.12.13









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036 ENCONTRO SINGULAR

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035 O RECEM CHEGADO DO UMBRAl

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034 CURIOSAS OBSERVAÇÕES

Terça-feira, 10.12.13









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033 NOTICIAS DE VENERANDA

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032 VAMPIRO

Terça-feira, 10.12.13









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031 HERANÇA E EUTANASIA

Terça-feira, 10.12.13










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QUEM FOI CONSTANTINO?

Terça-feira, 10.12.13

 Constantino
Constantino I, também conhecido como Constantino Magno ou Constantino, o Grande (em latim Flavius Valerius Constantinus; Naisso, 272 — 22 de maio de 337), foi um imperador romano, proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de julho de 306, que governou uma porção crescente do Império Romano até a sua morte.

Constantino derrotou os imperadores Magêncio e Licínio durante as guerras civis. Ele também lutou com sucesso contra os francos e alamanos, os visigodos e os sármatas durante boa parte de seu reinado, mesmo depois do reassentamento de Dácia, que havia sido abandonada durante o século anterior. Constantino construiu uma nova residência imperial em lugar de Bizâncio, chamando-o de Nova Roma. No entanto, em honra de Constantino, as pessoas chamavam-na de Constantinopla, que viria a ser a capital do Império Romano do Oriente por mais de mil anos. Devido a isso, ele é considerado como um dos fundadores do Império Romano do Oriente.

 Fontes 

Constantino era um governante de grande importância histórica e sempre foi uma figura controversa . As flutuações na reputação de Constantino refletem a natureza das fontes antigas de seu reinado. Estes são abundantes e detalhadas3 , mas foram fortemente influenciadas pela propaganda oficial do período4 , e são muitas vezes unilaterais  . Não há histórias de sobreviventes ou biografias que lidam com a vida de Constantino e do Estado6 . As mais próximas substituições são Constantini Vita de Eusébio de Cesareia, uma obra que é uma mistura de elogio e hagiografia.7 Escrito entre 335 e cerca de 339,8 a Vita exalta virtudes morais e religiosas de Constantino9 . A Vita cria uma imagem positiva contenciosamente de Constantino  , e os historiadores modernos vêm frequentemente contestando sua confiabilidade  . A mais completa vita secular de Constantino é do anônimo Origo Constantini12 . Uma obra de data incerta  , o Origo concentra-se em acontecimentos militares e políticos, em detrimento de assuntos culturais e religiosos.


Ascensão a Augusto do Ocidente 

Nascido em Naisso, na Mésia (actual Niš na Sérvia), filho de Constâncio Cloro (ou Constâncio I Cloro) e da filha de um casal de donos de uma albergaria na Bitínia, Helena de Constantinopla,  Constantino teve uma boa educação — especialmente por ser filho de uma mulher de língua grega e haver vivido no Oriente grego, o que facilitou-lhe o acesso à cultura bilíngue própria da elite romana — e serviu no tribunal de Diocleciano depois do seu pai ter sido nomeado um dos dois césares, na altura um imperador júnior, na Tetrarquia em 293. Embora sua condição junto a Diocleciano fosse em parte a de um refém, Constantino serviu nas campanhas do césar Galério e de Diocleciano contra os sassânidas e os sármatas. Quando da abdicação conjunta de Diocleciano e Maximiano em 305, Constâncio seria proclamado augusto, mas Constantino seria descartado como césar em proveito de Flávio Severo (também conhecido modernamente como Severo II, título que jamais usou, para não ser confundido com o grande imperador do século anterior, Septímio Severo).

Pouco antes da morte de seu pai, em 25 de julho de 306, Constantino conseguiu a permissão de Galério para reunir-se a ele no Ocidente, chegando a fazer uma campanha juntamente com Constâncio Cloro contra os pictos, estando junto do leito de morte do seu pai em Eburacum (atual York) na Britânia,  o que lhe permitiu impor o princípio da hereditariedade em seu proveito, proclamando-se "césar" e sendo reconhecido como tal por Galério, então feito "augusto" do Oriente.  Desde o início de seu reinado, assim, Constantino tinha o controle da Britânia, Gália, Germânia e Hispânia, com sua capital em Trier, cidade que fez embelezar e fortificar.
Nos dezoito anos seguintes, combateu uma série de batalhas e guerras que o fizeram o governador supremo do Império Romano. Como Maximiano desejava retomar sua posição de augusto, da qual havia-se afastado a contragosto junto com Diocleciano, Constantino recebeu-o na sua corte e aliou-se a ele por um casamento em 307 com a filha de sete anos de Maximiano, Fausta[a], o que lhe permitiu ser reconhecido tacitamente como Augusto em 308 por Galério numa conferência dos tetrarcas em Carnuntum (atual Petronell-Carnuntum na Áustria). Em 309, no entanto, Constantino enfrentaria seu sogro, que tentava recuperar abertamente o poder, capturando-o em Marselha e fazendo assassiná-lo. Em 310, Constantino seria formalmente reconhecido como Augusto por Galério.


                                                Religião 

O fato de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas: enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira tetrarquia. Ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, Deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção genealógica (um panegírico da época, para disfarçar a óbvia invenção, falava, dirigindo-se retoricamente ao próprio Constantino, que se tratava de fato "ignorado pela multidão, mas perfeitamente conhecido pelos que te amam") pela qual ele seria o descendente do imperador Cláudio II — ou Cláudio Gótico — conhecido pelas suas grandes vitórias militares, por haver restabelecido a disciplina no exército romano, e por ter estimulado o culto ao Sol. 
Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na sequência da sua vitória sobre Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim:
In hoc signo vinces?

— "Sob este símbolo vencerás"


De manhã, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu uma vitória esmagadora sobre o inimigo. Esta narrativa tradicional não é hoje considerada um fato histórico, tratando-se antes da fusão de duas narrativas de fatos diversos encontrados na biografia de Constantino pelo bispo Eusébio de Cesareia.
No entanto, é certo que Constantino era atraído, enquanto homem de Estado, pela religiosidade e pelas práticas piedosas — ainda que se tratasse da piedade ritual do paganismo: o senado, ao erguer em honra a Constantino o seu arco do triunfo, o Arco de Constantino, fez inscrever sobre este que sua vitória devia-se à "inspiração da divindade"(instinctu divinitatis mentis), o que certamente ia ao encontro das ideias do próprio imperador. Até um período muito tardio de seu reinado, no entanto, Constantino não abandonou claramente sua adoração com relação ao deus imperial Sol, que manteve como símbolo principal em suas moedas até 315.

só após 317 é que ele passou a adotar clara e principalmente lemas e símbolos cristãos,  como o "chi-rô", emblema que combinava as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo ("X" e "P" superpostos). No entanto, já quando da sua entrada solene em Roma em 312, Constantino recusou-se a subir ao Capitólio para oferecer culto a Júpiter, atitude que repetiria nas suas duas outras visitas solenes à antiga capital para a comemoração dos jubileus do seu reinado, em 315 e 326.22
A sua adoção do cristianismo pode também ser resultado de influência familiar. Helena, com grande probabilidade, havia nascido cristã e demonstrou grande piedade no fim da sua vida, quando realizou uma peregrinação à Terra Santa, localizou em Jerusalém uma cruz que foi tida como a Vera Cruz e ordenou a construção da Igreja do Santo Sepulcro, substituindo o templo a Afrodite que havia sido instalado no local — tido como o do sepultamento de Cristo — pelo imperador Adriano.
Mas apesar de seu batismo, há dúvidas se realmente ele se tornou cristão. A Enciclopédia Católica afirma: "Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos." E a Enciclopédia Hídria observa: "Constantino nunca se tornou cristão". No dia anterior ao da sua morte, Constantino fizera um sacrifício a Zeus, e até o último dia usou o título pagão de Sumo Pontífice.

 E, de fato, Constantino, até o dia da sua morte, não havendo sido batizado, não participou de qualquer ato litúrgico, como a missa ou a eucaristia. No entanto, era uma prática comum na época retardar o batismo, que era suposto oferecer a absolvição a todos os pecados anteriores — e Constantino, por força do seu ofício de imperador, pode ter percebido que suas oportunidades de pecar eram grandes e não desejou "desperdiçar" a eficácia absolutória do batismo antes de haver chegado ao fim da vida. 
Qualquer que tenha sido a fé individual de Constantino, o fato é que ele educou seus filhos no cristianismo, associou a sua dinastia a esta religião, e deu-lhe uma presença institucional no Estado romano (a partir de Constantino, o tribunal do bispo local, a episcopalis audientia, podia ser escolhida pelas partes de um processo como tribunal arbitral em lugar do tribunal da cidade24 ). E quanto às suas profissões de fé pública, num édito do início de seu reinado, em que garantia liberdade religiosa, ele tratava os pagãos com desdém, declarando que lhes era concedido celebrar "os ritos de uma velha superstição".


Esta clara associação da casa imperial ao Cristianismo criou uma situação equívoca, já que o cristianismo tornou-se a religião "pessoal" dos imperadores, que, no entanto, ainda deveriam regular o exercício do paganismo — o que, para um cristão, significava transigir com a idolatria. O paganismo retinha ainda grande força política — especialmente entre as elites educadas do Ocidente do império — situação que só seria resolvida por um imperador posterior, Graciano, que renunciaria ao cargo de Sumo Pontífice em 379 — sendo
 assassinado quatro anos depois por um usurpador, Magno Máximo. Somente após a eliminação de Máximo e de outro usurpador pagão, Flávio Eugénio, por Teodósio I é que o cristianismo tornar-se-ia a única religião legal (395).
O imperador romano Constantino influenciou em grande parte na inclusão na igreja cristã de dogmas baseados em tradições. Uma das mais conhecidas foi o Édito de Constantino, promulgado em 321, que determinou oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção dos lavradores — medida tomada por Constantino utilizando-se da sua prerrogativa de, como Sumo Pontífice, de fixar o calendário das festas religiosas, dos dias fastos e nefastos (o trabalho sendo proibido durantes estes últimos).26 Note-se que o domingo foi escolhido como dia de repouso, não apenas em função da tradição sabática judaico-cristã, como também por ser o "dia do Sol" — uma reminiscência do culto de Sol Invictus.

Reformas religiosas, militares e administrativas

Constantino legalizou e apoiou fortemente a cristandade por volta do tempo em que se tornou imperador, com o Édito de Milão, mas também não tornou o paganismo ilegal ou fez do cristianismo a religião estatal única. Na sua posição de Pontifex maximus — cargo tradicionalmente ocupado por todos os imperadores romanos, e que tinha a ver com a regulação de toda e qualquer prática religiosa no império — estabeleceu as condições do seu exercício público e interferiu na organização da hierarquia quando convocado, seguindo uma prática, no que diz respeito aos cristãos, que já havia sido inaugurada por um imperador pagão, Aureliano, que fora chamado a arbitrar uma querela entre o bispado de Antioquia e o bispado de Roma, que excomungara Paulo de Samosata, bispo de Antioquia, por heresia. O Imperador reafirmara o que já era do direito circunscricional da Igreja Romana — ou seja, que as igrejas cristãs locais, no que diz respeito a sua organização administrativa — inclusive quanto a eleição dos bispos — deveriam reportar-se à igreja de Roma, a capital.
A sua vitória em 312 sobre Magêncio resultou na ascensão ao título de augusto ocidental, ou soberano da totalidade da metade ocidental do império, reconhecida pelo pagão Licínio, único augusto do Oriente após a eliminação de Maximino Daia.

A vitória de Constantino teve uma consequência militar imediata: Constantino aboliu definitivamente a guarda pretoriana, que havia sustentado Magêncio e, com ela, os interesses políticos da aristocracia italiana, substituindo-a por um corpo de tropas de elite ligadas à pessoa do imperador, as scholae palatinae, que, a partir daí, seriam o núcleo do sistema militar romano, enquanto os velhos corpos de tropa territoriais eram negligenciados.27 As scholae eram principalmente regimentos de cavalaria, que serviam como uma força-tarefa ligada à pessoa do imperador, e seu principal objetivo era garantir uma capacidade de ação imediata em caso de guerra civil ou externa; quanto às forças de defesa territorial, os limitanei, estas acabaram reduzindo-se a uma mera força policial de fronteira, entrando em declínio imediato da sua capacidade combativa.28 O objetivo destas reformas militares era principalmente político, colocando a quase totalidade das forças militares móveis à disposição imediata do imperador — com a exceção de certas unidades territoriais que eram equiparadas às forças móveis e chamadas pseudocomitatenses — concentradas em áreas urbanas onde pudessem ser mantidas abastecidas dos suprimentos que eram agora a maior parte do soldo militar (os pagamentos em dinheiro tornando-se recompensas esporádicas pagas quando da ascensão ou dos jubileus de ascensão do imperador ao trono).

Quando Licínio expulsou os funcionários cristãos da sua corte, Constantino encontrou um pretexto para enfrentar seu colega e, tendo negada permissão para entrar no Império do Oriente durante uma campanha contra os sármatas, fez disto a razão para derrotar e eliminar Licínio em 324, quando tornou-se imperador único.
Apesar de a Igreja ter prosperado sob o auspício de Constantino, ela própria decaiu no primeiro de muitos cismas públicos. Constantino, após ter unificado o mundo romano, convocou o Primeiro Concílio de Niceia, em um grande centro urbano da parte oriental do império, em 325, um ano depois da queda de Licínio, a fim de unificar a Igreja cristã, pois com as divergências desta, o seu trono poderia estar ameaçado pela falta de unidade espiritual entre os romanos. Duas questões principais foram discutidas em Niceia (atual Iznik): a questão da Heresia Ariana que dizia que Cristo não era divino, mas o mais perfeito das criaturas, e também a data da Páscoa, pois até então não havia um consenso sobre isto.
Constantino só foi batizado e cristianizado no final da vida. Ironicamente, Constantino poderá ter favorecido o lado perdedor da questão ariana, uma vez que ele foi batizado por um bispo ariano, Eusébio de Nicomédia (que não deve ser confundido com o biógrafo do imperador, Eusébio de Cesareia). A inclinação que Constantino e seu filho e sucessor na condição de augusto único, Constâncio II, demonstraram pelo arianismo, é bastante explicável, na medida em que ambos tentaram apresentar a figura do imperador como um análogo do Cristo ariano: uma emanação divina, reflexo terreno do Verbo.

 A tempestuosa relação de Constantino com a Igreja da época dá conta dos limites da sua atuação no estabelecimento da Ortodoxia: pouco antes de sua morte, em 335, ele mandou exilar, na capital imperial de Trier, o patriarca de Alexandria Atanásio, campeão da ortodoxia, por suas violentas atitudes antiarianas, e apesar do fato de que Atanásio continuou a ser perseguido pelos sucessores de Constantino, o abertamente ariano Constâncio II e o pagão Juliano, o Apóstata, foi a sua visão teológica que acabou por prevalecer.Ao mesmo tempo que velava pela unidade religiosa do império, Constantino quis resolver o problema da divisão da elite dirigente numa aristocracia senatorial com acesso exclusivo às "dignidades" (as velhas magistraturas republicanas, sem poderes ou responsabilidades, e transformadas numa mera hierarquia de status) e numa hierarquia burocrática de funcionários imperiais com funções administrativas efetivas e pertencentes à ordem equestre: após 326, os altos funcionários passam à pertencer à ordem senatorial (os clarissimi) e o número de senadores passa de 600 a 2.000, com os requisitos de entrada elevados (em Roma, os ex-questores deixam de ser senadores, e a entrada no senado passa a depender da pretura; na nova capital de Constantinopla, o acesso ao senado seria garantido aos ex-titulares do posto de tribuno da plebe, velha magistratura ressuscitada). Com a entrada do alto pessoal administrativo na ordem senatorial, quaisquer pretensões de independência política da velha aristocracia ficaram eliminadas;

 a escolha de todos os imperadores subsequentes seria feita exclusivamente na família do imperador ou através do exército.31 Em contrapartida, no entanto, Constantino parece haver cedido aos senadores no final do seu reinado o direito de elegerem, eles mesmos, questores e pretores e assim determinarem que pessoas queriam fazer ingressar na sua ordem, abandonando a prática da nomeação imperial de novos senadores, a adlectio. O senado, assim, se continuou sem o poder de fazer uma política própria, passou a ter o poder de estabelecer um "cadastro de reserva" da administração imperial. Por outro lado, paralelamente à carreira senatorial "padrão", a qual se chegava pela eleição às magistraturas, forma-se uma carreira alternativa, pela qual indivíduos não oriundos da aristocracia tradicional tornam-se automaticamente senadores ao serem nomeados pelo imperador para cargos de hierarquia senatorial.32 Em outras palavras, o título de senador passou a significar uma posição na hierarquia administrativa, e não uma função pública (excetuando-se, aí, o governo local de Roma). O que aconteceu com os senadores romanos foi apenas o exemplo mais notável do que aconteceu em todo o império com sua cristianização: as identidades culturais e políticas locais deixaram de contar diante da hierarquia burocrática central.

 Fundação de Constantinopla 

Para resolver definitivamente o problema logístico da distância entre a capital e as principais frentes militares da época, sem recorrer ao expediente de uma residência imperial "interina", Constantino reconstruiu a antiga cidade grega de Bizâncio, que dedicou em 11 de maio de 330 chamando-a de Nova Roma, dotando-a de um Senado e instituições cívicas (catorze regiões, um fórum, distribuições de trigo, um Prefeito do pretório) semelhantes aos da antiga Roma. Tratava-se, no entanto, de uma cidade puramente cristã, dominada pela Igreja dos Santos Apóstolos, junto a qual encontrava-se o mausoléu onde Constantino seria sepultado.34 Os templos pagãos de Bizâncio foram nela preservados, mas neles foram proibidos os sacrifícios e o culto das imagens dos deuses.35 Após a morte de Constantino, Bizâncio foi renomeada Constantinopla, tendo-se gradualmente tornado a capital permanente do império. A fundação de Constantinopla foi complementada pelo tratado (foedus) realizado entre Constantino e seus descendentes com os godos, que, a partir de 332, passaram a defender a fronteira do Danúbio e fornecer homens ao exército romano, em troca de abastecimentos.36 A mudança da capital imperial enfraqueceu a influência do papado de Roma e fortaleceu a influência do bispo de Constantinopla sobre o Oriente, um dos eventos notáveis que provocariam futuramente o Grande Cisma do Oriente.

Sucessão 

Um ano depois do Primeiro Concílio de Niceia, em (326), portanto, durante uma viagem solene a Roma para a comemoração dos seus vinte anos de reinado, Constantino mandou matar seu próprio filho e sucessor designado Crispo, um general competente que provavelmente foi suspeito de intrigar para derrubar o pai. Pouco depois, sufocaria sua segunda mulher Fausta num banho sobreaquecido, provavelmente por suspeitar que ela tivesse intrigado contra seu enteado Crispo. Mandou também estrangular o cunhado Licínio, que havia se rendido a ele em troca da vida e chicotear até a morte o seu filho (e sobrinho do próprio Constantino). Foi sucedido por seus três filhos com Fausta: Constantino II, Constante I e Constâncio II, os quais dividiram entre si a administração do império até que, depois de uma série de lutas confusas, Constâncio II emergiu como augusto único.

 Apreciações póstumas 

Constantino foi uma figura controversa já na sua época: o último imperador pagão, seu sobrinho Juliano, dizia que ele era atraído pelo dinheiro e que buscou acima de tudo, enriquecer a si e seus partidários37 — traço este (de saber enriquecer seus amigos) que também foi reconhecido pelo historiador Eutrópio e pelo próprio Eusébio de Cesareia.  O historiador pagão Zósimo criticou severamente suas reformas militares.  Mas como primeiro imperador cristão, Constantino foi reverenciado durante toda a Idade Média, seja pela cristandade oriental, que o tinha como fundador do Império Bizantino — e a Igreja Ortodoxa acabou por canonizá-lo — seja pela ocidental, que, sem atribuir-lhe o status de santo, considerava haver ele criado os Estados Papais, territórios doados ao Papa pela chamada Doação de Constantino.

Só com o Iluminismo seu legado começou a ser pesadamente criticado, e o historiador inglês Edward Gibbon, no seu livro clássico sobre a "A história do declínio e queda do império romano" o caracteriza como um general romano de velha cepa a quem o poder absoluto (e, por extensão, o Cristianismo) havia convertido num déspota oriental.  Com a secularização da sociedade moderna, a apreciação de Constantino em função exclusivamente das suas reformas religiosas perdeu acuidade - e ele passou a ser analisado em termos da sua própria época, como um dos fundadores, juntamente com Diocleciano, do Baixo-Império (ou Dominato), do qual ele estabeleceu as estruturas políticas e sociais básicas. 

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030 A VISÃO DE FRANCISCO

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029 EM SERVIÇO

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028 O TRABALHO ENFIM=

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027 NOVAS PERSPECTIVAS

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026 GENEROSO ALVITRE

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025 O IMPRECIONANTE APELO

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024 SABER OUVIR

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