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O QUE É MAL DE SEMIOTO?

Segunda-feira, 10.02.14

FIZ UMA PESQUISA DESTA DOENÇA TÃO RARA E POLEMICA E PUBLICO AQUI O RESULTADO ESTA EM TEXTO EM FORMA DE JPEG E É A OPINIÃO DE PESSOS QUE TIVERÃO A DOENÇA OU QUE TIVERÃO PARENTES OU FILHOS COM ELA E COMO OBTIVERÃO A CURA E ENCONTRARÃO TAMBEN A OPINIÃO DA MEDICINA.



























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publicado por duronaqueda às 22:49

A HISTORIA DE VINICIOS DE MORAIS

Segunda-feira, 10.02.14

Vinicius de Moraes
Vinícius de Moraes  (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha" , apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim , notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador.  O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

Vida

Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918).  Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias.  Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário. 
Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos.  Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.


Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã".  Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em 1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado.  Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda.
No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco.


O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem)pela Justiça em 1998. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22 de junho de 2010 e recebeu o número 12.265. 
Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas.  Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.

Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.

Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia seguinte Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã.

 O início
No fim da década de 1920 Vinicius de Moraes produziu letras para dez canções gravadas - nove delas parcerias com os Irmãos Tapajós. Seu primeiro registro como letrista veio em 1928, quando compôs (com Haroldo) "Loira ou Morena", gravado em 1932 pela dupla de irmãos. Vinicius teve publicado seu primeiro livro de poemas, O Caminho para a Distância, em 1933, e lançou outros livros de poemas nessa década.  Foram também gravadas outras canções de sua autoria, como "Dor de uma Saudade" (composta com Joaquim Medina), gravada em 1933 por João Petra de Barros e Joaquim Medina, "O Beijo Que Você Não Quis Dar" (composta com Haroldo Tapajós) e "Canção da Noite" (composta com Paulo Tapajós), ambas gravadas em 1933 pelos Irmãos Tapajós e também "Canção para Alguém" (composta com Haroldo Tapajós), gravada pelos mesmos um ano depois.
Ainda na década de 1930 Vinicius de Moraes estabeleceu amizade com os poetas Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Em sua fase considerada mística, ele recebeu o Prêmio Felipe D'Oliveira pelo livro Forma e Exegese, de 1935. No ano seguinte, lançou o livro Ariana, a Mulher.
Declarava-se partidário do Integralismo, partido brasileiro de orientação fascista.

Mudança de fase
Na década de 1940 suas obras literárias foram marcadas por versos em linguagem mais simples, sensual e, por vezes, carregados de temas sociais. Vinicius de Moraes publicou os livros Cinco Elegias (1943), que marcou esta nova fase, e Poemas, Sonetos e Baladas (1946); obra ilustrada com 22 desenhos de Carlos Leão. Atuando como jornalista e crítico de cinema em diversos jornais, Vinicius lançou em 1947, com Alex Vianny, a revista Filme. Dois anos depois, publicou em Barcelona o livro Pátria Minha.
De volta ao Brasil no início dos anos 1950, após servir ao Itamaraty nos Estados Unidos, Vinicius começou a trabalhar no jornal Última Hora, exercendo funções burocráticas na sede do Ministério das Relações Exteriores.
Em 1953 Aracy de Almeida gravou "Quando Tu Passas Por Mim", primeiro samba de sua autoria. Escrita com Antônio Maria, a canção foi dedicado à esposa Tati de Moraes - e marcava também o fim do seu casamento. Ainda naquele ano, Vinícus foi para Paris como segundo secretário da embaixada brasileira. Aracy de Almeida também gravou "Dobrado de Amor a São Paulo" (outra parceria com Antônio Maria), em 1954.


    Orfeu e o amigo Tom
Em 1954, Vinícius publica sua coletânea de poemas, Antologia Poética,  mesmo ano que publica sua peça teatral Orfeu da Conceição, premiada no concurso do IV Centenário de São Paulo e publicada na revista Anhembi. Dois anos depois, quando Vinicius buscava alguém para musicar a peça, e aceitou a sugestão do amigo Lúcio Rangel para trabalhar com um jovem pianista, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, que na época tinha 29 anos e vivia da venda de músicas e arranjos nos inferninhos de Copacabana. Do encontro entre Vinícius e Tom nasceria uma das mais fecundas parcerias da música brasileira, que a marcaria definitivamente. Os dois compuseram a trilha sonora, que incluía "Lamento no Morro", "Se Todos Fossem Iguais A Você", "Um Nome de Mulher", "Mulher Sempre Mulher" e "Eu e Você" e foram lançadas em disco por Roberto Paiva, Luiz Bonfá e Orquestra. A peça estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Além destas canções, a dupla Vinicius e Tom compuseram, entre outros clássicos, "A Felicidade", "Chega de Saudade", "Eu sei que vou te amar", "Garota de Ipanema", "Insensatez", entre outras belas canções.
Entre 1957 a 1958, o diretor de cinema francês Marcel Camus filmou "Orfeu do Carnaval" no Rio de Janeiro, filme este que recebeu o nome de Orfeu Negro. Vinicius compôs para o filme "A Felicidade" e "O Nosso Amor". Um ano depois, o filme seria contemplado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Em 1957 teve sua carreira diplomática transferida para Montevidéu, onde permaneceu por três anos.


Vinicius e Tom  Jobim

Vinicius e Tom  Jobim

 A Bossa Nova
O ano de 1958 marcaria o início de um dos movimentos mais importantes da música brasileira, a Bossa Nova. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum "Canção do Amor Demais", gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além da faixa-título, o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom, como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e "Chega de Saudade", em interpretações vocais intimistas.
"Chega de Saudade" foi uma canção fundamental daquela novo movimento, especialmente porque o álbum de Elizeth contou com a participação de um jovem violonista, que com seu inovador modo de tocar o violão, caracterizado por uma nova batida, marcaria definitivamente a bossa nova e a tornaria famosa no mundo inteiro a partir dali. O nome deste violonista é João Gilberto.  A importância do disco "Canção do Amor Demais" é tamanha que ele é tido como referência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.


Vinícius de Moraes, Tom Jobim e Chico Buarque

Várias das composições de Vinicius foram gravadas na metade final daquela década por outros artistas. Joel de Almeida gravou "Loura ou Morena" (1956). No ano seguinte, Aracy de Almeida gravou "Bom Dia, Tristeza" (composta com Adoniran Barbosa), Tito Madi gravou "Se Todos Fossem Iguais A Você", Bill Farr gravou "Eu Não Existo Sem Você", Agnaldo Rayol gravou "Serenata do Adeus" e Albertinho Fortuna gravou "Eu Sei Que Vou Te Amar". "O Nosso Amor" e "A Felicidade" foram duas das canções mais lançadas no final daquela década. A primeira foi gravada por Lueli Figueiró e Diana Montez, ambas em 1959. Já a segunda foi lançada por Lueli Figueiró, Lenita Bruno, Agostinho dos Santos e João Gilberto.
Servindo ao Itamaraty em Montevidéu desde 1957, Vinicius de Moraes deixaria a embaixada brasileira no Uruguai somente em 1960. Suas canções continuaram sendo gravadas por muitos artistas no início da década de 1960. Foram lançadas "Janelas Abertas" (composta com Tom Jobim), por Jandira Gonçalves, e "Bate Coração", (composta com Antônio Maria), por Marianna Porto de Aragão, cantora cultuada na época como uma das vozes mais poderosas de toda uma geração de cantoras .


Novas parcerias
No ano seguinte, Vinicius registrou pela primeira vez sua voz, em um álbum contendo os sambas "Água de Beber" e "Lamento no Morro", novamente parcerias com Tom Jobim. O poeta teria também um novo parceiro naquele período, o cantor, compositor e violonista Carlos Lyra. Com ele, Vinicius iria compor clássicos como "Você e Eu", "Coisa Mais Linda", "A Primeira Namorada" e "Nada Como Te Amar". Ainda em 1961, o Teatro Santa Rosa foi inaugurado no Rio de Janeiro com "Procura-se uma rosa", peça de autoria de Vinicius, Pedro Bloch e Gláucio Gil - filmada depois pelo cinema italiano com o nome de "Una Rosa per Tutti" (o longa-metragem foi rodado no Rio e estrelado por Cláudia Cardinale).Em 1962, a Banda do Corpo de Bombeiros fluminense gravou "Serenata do Adeus", um ano após gravarem "Rancho das Flores", marcha-rancho com versos do poeta sobre tema de Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Ainda naquele ano, enquanto "Canção da Eterna Despedida" (composta com Tom Jobim) "Em Noite de Luar" (composta com Ary Barroso) foram gravadas por Orlando Silva e Ângela Maria, respectivamente, Vinicius de Moraes publicou três livros: Antologia Poética, Procura-se Uma Rosa e Para Viver Um Grande Amor.
Com Pixinguinha, compôs a trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Vianny, escrevendo as letras para os chorinhos "Lamento" e "Mundo Melhor". Também naquele período, nasceu a parceria com o compositor e violonista Baden Powell. Desta, resultariam inúmeros sucessos, como "Apelo", "Canção de Amor", "Canto de Ossanha", "Formosa", "Mulher Carioca", "Paz", "Pra Que Chorar", "Samba da Bênção", "Samba Em Prelúdio", "Só Por Amor", "Tem Dó", "Tempo Feliz", entre outras.


Vinicius e Toquinho

Em agosto de 1962, com Tom Jobim, João Gilberto e o grupo Os Cariocas, Vinicius de Moraes participou de "Encontro", um dos mais importantes concertos da bossa nova e realizado na boate "Au Bon Gourmet", no Rio de Janeiro. Neste show, foram lançadas clássicos da música popular brasileira como "Ela é Carioca", "Garota de Ipanema", "Insensatez", "Samba do Avião" e "Só Danço Samba". Naquela mesma casa noturna foi montada "Pobre Menina Rica", mais uma peça do poeta, cuja trilha sonora trazia canções como "Sabe Você", "Primavera" e "Samba do Carioca" (lançando a cantora Nara Leão),  ambas parcerias com Carlos Lyra. Ainda naquele ano, Vinicius comporia com Lyra "Marcha da Quarta-feira de Cinzas" e "Minha Namorada".Várias daquelas seriam gravadas em 1963. Jorge Goulart gravou "Marcha da Quarta-feira de Cinzas", Elizeth Cardoso gravou "Mulher Carioca" e "Menino Travesso" (composta com Moacir Santos), Elza Soares gravou "Só Danço Samba", Pery Ribeiro e o Tamba Trio gravaram "Garota de Ipanema" e Jair Rodrigues gravou "O Morro Não Tem Vez" (composta com Tom Jobim).Naquele mesmo período, Vinicius de Moraes lançou com a atriz Odete Lara seu primeiro álbum: Vinicius e Odete Lara. Com arranjos e regência do poeta Moacir Santos, o LP continha canções da parceria com Baden Powell, como "Berimbau", "Mulher Carioca", "Samba em Prelúdio" e "Só por Amor", entre outras. Ainda em 1963, o selo Copacabana lançou o álbum "Elizeth Interpreta Vinicius", contendo as parcerias do poetinha com Baden Powell, Moacir Santos (e arranjos deste), Nilo Queiroz e Vadico.


Retorno ao Brasil
Em 1964 Vinicius retornou ao Brasil e logo se apresentou na boate "Zum Zum", ao lado de Dorival Caymmi, Quarteto em Cy e o Conjunto de Oscar Castro Neves. O concerto teve grande repercussão nos meios artísticos e foi lançado em LP pelo selo Elenco, contendo composições como "Bom-dia, Amigo" (parceria com Baden Powell), "Carta ao Tom", "Dia da Criação" e "Minha Namorada" (parcerias com Carlos Lyra), e "Adalgiza", "...Das Rosas", "História de Pescadores" e "Saudades da Bahia" (parcerias com o cantor, compositor e violonista Dorival Caymmi). Duas canções de Vinicius de Moraes concorreram, em 1965, o I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (da extinta TV Excelsior). "Arrastão" (composta com Edu Lobo), defendida por Elis Regina, ficou com o primeiro lugar, e "Valsa do Amor que Não Vem" (parceria com Baden Powell), defendida por Elizeth Cardoso, ficou com o segundo lugar. Também com o arranjador, cantor e instrumentista Edu Lobo, Vinicius compôs "Zambi" e "Canção do Amanhecer" - canções que se engajaram no clima de protesto da época e foram apresentadas em projetos do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Por um breve período, Vinicius foi designado para trabalhar na delegação do Brasil junto à UNESCO, na Europa. O poeta também trabalhou com o diretor Leon Hirszman no roteiro do filme Garota de Ipanema, voltou a se apresentar no Zum Zum com Dorival Caymmi e lançou o livro "Cordélia e o Peregrino".
Ainda em 1965, o Teatro Municipal de São Paulo foi o palco de uma homenagem para o poetinha, com o show Vinicius: Poesia e Canção, espetáculo que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (sob a regência do maestro Diogo Pacheco). As composições apresentadas receberam arranjos dos maestros Guerra Peixe, Radamés Gnattali, Luís Eça, Gaya e Luís Chaves e contou com intérpretes com Carlos Lyra, Edu Lobo, Suzana de Morais, Francis Hime, Paulo Autran, Cyro Monteiro e Baden Powell. Quando o poeta terminou a apresentação de "Se Todos Fossem Iguais A Você", a platéia respondeu com dez minutos ininterruptos de aplausos.


Em 1966, foi lançado o álbum Os Afro-Sambas, com suas composições em parceria com Baden Powell. Constam do repertório do disco "Canto de Ossanha", "Canto de Xangô", "Canto de Iemanjá" e "Lamento de Exu", entre outras, além da participação de Powell tocando violão. Naquele mesmo período, Vinicius participou do concerto Pois É, no Teatro Opinião, ao lado de Maria Bethânia e Gilberto Gil. No espetáculo dirigido pelo arranjador, compositor, maestro e pianista Francis Hime, o público carioca conheceu pela primeira vez as canções de Gilberto Gil. Ainda naquele ano, lançou o livro de crônicas Para Uma Menina Com Uma Flor e também foi convidado a participar do júri do Festival de Cannes. Na ocasião, descobriu que sua canção "Samba da Bênção" havia sido utilizada, sem os devidos créditos, na trilha sonora do filme Um Homem e Uma Mulher, do diretor francês Claude Lelouch, vencedor do festival. Após uma ameaça de processo, a obra de Lelouch creditou a canção de Vinicius. O ano de 1967 marcou a estréia do filme Garota de Ipanema, baseado no sucesso homônimo de Vínicius. É a canção brasileira mais conhecida no mundo depois de "Aquarela do Brasil" (de Ary Barroso).  Ainda naquele período, Vinícius organizou um festival de artes em Ouro Preto e excursionou para a Argentina e o Uruguai.

Aposentadoria compulsória
Em 1968 Vinicius de Moraes participou de shows em Lisboa, na companhia de Chico Buarque e Nara Leão. Também naquele ano, a convite do crítico Ricardo Cravo Albin, Vinicius prestou histórico depoimento para o Museu da Imagem e do Som (de onde era membro do Conselho Superior de MPB).Mas o ano de 1968 marcou o fim da carreira diplomática de Vinicius de Moraes. Após 26 anos de serviços prestados ao MRE, Vinicius foi aposentado pelo Ato Institucional 5, criado pela ditadura militar brasileira, fato que o magoou profundamente. No dia em que o ato era editado, Vinicius encontrava-se em Portugal onde realizava um concerto. Após este espetáculo, estudantes salazaristas estavam aglomerados na porta do teatro para protestar contra o poeta. Avisado disto e aconselhado a se retirar pelos fundos do teatro, o poetinha preferiu enfrentar os protestos e, parando diante dos manifestantes, começou a declamar "Poética I" ("De manhã escureço/De dia tardo/De tarde anoiteço/De noite ardo"). Então, um dos jovens tirou a capa do seu traje acadêmico e a colocou no chão para que Vinicius pudesse passar sobre ela — ato imitado pelos outros estudantes e que, em Portugal, é uma forma tradicional de homenagem acadêmica.
Segundo entrevista publicada pela Revista Veja em 12 de janeiro de 2000 o ex-presidente João Figueiredo explicou as reais causas da demissão do poeta do Itamaraty: "Ele até diz que muita gente do Itamaraty foi cassada ou por corrupção ou por pederastia. É verdade. Mas no caso dele foi por vagabundagem mesmo. Eu era o chefe da Agência Central do Serviço e recebíamos constantemente informes de que ele, servindo no consulado brasileiro de Montevidéu, ganhando 6 000 dólares por mês, não aparecia por lá havia três meses.


Consultamos o Ministério das Relações Exteriores, que nos confirmou a acusação. Checamos e verificamos que ele não saía dos botequins do Rio de Janeiro, tocando violão, se apresentando por aí, com copo de uísque do lado. Nem pestanejamos. Mandamos brasa."

A reabilitação ao corpo diplomático brasileiro só ocorreu trinta anos depois de sua morte por meio da Lei 12.265 de 21 de junho de 2010 . Em cerimônia no Palácio do Itamaraty, Vinicius de Moraes foi elevado ao cargo de ministro de exterior, cargo semelhante ao de embaixador .
Em 1969 Vinicius de Moraes publicou o livro Obra Poética e se apresentou ao lado de Maria Creuza e Dorival Caymmi em Punta del Este. O poetinha também fez recital na Livraria Quadrante, em Lisboa, apresentando, entre outros, os poemas "A Uma Mulher", "O Falso Mendigo", "Sob o Trópico de Câncer" (no qual trabalhou durante nove anos) e "Soneto da Intimidade". O evento foi gravado ao vivo e lançado em LP pelo selo Festa. Ainda naquele ano, Vinicius fez apresentações em Buenos Aires, ao lado de Caymmi, Baden Powell, Quarteto em Cy e Oscar Castro Neves.


Parceria com Toquinho
Naquele mesmo período, iniciou suas primeiras composições com um novo parceiro, o violonista Toquinho. Desta parceria, viriam clássicos como "Como Dizia o poeta", "Tarde em Itapoã" e "Testamento".
Em 1970 Vinicius se apresentou na casa de espetáculo carioca Canecão, com o parceiro Tom Jobim, o violonista Toquinho e a cantora Miúcha. O show, que relembrou a trajetória do poeta, ficou quase um ano em cartaz devido ao grande sucesso obtido. Outra apresentação marcante de Vinícus de Moraes, ao lado de Toquinho e da cantora Maria Creuza, foi em a cidade argentina de Mar del Plata, na boate La Fusa. O concerto resultaria no LP ao vivo Vinicius En La Fusa, uma das mais belas joias gravadas ao vivo da música brasileira. No repertório, interpretado de modo espetacular pela cantora baiana, estavam entre outras "A Felicidade", "Garota de Ipanema", "Irene", "Lamento no Morro", "Canto de Ossanha" (canção muito aplaudida pela plateia argentina), "Samba em Prelúdio", "Eu Sei Que Vou Te Amar" (canção que contou ainda com a declamação do poetinha de "Soneto da Fidelidade", para delírio do público argentino), "Minha Namorada" e "Se Todos Fossem Iguais A Você", que encerrou o magnífico concerto. No ano seguinte, Vinicius voltou à Fusa para gravar um novo LP ao vivo, também com Toquinho, mas desta vez com a cantora Maria Bethânia nos vocais. Neste álbum estão presentes canções com "A Tonga da Mironga do Kabuletê", "Testamento" e "Tarde em Itapoã". Também em 1971, assinou com Chico Buarque, sobre antigo choro de Garoto, a canção "Gente Humilde", grande sucesso gravada pelo próprio Chico e, pouco depois, por Ângela Maria.


A parceria Vinicius/Toquinho excursionou por várias cidades brasileiras e também pelo exterior. Ainda em 1971, a dupla lançou seu primeiro LP de estúdio, com destaque para "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada" e "Testamento". Em 1972, eles lançaram o álbum "São Demais os Perigos Dessa Vida", contendo - além da faixa-título - grandes sucessos como "Cotidiano nº 2", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra três". Com Toquinho, também compôs a trilha sonora da telenovela "Nossa Filha Gabriela" (da extinta TV Tupi), registrada em disco naquele mesmo ano. No ano seguinte, a dupla se apresentou no show "O Poeta, a Moça e o Violão", com a cantora Clara Nunes no Teatro Castro Alves, em Salvador.
Em 1974 Vinicius e Toquinho compuseram "As Cores de Abril" e "Como É Duro Trabalhar", ambas incluídas na trilha sonora da novela Fogo Sobre Terra, da Rede Globo. Naquele mesmo ano, a parceria lançou o álbum Toquinho, Vinicius e Amigos. O disco teve as participações de Maria Bethânia (em "Apelo" e "Viramundo"), Cyro Monteiro ("Que Martírio" e "Você Errou", últimas gravações deste cantor), Maria Creuza ("Tomara" e "Lamento no Morro"), Sergio Endrigo ("Poema Degli Occhi" e "La Casa") e Chico Buarque ("Desencontro"). Ainda naquele ano, a dupla lançou "Vinicius e Toquinho", quarto álbum de estúdio da parceria, que trazia composições de autoria deles, como "Samba do Jato", "Sem Medo" e "Tudo Na Mais Santa Paz", e ainda "Samba pra Vinicius", homenagem ao poetinha de Toquinho e Chico Buarque, que fez uma participação especial no disco.

Em 1975 Vinicius do Moraes lançou o álbum "O Poeta e o Violão". Gravado em Milão, o LP teve a participação especial dos maestros Bacalov e Bardotti. No mesmo ano, a gravadora Philips lançou o álbum "Vinicius e Toquinho". Deste LP, destaca-se "Onde Anda Você" - parceria com Hermano Silva e que alcançou grande sucesso. Ainda naquele ano, Vinicius lançou o livro de poemas infantis A Arca de Noé. Foram lançados em no ano seguinte os álbuns Ornella Vanoni, Vinicius de Moraes e Toquinho - La voglia, la pazzia, l'incoscienza e l'allegria e Deus lhe Pague - este com as composições da parceria Vinicius e Edu Lobo.
Vinicius teve publicado, em 1977, o livro O Breve Momento, com 15 serigrafias de Carlos Leão. Naquele ano, o selo Philips lançou o álbum "Antologia Poética", uma seleção da obra poética do poetinha e que teve a participação especial de Tom Jobim, Francis Hime e Toquinho. A gravadora Som Livre disponibilizou no mercado o LP Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha - Ao Vivo no Canecão. Em 1978 foi lançado o álbum Vinicius e Amália, gravado em Lisboa com a cantora portuguesa Amália Rodrigues. Naquele mesmo ano, foi editado o álbum "10 Anos de Toquinho e Vinicius" - uma coletânea de uma década de trabalhos da dupla. Em 1980 foi lançado o álbum Arca de Noé, que trouxe diversos intérpretes para as composições infantis do poeta, musicadas a partir do livro homônimo. O disco gerou um especial infantil na Rede Globo, naquele mesmo ano.

Morte
Na madrugada de 9 de julho de 1980 Vinicius de Moraes começou a se sentir mal na banheira da casa onde morava, na Gávea, vindo a falecer pouco depois. O poeta passara o dia anterior com o parceiro e amigo Toquinho, com quem planejava os últimos detalhes do volume 2 do álbum "Arca de Noé". Em 1981, este LP foi lançado.Mesmo após a morte, a obra musical de Vinicius manteve-se prestigiada na música brasileira. Foram lançados os álbuns Toquinho, Vinicius e Maria Creuza - O Grande Encontro (1988) e A História dos Shows Inesquecíveis - Poeta, Moça e Violão: Vinicius, Clara e Toquinho (1991), além de terem sido lançados livros sobre o poeta, como Vinicius de Moraes - Livro de Letras (1993), de José Castello, Vinicius de Moraes (1995), também de José Castello, "Vinicius de Moraes" (1997), de Geraldo Carneiro (uma edição ampliada do livro publicado em 1984). Ainda em 1993, Almir Chediak editou os três volumes do Songbook Vinicius de Moraes.
Por ocasião dos vinte anos da morte do poeta, em 2000, a Praia de Ipanema foi o palco de um show em homenagem a Vinicius, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto Menescal, Wanda Sá, Zimbo Trio, Os Cariocas, Emílio Santiago e Toquinho, interpretando composições de sua autoria.


Em 2003, ano em que o poeta completaria seu 90º aniversário, foram lançados vários projetos em tributo à sua criação artística. Também foi lançado o website oficial de Vinicius.
Em 2005 "The Girl from Ipanema", versão em inglês de "Garota de Ipanema", interpretada por Astrud Gilberto, Tom Jobim, João Gilberto e Stan Getz e gravada em 1963, foi escolhida como uma das 50 grandes obras musicais da Humanidade pela Biblioteca do Congresso Americano. Ainda em 2005, estreou, na abertura da sétima edição do Festival do Rio, o documentário Vinicius, dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido por Suzana de Moraes, filha do poeta, com a participação de Chico Buarque, Carlos Lyra, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Mariana de Moraes e Olívia Byington, entre outros convidados. A trilha sonora do filme foi lançada em CD.Em 2006 foi lançada a caixa "Vinicius de Moraes & Amigos", com cinco álbuns do poetinha, contendo 70 canções compiladas de fonogramas gravados por vários intérpretes e pelo próprio Vinicius (solo ou em dueto. A caixa incluiu ainda um livreto com a biografia do homenageado e as letras de todas as canções.
Em 2011 a escola Império Serrano falou sobre ele com o enredo : "A Benção, Vinicius".

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publicado por duronaqueda às 18:02

A HISTORIA DE VINICIOS DE MORAIS

Segunda-feira, 10.02.14

Vinicius de Moraes
Vinícius de Moraes  (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha" , apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim , notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador.  O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

Vida

Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918).  Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias.  Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário. 
Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos.  Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.


Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã".  Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em 1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado.  Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda.
No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco.


O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem)pela Justiça em 1998. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22 de junho de 2010 e recebeu o número 12.265. 
Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas.  Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.

Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.

Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia seguinte Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã.

 O início
No fim da década de 1920 Vinicius de Moraes produziu letras para dez canções gravadas - nove delas parcerias com os Irmãos Tapajós. Seu primeiro registro como letrista veio em 1928, quando compôs (com Haroldo) "Loira ou Morena", gravado em 1932 pela dupla de irmãos. Vinicius teve publicado seu primeiro livro de poemas, O Caminho para a Distância, em 1933, e lançou outros livros de poemas nessa década.  Foram também gravadas outras canções de sua autoria, como "Dor de uma Saudade" (composta com Joaquim Medina), gravada em 1933 por João Petra de Barros e Joaquim Medina, "O Beijo Que Você Não Quis Dar" (composta com Haroldo Tapajós) e "Canção da Noite" (composta com Paulo Tapajós), ambas gravadas em 1933 pelos Irmãos Tapajós e também "Canção para Alguém" (composta com Haroldo Tapajós), gravada pelos mesmos um ano depois.
Ainda na década de 1930 Vinicius de Moraes estabeleceu amizade com os poetas Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Em sua fase considerada mística, ele recebeu o Prêmio Felipe D'Oliveira pelo livro Forma e Exegese, de 1935. No ano seguinte, lançou o livro Ariana, a Mulher.
Declarava-se partidário do Integralismo, partido brasileiro de orientação fascista.

Mudança de fase
Na década de 1940 suas obras literárias foram marcadas por versos em linguagem mais simples, sensual e, por vezes, carregados de temas sociais. Vinicius de Moraes publicou os livros Cinco Elegias (1943), que marcou esta nova fase, e Poemas, Sonetos e Baladas (1946); obra ilustrada com 22 desenhos de Carlos Leão. Atuando como jornalista e crítico de cinema em diversos jornais, Vinicius lançou em 1947, com Alex Vianny, a revista Filme. Dois anos depois, publicou em Barcelona o livro Pátria Minha.
De volta ao Brasil no início dos anos 1950, após servir ao Itamaraty nos Estados Unidos, Vinicius começou a trabalhar no jornal Última Hora, exercendo funções burocráticas na sede do Ministério das Relações Exteriores.
Em 1953 Aracy de Almeida gravou "Quando Tu Passas Por Mim", primeiro samba de sua autoria. Escrita com Antônio Maria, a canção foi dedicado à esposa Tati de Moraes - e marcava também o fim do seu casamento. Ainda naquele ano, Vinícus foi para Paris como segundo secretário da embaixada brasileira. Aracy de Almeida também gravou "Dobrado de Amor a São Paulo" (outra parceria com Antônio Maria), em 1954.


    Orfeu e o amigo Tom
Em 1954, Vinícius publica sua coletânea de poemas, Antologia Poética,  mesmo ano que publica sua peça teatral Orfeu da Conceição, premiada no concurso do IV Centenário de São Paulo e publicada na revista Anhembi. Dois anos depois, quando Vinicius buscava alguém para musicar a peça, e aceitou a sugestão do amigo Lúcio Rangel para trabalhar com um jovem pianista, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, que na época tinha 29 anos e vivia da venda de músicas e arranjos nos inferninhos de Copacabana. Do encontro entre Vinícius e Tom nasceria uma das mais fecundas parcerias da música brasileira, que a marcaria definitivamente. Os dois compuseram a trilha sonora, que incluía "Lamento no Morro", "Se Todos Fossem Iguais A Você", "Um Nome de Mulher", "Mulher Sempre Mulher" e "Eu e Você" e foram lançadas em disco por Roberto Paiva, Luiz Bonfá e Orquestra. A peça estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Além destas canções, a dupla Vinicius e Tom compuseram, entre outros clássicos, "A Felicidade", "Chega de Saudade", "Eu sei que vou te amar", "Garota de Ipanema", "Insensatez", entre outras belas canções.
Entre 1957 a 1958, o diretor de cinema francês Marcel Camus filmou "Orfeu do Carnaval" no Rio de Janeiro, filme este que recebeu o nome de Orfeu Negro. Vinicius compôs para o filme "A Felicidade" e "O Nosso Amor". Um ano depois, o filme seria contemplado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Em 1957 teve sua carreira diplomática transferida para Montevidéu, onde permaneceu por três anos.


Vinicius e Tom  Jobim

Vinicius e Tom  Jobim

 A Bossa Nova
O ano de 1958 marcaria o início de um dos movimentos mais importantes da música brasileira, a Bossa Nova. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum "Canção do Amor Demais", gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além da faixa-título, o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom, como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e "Chega de Saudade", em interpretações vocais intimistas.
"Chega de Saudade" foi uma canção fundamental daquela novo movimento, especialmente porque o álbum de Elizeth contou com a participação de um jovem violonista, que com seu inovador modo de tocar o violão, caracterizado por uma nova batida, marcaria definitivamente a bossa nova e a tornaria famosa no mundo inteiro a partir dali. O nome deste violonista é João Gilberto.  A importância do disco "Canção do Amor Demais" é tamanha que ele é tido como referência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.


Vinícius de Moraes, Tom Jobim e Chico Buarque

Várias das composições de Vinicius foram gravadas na metade final daquela década por outros artistas. Joel de Almeida gravou "Loura ou Morena" (1956). No ano seguinte, Aracy de Almeida gravou "Bom Dia, Tristeza" (composta com Adoniran Barbosa), Tito Madi gravou "Se Todos Fossem Iguais A Você", Bill Farr gravou "Eu Não Existo Sem Você", Agnaldo Rayol gravou "Serenata do Adeus" e Albertinho Fortuna gravou "Eu Sei Que Vou Te Amar". "O Nosso Amor" e "A Felicidade" foram duas das canções mais lançadas no final daquela década. A primeira foi gravada por Lueli Figueiró e Diana Montez, ambas em 1959. Já a segunda foi lançada por Lueli Figueiró, Lenita Bruno, Agostinho dos Santos e João Gilberto.
Servindo ao Itamaraty em Montevidéu desde 1957, Vinicius de Moraes deixaria a embaixada brasileira no Uruguai somente em 1960. Suas canções continuaram sendo gravadas por muitos artistas no início da década de 1960. Foram lançadas "Janelas Abertas" (composta com Tom Jobim), por Jandira Gonçalves, e "Bate Coração", (composta com Antônio Maria), por Marianna Porto de Aragão, cantora cultuada na época como uma das vozes mais poderosas de toda uma geração de cantoras .


Novas parcerias
No ano seguinte, Vinicius registrou pela primeira vez sua voz, em um álbum contendo os sambas "Água de Beber" e "Lamento no Morro", novamente parcerias com Tom Jobim. O poeta teria também um novo parceiro naquele período, o cantor, compositor e violonista Carlos Lyra. Com ele, Vinicius iria compor clássicos como "Você e Eu", "Coisa Mais Linda", "A Primeira Namorada" e "Nada Como Te Amar". Ainda em 1961, o Teatro Santa Rosa foi inaugurado no Rio de Janeiro com "Procura-se uma rosa", peça de autoria de Vinicius, Pedro Bloch e Gláucio Gil - filmada depois pelo cinema italiano com o nome de "Una Rosa per Tutti" (o longa-metragem foi rodado no Rio e estrelado por Cláudia Cardinale).Em 1962, a Banda do Corpo de Bombeiros fluminense gravou "Serenata do Adeus", um ano após gravarem "Rancho das Flores", marcha-rancho com versos do poeta sobre tema de Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Ainda naquele ano, enquanto "Canção da Eterna Despedida" (composta com Tom Jobim) "Em Noite de Luar" (composta com Ary Barroso) foram gravadas por Orlando Silva e Ângela Maria, respectivamente, Vinicius de Moraes publicou três livros: Antologia Poética, Procura-se Uma Rosa e Para Viver Um Grande Amor.
Com Pixinguinha, compôs a trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Vianny, escrevendo as letras para os chorinhos "Lamento" e "Mundo Melhor". Também naquele período, nasceu a parceria com o compositor e violonista Baden Powell. Desta, resultariam inúmeros sucessos, como "Apelo", "Canção de Amor", "Canto de Ossanha", "Formosa", "Mulher Carioca", "Paz", "Pra Que Chorar", "Samba da Bênção", "Samba Em Prelúdio", "Só Por Amor", "Tem Dó", "Tempo Feliz", entre outras.


Vinicius e Toquinho

Em agosto de 1962, com Tom Jobim, João Gilberto e o grupo Os Cariocas, Vinicius de Moraes participou de "Encontro", um dos mais importantes concertos da bossa nova e realizado na boate "Au Bon Gourmet", no Rio de Janeiro. Neste show, foram lançadas clássicos da música popular brasileira como "Ela é Carioca", "Garota de Ipanema", "Insensatez", "Samba do Avião" e "Só Danço Samba". Naquela mesma casa noturna foi montada "Pobre Menina Rica", mais uma peça do poeta, cuja trilha sonora trazia canções como "Sabe Você", "Primavera" e "Samba do Carioca" (lançando a cantora Nara Leão),  ambas parcerias com Carlos Lyra. Ainda naquele ano, Vinicius comporia com Lyra "Marcha da Quarta-feira de Cinzas" e "Minha Namorada".Várias daquelas seriam gravadas em 1963. Jorge Goulart gravou "Marcha da Quarta-feira de Cinzas", Elizeth Cardoso gravou "Mulher Carioca" e "Menino Travesso" (composta com Moacir Santos), Elza Soares gravou "Só Danço Samba", Pery Ribeiro e o Tamba Trio gravaram "Garota de Ipanema" e Jair Rodrigues gravou "O Morro Não Tem Vez" (composta com Tom Jobim).Naquele mesmo período, Vinicius de Moraes lançou com a atriz Odete Lara seu primeiro álbum: Vinicius e Odete Lara. Com arranjos e regência do poeta Moacir Santos, o LP continha canções da parceria com Baden Powell, como "Berimbau", "Mulher Carioca", "Samba em Prelúdio" e "Só por Amor", entre outras. Ainda em 1963, o selo Copacabana lançou o álbum "Elizeth Interpreta Vinicius", contendo as parcerias do poetinha com Baden Powell, Moacir Santos (e arranjos deste), Nilo Queiroz e Vadico.


Retorno ao Brasil
Em 1964 Vinicius retornou ao Brasil e logo se apresentou na boate "Zum Zum", ao lado de Dorival Caymmi, Quarteto em Cy e o Conjunto de Oscar Castro Neves. O concerto teve grande repercussão nos meios artísticos e foi lançado em LP pelo selo Elenco, contendo composições como "Bom-dia, Amigo" (parceria com Baden Powell), "Carta ao Tom", "Dia da Criação" e "Minha Namorada" (parcerias com Carlos Lyra), e "Adalgiza", "...Das Rosas", "História de Pescadores" e "Saudades da Bahia" (parcerias com o cantor, compositor e violonista Dorival Caymmi). Duas canções de Vinicius de Moraes concorreram, em 1965, o I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (da extinta TV Excelsior). "Arrastão" (composta com Edu Lobo), defendida por Elis Regina, ficou com o primeiro lugar, e "Valsa do Amor que Não Vem" (parceria com Baden Powell), defendida por Elizeth Cardoso, ficou com o segundo lugar. Também com o arranjador, cantor e instrumentista Edu Lobo, Vinicius compôs "Zambi" e "Canção do Amanhecer" - canções que se engajaram no clima de protesto da época e foram apresentadas em projetos do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Por um breve período, Vinicius foi designado para trabalhar na delegação do Brasil junto à UNESCO, na Europa. O poeta também trabalhou com o diretor Leon Hirszman no roteiro do filme Garota de Ipanema, voltou a se apresentar no Zum Zum com Dorival Caymmi e lançou o livro "Cordélia e o Peregrino".
Ainda em 1965, o Teatro Municipal de São Paulo foi o palco de uma homenagem para o poetinha, com o show Vinicius: Poesia e Canção, espetáculo que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (sob a regência do maestro Diogo Pacheco). As composições apresentadas receberam arranjos dos maestros Guerra Peixe, Radamés Gnattali, Luís Eça, Gaya e Luís Chaves e contou com intérpretes com Carlos Lyra, Edu Lobo, Suzana de Morais, Francis Hime, Paulo Autran, Cyro Monteiro e Baden Powell. Quando o poeta terminou a apresentação de "Se Todos Fossem Iguais A Você", a platéia respondeu com dez minutos ininterruptos de aplausos.


Em 1966, foi lançado o álbum Os Afro-Sambas, com suas composições em parceria com Baden Powell. Constam do repertório do disco "Canto de Ossanha", "Canto de Xangô", "Canto de Iemanjá" e "Lamento de Exu", entre outras, além da participação de Powell tocando violão. Naquele mesmo período, Vinicius participou do concerto Pois É, no Teatro Opinião, ao lado de Maria Bethânia e Gilberto Gil. No espetáculo dirigido pelo arranjador, compositor, maestro e pianista Francis Hime, o público carioca conheceu pela primeira vez as canções de Gilberto Gil. Ainda naquele ano, lançou o livro de crônicas Para Uma Menina Com Uma Flor e também foi convidado a participar do júri do Festival de Cannes. Na ocasião, descobriu que sua canção "Samba da Bênção" havia sido utilizada, sem os devidos créditos, na trilha sonora do filme Um Homem e Uma Mulher, do diretor francês Claude Lelouch, vencedor do festival. Após uma ameaça de processo, a obra de Lelouch creditou a canção de Vinicius. O ano de 1967 marcou a estréia do filme Garota de Ipanema, baseado no sucesso homônimo de Vínicius. É a canção brasileira mais conhecida no mundo depois de "Aquarela do Brasil" (de Ary Barroso).  Ainda naquele período, Vinícius organizou um festival de artes em Ouro Preto e excursionou para a Argentina e o Uruguai.

Aposentadoria compulsória
Em 1968 Vinicius de Moraes participou de shows em Lisboa, na companhia de Chico Buarque e Nara Leão. Também naquele ano, a convite do crítico Ricardo Cravo Albin, Vinicius prestou histórico depoimento para o Museu da Imagem e do Som (de onde era membro do Conselho Superior de MPB).Mas o ano de 1968 marcou o fim da carreira diplomática de Vinicius de Moraes. Após 26 anos de serviços prestados ao MRE, Vinicius foi aposentado pelo Ato Institucional 5, criado pela ditadura militar brasileira, fato que o magoou profundamente. No dia em que o ato era editado, Vinicius encontrava-se em Portugal onde realizava um concerto. Após este espetáculo, estudantes salazaristas estavam aglomerados na porta do teatro para protestar contra o poeta. Avisado disto e aconselhado a se retirar pelos fundos do teatro, o poetinha preferiu enfrentar os protestos e, parando diante dos manifestantes, começou a declamar "Poética I" ("De manhã escureço/De dia tardo/De tarde anoiteço/De noite ardo"). Então, um dos jovens tirou a capa do seu traje acadêmico e a colocou no chão para que Vinicius pudesse passar sobre ela — ato imitado pelos outros estudantes e que, em Portugal, é uma forma tradicional de homenagem acadêmica.
Segundo entrevista publicada pela Revista Veja em 12 de janeiro de 2000 o ex-presidente João Figueiredo explicou as reais causas da demissão do poeta do Itamaraty: "Ele até diz que muita gente do Itamaraty foi cassada ou por corrupção ou por pederastia. É verdade. Mas no caso dele foi por vagabundagem mesmo. Eu era o chefe da Agência Central do Serviço e recebíamos constantemente informes de que ele, servindo no consulado brasileiro de Montevidéu, ganhando 6 000 dólares por mês, não aparecia por lá havia três meses.


Consultamos o Ministério das Relações Exteriores, que nos confirmou a acusação. Checamos e verificamos que ele não saía dos botequins do Rio de Janeiro, tocando violão, se apresentando por aí, com copo de uísque do lado. Nem pestanejamos. Mandamos brasa."

A reabilitação ao corpo diplomático brasileiro só ocorreu trinta anos depois de sua morte por meio da Lei 12.265 de 21 de junho de 2010 . Em cerimônia no Palácio do Itamaraty, Vinicius de Moraes foi elevado ao cargo de ministro de exterior, cargo semelhante ao de embaixador .
Em 1969 Vinicius de Moraes publicou o livro Obra Poética e se apresentou ao lado de Maria Creuza e Dorival Caymmi em Punta del Este. O poetinha também fez recital na Livraria Quadrante, em Lisboa, apresentando, entre outros, os poemas "A Uma Mulher", "O Falso Mendigo", "Sob o Trópico de Câncer" (no qual trabalhou durante nove anos) e "Soneto da Intimidade". O evento foi gravado ao vivo e lançado em LP pelo selo Festa. Ainda naquele ano, Vinicius fez apresentações em Buenos Aires, ao lado de Caymmi, Baden Powell, Quarteto em Cy e Oscar Castro Neves.


Parceria com Toquinho
Naquele mesmo período, iniciou suas primeiras composições com um novo parceiro, o violonista Toquinho. Desta parceria, viriam clássicos como "Como Dizia o poeta", "Tarde em Itapoã" e "Testamento".
Em 1970 Vinicius se apresentou na casa de espetáculo carioca Canecão, com o parceiro Tom Jobim, o violonista Toquinho e a cantora Miúcha. O show, que relembrou a trajetória do poeta, ficou quase um ano em cartaz devido ao grande sucesso obtido. Outra apresentação marcante de Vinícus de Moraes, ao lado de Toquinho e da cantora Maria Creuza, foi em a cidade argentina de Mar del Plata, na boate La Fusa. O concerto resultaria no LP ao vivo Vinicius En La Fusa, uma das mais belas joias gravadas ao vivo da música brasileira. No repertório, interpretado de modo espetacular pela cantora baiana, estavam entre outras "A Felicidade", "Garota de Ipanema", "Irene", "Lamento no Morro", "Canto de Ossanha" (canção muito aplaudida pela plateia argentina), "Samba em Prelúdio", "Eu Sei Que Vou Te Amar" (canção que contou ainda com a declamação do poetinha de "Soneto da Fidelidade", para delírio do público argentino), "Minha Namorada" e "Se Todos Fossem Iguais A Você", que encerrou o magnífico concerto. No ano seguinte, Vinicius voltou à Fusa para gravar um novo LP ao vivo, também com Toquinho, mas desta vez com a cantora Maria Bethânia nos vocais. Neste álbum estão presentes canções com "A Tonga da Mironga do Kabuletê", "Testamento" e "Tarde em Itapoã". Também em 1971, assinou com Chico Buarque, sobre antigo choro de Garoto, a canção "Gente Humilde", grande sucesso gravada pelo próprio Chico e, pouco depois, por Ângela Maria.


A parceria Vinicius/Toquinho excursionou por várias cidades brasileiras e também pelo exterior. Ainda em 1971, a dupla lançou seu primeiro LP de estúdio, com destaque para "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada" e "Testamento". Em 1972, eles lançaram o álbum "São Demais os Perigos Dessa Vida", contendo - além da faixa-título - grandes sucessos como "Cotidiano nº 2", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra três". Com Toquinho, também compôs a trilha sonora da telenovela "Nossa Filha Gabriela" (da extinta TV Tupi), registrada em disco naquele mesmo ano. No ano seguinte, a dupla se apresentou no show "O Poeta, a Moça e o Violão", com a cantora Clara Nunes no Teatro Castro Alves, em Salvador.
Em 1974 Vinicius e Toquinho compuseram "As Cores de Abril" e "Como É Duro Trabalhar", ambas incluídas na trilha sonora da novela Fogo Sobre Terra, da Rede Globo. Naquele mesmo ano, a parceria lançou o álbum Toquinho, Vinicius e Amigos. O disco teve as participações de Maria Bethânia (em "Apelo" e "Viramundo"), Cyro Monteiro ("Que Martírio" e "Você Errou", últimas gravações deste cantor), Maria Creuza ("Tomara" e "Lamento no Morro"), Sergio Endrigo ("Poema Degli Occhi" e "La Casa") e Chico Buarque ("Desencontro"). Ainda naquele ano, a dupla lançou "Vinicius e Toquinho", quarto álbum de estúdio da parceria, que trazia composições de autoria deles, como "Samba do Jato", "Sem Medo" e "Tudo Na Mais Santa Paz", e ainda "Samba pra Vinicius", homenagem ao poetinha de Toquinho e Chico Buarque, que fez uma participação especial no disco.

Em 1975 Vinicius do Moraes lançou o álbum "O Poeta e o Violão". Gravado em Milão, o LP teve a participação especial dos maestros Bacalov e Bardotti. No mesmo ano, a gravadora Philips lançou o álbum "Vinicius e Toquinho". Deste LP, destaca-se "Onde Anda Você" - parceria com Hermano Silva e que alcançou grande sucesso. Ainda naquele ano, Vinicius lançou o livro de poemas infantis A Arca de Noé. Foram lançados em no ano seguinte os álbuns Ornella Vanoni, Vinicius de Moraes e Toquinho - La voglia, la pazzia, l'incoscienza e l'allegria e Deus lhe Pague - este com as composições da parceria Vinicius e Edu Lobo.
Vinicius teve publicado, em 1977, o livro O Breve Momento, com 15 serigrafias de Carlos Leão. Naquele ano, o selo Philips lançou o álbum "Antologia Poética", uma seleção da obra poética do poetinha e que teve a participação especial de Tom Jobim, Francis Hime e Toquinho. A gravadora Som Livre disponibilizou no mercado o LP Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha - Ao Vivo no Canecão. Em 1978 foi lançado o álbum Vinicius e Amália, gravado em Lisboa com a cantora portuguesa Amália Rodrigues. Naquele mesmo ano, foi editado o álbum "10 Anos de Toquinho e Vinicius" - uma coletânea de uma década de trabalhos da dupla. Em 1980 foi lançado o álbum Arca de Noé, que trouxe diversos intérpretes para as composições infantis do poeta, musicadas a partir do livro homônimo. O disco gerou um especial infantil na Rede Globo, naquele mesmo ano.

Morte
Na madrugada de 9 de julho de 1980 Vinicius de Moraes começou a se sentir mal na banheira da casa onde morava, na Gávea, vindo a falecer pouco depois. O poeta passara o dia anterior com o parceiro e amigo Toquinho, com quem planejava os últimos detalhes do volume 2 do álbum "Arca de Noé". Em 1981, este LP foi lançado.Mesmo após a morte, a obra musical de Vinicius manteve-se prestigiada na música brasileira. Foram lançados os álbuns Toquinho, Vinicius e Maria Creuza - O Grande Encontro (1988) e A História dos Shows Inesquecíveis - Poeta, Moça e Violão: Vinicius, Clara e Toquinho (1991), além de terem sido lançados livros sobre o poeta, como Vinicius de Moraes - Livro de Letras (1993), de José Castello, Vinicius de Moraes (1995), também de José Castello, "Vinicius de Moraes" (1997), de Geraldo Carneiro (uma edição ampliada do livro publicado em 1984). Ainda em 1993, Almir Chediak editou os três volumes do Songbook Vinicius de Moraes.
Por ocasião dos vinte anos da morte do poeta, em 2000, a Praia de Ipanema foi o palco de um show em homenagem a Vinicius, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto Menescal, Wanda Sá, Zimbo Trio, Os Cariocas, Emílio Santiago e Toquinho, interpretando composições de sua autoria.


Em 2003, ano em que o poeta completaria seu 90º aniversário, foram lançados vários projetos em tributo à sua criação artística. Também foi lançado o website oficial de Vinicius.
Em 2005 "The Girl from Ipanema", versão em inglês de "Garota de Ipanema", interpretada por Astrud Gilberto, Tom Jobim, João Gilberto e Stan Getz e gravada em 1963, foi escolhida como uma das 50 grandes obras musicais da Humanidade pela Biblioteca do Congresso Americano. Ainda em 2005, estreou, na abertura da sétima edição do Festival do Rio, o documentário Vinicius, dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido por Suzana de Moraes, filha do poeta, com a participação de Chico Buarque, Carlos Lyra, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Mariana de Moraes e Olívia Byington, entre outros convidados. A trilha sonora do filme foi lançada em CD.Em 2006 foi lançada a caixa "Vinicius de Moraes & Amigos", com cinco álbuns do poetinha, contendo 70 canções compiladas de fonogramas gravados por vários intérpretes e pelo próprio Vinicius (solo ou em dueto. A caixa incluiu ainda um livreto com a biografia do homenageado e as letras de todas as canções.
Em 2011 a escola Império Serrano falou sobre ele com o enredo : "A Benção, Vinicius".

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publicado por duronaqueda às 18:02

A OBRA DE VINICIOS DE MORAIS

Segunda-feira, 10.02.14
A OBRA DE VINICIUS DE MORAIS
 A obra artística de Vinicius de Moraes se inicia no início da década de 1930, quando o poeta lançou o livro "O Caminho para a Distância". A partir de então, Vinicius caminharia pelos campos da literatura, música e teatro.


AnoNomeObservaçõesEditora
1956Orfeu da Conceiçãocom Tom JobimOdeon
1963Vinicius e Odette Laracom Odette Lara e Baden PowellElenco
1965Vinicius e Caymmi no Zum Zumcom Dorival CaymmiElenco
1966Os Afro-sambascom Baden PowellElencos
1966Vinicius: Poesia e Canção (ao vivo)Forma
1967Garota de Ipanema (Trilha sonora do filme)Philips
1967ViniciusElenco
1969Vinicius em PortugalFesta
1970En La Fusa con Maria Creuza y Toquinhocom Maria Creuza e ToquinhoDiorama
1971Como Dizia O Poeta...RGE
1971Toquinho e Viniciuscom ToquinhoRGE
1971Vinicius + Bethânia + Toquinho - En La Fusacom Maria Bethânia e ToquinhoInter Records
1972Marilia e Viniciuscom Marilia MedalhaRGE
1972Vinicius canta: Nossa Filha Gabrielacom ToquinhoPolydor
1972São Demais Os Perigos Dessa Vidacom ToquinhoRGE
1973O Bem-Amado (trilha sonora)Som Livre
1974Vinicius & Toquinhocom ToquinhoPhilips
1974Saravá Vinicius! - Vinicius de Moraes en São Paulo con Quarteto em Cy y Toquinhocom Quarteto em Cy e ToquinhoMercury
1975Vinicius e Toquinhocom ToquinhoPhilips
1975O Poeta e o Violãocom ToquinhoRGE
1976Deus lhe paguecom Edu LoboEMI
1977Antologia PoéticaPhilips
1977Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha - Gravado ao vivo no Canecâocom Tom Jobim, Toquinho e MiúchaSom Livre
197910 anos de Toquinho e Viniciuscom ToquinhoPhilips
1980Um pouco de ilusãocom ToquinhoAriola
1980Testamento...RGE
1980A Arca de Noécom ToquinhoUniversal
1981A Arca de Noé 2com ToquinhoPolygram
1991Poeta, moça e violão - Vinicius, Clara e Toquinhocom Clara Nunes e ToquinhoCollector's Editora LTDA
2006Vinicius & Amigoscom vários artistasSeleções Reader’s Digest

+ Teatro

"As Feras"
"Cordélia e o Peregrino"
"Orfeu da Conceição"
"Procura-se uma Rosa"
As doze bailarinas
Como ser Bode
+ Todas as canções
   De Vinicius
A oca
A uma mulher
Amei tanto
Canção de nós dois
Cântico
Cem por dentro
Dia da criação
Hendulu
Medo de amar
Melancia e coco verde
O desespero da piedade
O falso mendigo
Poema dos olhos da amada
Quarto soneto de meditação
Samba de Gesse
Serenata do adeus
Sob o trópico de Câncer
Soneto do amor
Teteteu-teteco
Ternura
Tomara
Valsa de Eurídice
A casa
 + Com Tom Jobim
A felicidade
Água de beber
Amor em paz
Andam dizendo
Brasília, sinfonia da Alvorada
Brigas nunca mais
Cala, meu amor
Caminho de pedra
Caminhos sem fim
Canção da eterna despedida
Canção do amor demais
Canção em modo menor
Canta, canta demais
Chega de saudade
Chora coração
Derradeira primavera
É preciso dizer adeus
Ela é carioca
Estrada branca
Eu e o meu amor
Eu não existo sem você
Eu sei que vou te amar
Exaltação do amor
Fala, meu amor
Frevo
Garota de Ipanema
Insensatez
Janelas abertas
Lamento do morro
Luciana
Maria da graça
Modinha
Mulher, sempre mulher
O grande amor
O morro não tem vez
O nosso amor
O que tinha de ser
Onde andará o amor?
Outra vez
Pelos caminhos da vida
Por toda minha vida
Praia branca
Samba Belo Horizonte
Se todos fossem iguais a você
Sem você
Soneto da separação
Só danço samba
Um nome de mulher
Valsa do amor de nós dois
Vida bela

+ Com Toquinho
A carta que não foi mandada
A flor e a noite
A rosa desfolhada
Aquarela
A terra prometida
A tonga da mironga do Kabulete
A vez do Dombe
As cores de abril
Amigos meus
Blues para Emmet
Calmaria e vendaval
Canto e contraponto
Carta ao Tom 74
Chorando pra Pixinguinha óóóóh que docinho de coco
Como dizia o poeta
Como é duro trabalhar
Cotidiano
Cotidiano nº 2
Essa menina
Eu não tenho nada a ver com isso
Fogo sob terra
Gilda
Golpe errado
Mais um adeus
Maria-vai-com-as-outras
Menina das duas tranças
Meu pai oxalá
Modinha nº 1
Morena flor
No colo da serra
O canto de Oxum
O céu é o meu chão
O filho que eu quero ter
O pato
O poeta aprendiz
Paiol da pólvora
Para viver um grande amor
Pela luz dos olhos teus
Planta baixa
Porque será
Regra três
Samba da rosa
Samba da volta
Samba do jato
Samba pra endrigo
São demais os perigos dessa vida
Sei lá... a vida tem sempre razão
Sem medo
Tarde em Itapoã
Tatamirô
Testamento
Triste sertão
Tudo na mais santa paz
Uma rosa em minha mão
Valsa do bordel
Valsa para uma menininha
Veja você a porta
Com Baden Powell
Apelo
Astronauta
Bachiana
Berceuse
Berimbau
Bocoxé
Bom-dia, amigo
Canção de amor e paz
Canção de enganar tristeza
Canção de ninar meu bem
Canção do amor amigo
Canção do amor ausente
Canto de Iemanjá
Canto de Ossanha
Canto de Oxalufá
Canto de Oxanga
Canto de pedra
Canto de pedra preta
Canto de Xangô
Canto do Caboclo Pedra Preta
Canto e contraponto
Cavalo marinho
Chanson d'hiver
Garota prenongondon
Choro para metrônomo
Consolação
Deixa
Deve ser amor
É hoje só
Fluido de saudade
Formosa
História antiga
Iemanjá
Improviso em bossa nova
Indiscretion
Insônia
Labareda
Lamento de exú
Linda baiana
Melhor tudo acabar
Mulher carioca
O canto de pedra
Para fazer um bom café
Paris toute grise
Pour toi, Marie
Pra que chorar
Precedented
Prelúdio ao coração
Que trouxe essa canção?
Samba cinco
Samba da bênção
Samba de nós dois
Samba de Oxóssi
Samba do Veloso
Samba em chá-chá-chá
Samba em prelúdio
Samba saravá
Samba triste
Saravá
Seja feliz
Simplesmente
Só por amor
Sonho de amor e paz
Tem dó
Tempo de amor
Tempo de paz
Tempo feliz (Té o sol raiar)
Tristeza e solidão
Valsa do amor que não vem
Valsa sem nome
Velho amigo
+ Com Carlos Lyra
A primavera
Broto maroto
Canção do amor que chegou
Canção do homem só
Carioca
Cartão de visita
Coisa mais linda
Com você é pior
Gente do morro
Marcha da quarta-feira de cinzas
Marcha do amanhecer
Maria moita
Minha desventura
Minha namorada
Nada como ter amor
Pau-de-arara
Pobre menina rica
Primeira namorada
Sabe você
Samba do carioca
Só amor
Valsa dueto
Você e eu

+  Com Antônio Maria
Bate, coração
Dobrado de amor a São Paulo
Quando tu passas por mim
  + Com Cláudio Santoro
Acalanto da rosa
Amor e lágrimas
Luar de meu bem
Pregão da saudade
 + Com Edu Lobo
Arrastão
Canção de amanhecer
Canto triste
Só me fez bem
Zambi
Oxalá
+ Com Francis Hime
Eu te amo, amor
Maria
Samba de Maria
Saudade de amor
Sem mais adeus
Tempo da flor
  +Com Os Irmãos Tapajós
Menina Tropicana
+Haroldo Tapajós
Canção para alguém (c/ Haroldo Tapajós)
Diga, moreninha (c/ Haroldo Tapajós)
Doce ilusão (c/ Haroldo Tapajós)
Loura ou morena (c/ Haroldo Tapajós)
Namorado da lua (c/ Haroldo Tapajós)
O beijo que você não quis dar (c/ Haroldo Tapajós)
O nosso amor de criança (c/ Haroldo Tapajós)
  Paulo Tapajós
Canção da noite
Honolulu



+Com Marília Medalha
Algum lugar
Ausência
Canção da canção que nasceu
Canção para o grande amor
Distante
Meu tempo
Mister Toquinho
Moinho d'água
O grande apelo
Sagarana
Se o amor pudesse
Sem razão de ser
Valsa para o ausente
 + Outras canções de Vinicius de Moraes
Bom dia, tristeza (com Adoniran Barbosa)
Amigo amado (com Alaíde Costa)
Quarta-feira de cinzas (com Amauri)
Em noite de luar (com Ary Barroso)
Já era tempo (com Ary Barroso)
Desalento (com Chico Buarque)
Valsinha (com Chico Buarque)
Gente humilde (com Chico Buarque e Garoto)
Olha, Maria (com Chico Buarque e Tom Jobim)
Certa Maria (com Cyro Monteiro)
Com Toi, ma blonde (com Baden Powell e Eduardo Bacri)
Toma meu coração (com Baden Powell e Eduardo Bacri)
Rosa de Hiroshima (com João Ricardo)
Dor de uma saudade (com Gerson Conrad)
O mais-que-perfeito (com Macalé)
Até rolar pelo chão (com Mutyinho)
Ai de quem ama (com Nilo Queiróz)
Sempre a esperar (com Osvaldo Coghiano)
São Francisco (com Paulo Soledade)
Mundo melhor (com Pixinguinha)
Samba fúnebre (com Pixinguinha)
Caro Raul (com Raul Seixas)
Estes seus olhos (com Seri Pestana)
La casa (com Bardotti e Sérgio Endrigo)
Como dizia o poeta (com Toquinho e Albinoni)
Samba de Orly (com Toquinho e Chico Buarque)
O velho e a flor (com Toquinho e E. Bacalov)
A bênção, Bahia (com Toquinho e Marília Medalha)
Rancho das FloresCom Moacir Santos
Lembre-se
Menino travesso
Se você disser que sim
Triste de quem

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A OBRA DE VINICIOS DE MORAIS

Segunda-feira, 10.02.14
A OBRA DE VINICIUS DE MORAIS
 A obra artística de Vinicius de Moraes se inicia no início da década de 1930, quando o poeta lançou o livro "O Caminho para a Distância". A partir de então, Vinicius caminharia pelos campos da literatura, música e teatro.


AnoNomeObservaçõesEditora
1956Orfeu da Conceiçãocom Tom JobimOdeon
1963Vinicius e Odette Laracom Odette Lara e Baden PowellElenco
1965Vinicius e Caymmi no Zum Zumcom Dorival CaymmiElenco
1966Os Afro-sambascom Baden PowellElencos
1966Vinicius: Poesia e Canção (ao vivo)Forma
1967Garota de Ipanema (Trilha sonora do filme)Philips
1967ViniciusElenco
1969Vinicius em PortugalFesta
1970En La Fusa con Maria Creuza y Toquinhocom Maria Creuza e ToquinhoDiorama
1971Como Dizia O Poeta...RGE
1971Toquinho e Viniciuscom ToquinhoRGE
1971Vinicius + Bethânia + Toquinho - En La Fusacom Maria Bethânia e ToquinhoInter Records
1972Marilia e Viniciuscom Marilia MedalhaRGE
1972Vinicius canta: Nossa Filha Gabrielacom ToquinhoPolydor
1972São Demais Os Perigos Dessa Vidacom ToquinhoRGE
1973O Bem-Amado (trilha sonora)Som Livre
1974Vinicius & Toquinhocom ToquinhoPhilips
1974Saravá Vinicius! - Vinicius de Moraes en São Paulo con Quarteto em Cy y Toquinhocom Quarteto em Cy e ToquinhoMercury
1975Vinicius e Toquinhocom ToquinhoPhilips
1975O Poeta e o Violãocom ToquinhoRGE
1976Deus lhe paguecom Edu LoboEMI
1977Antologia PoéticaPhilips
1977Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha - Gravado ao vivo no Canecâocom Tom Jobim, Toquinho e MiúchaSom Livre
197910 anos de Toquinho e Viniciuscom ToquinhoPhilips
1980Um pouco de ilusãocom ToquinhoAriola
1980Testamento...RGE
1980A Arca de Noécom ToquinhoUniversal
1981A Arca de Noé 2com ToquinhoPolygram
1991Poeta, moça e violão - Vinicius, Clara e Toquinhocom Clara Nunes e ToquinhoCollector's Editora LTDA
2006Vinicius & Amigoscom vários artistasSeleções Reader’s Digest

+ Teatro

"As Feras"
"Cordélia e o Peregrino"
"Orfeu da Conceição"
"Procura-se uma Rosa"
As doze bailarinas
Como ser Bode
+ Todas as canções
   De Vinicius
A oca
A uma mulher
Amei tanto
Canção de nós dois
Cântico
Cem por dentro
Dia da criação
Hendulu
Medo de amar
Melancia e coco verde
O desespero da piedade
O falso mendigo
Poema dos olhos da amada
Quarto soneto de meditação
Samba de Gesse
Serenata do adeus
Sob o trópico de Câncer
Soneto do amor
Teteteu-teteco
Ternura
Tomara
Valsa de Eurídice
A casa
 + Com Tom Jobim
A felicidade
Água de beber
Amor em paz
Andam dizendo
Brasília, sinfonia da Alvorada
Brigas nunca mais
Cala, meu amor
Caminho de pedra
Caminhos sem fim
Canção da eterna despedida
Canção do amor demais
Canção em modo menor
Canta, canta demais
Chega de saudade
Chora coração
Derradeira primavera
É preciso dizer adeus
Ela é carioca
Estrada branca
Eu e o meu amor
Eu não existo sem você
Eu sei que vou te amar
Exaltação do amor
Fala, meu amor
Frevo
Garota de Ipanema
Insensatez
Janelas abertas
Lamento do morro
Luciana
Maria da graça
Modinha
Mulher, sempre mulher
O grande amor
O morro não tem vez
O nosso amor
O que tinha de ser
Onde andará o amor?
Outra vez
Pelos caminhos da vida
Por toda minha vida
Praia branca
Samba Belo Horizonte
Se todos fossem iguais a você
Sem você
Soneto da separação
Só danço samba
Um nome de mulher
Valsa do amor de nós dois
Vida bela

+ Com Toquinho
A carta que não foi mandada
A flor e a noite
A rosa desfolhada
Aquarela
A terra prometida
A tonga da mironga do Kabulete
A vez do Dombe
As cores de abril
Amigos meus
Blues para Emmet
Calmaria e vendaval
Canto e contraponto
Carta ao Tom 74
Chorando pra Pixinguinha óóóóh que docinho de coco
Como dizia o poeta
Como é duro trabalhar
Cotidiano
Cotidiano nº 2
Essa menina
Eu não tenho nada a ver com isso
Fogo sob terra
Gilda
Golpe errado
Mais um adeus
Maria-vai-com-as-outras
Menina das duas tranças
Meu pai oxalá
Modinha nº 1
Morena flor
No colo da serra
O canto de Oxum
O céu é o meu chão
O filho que eu quero ter
O pato
O poeta aprendiz
Paiol da pólvora
Para viver um grande amor
Pela luz dos olhos teus
Planta baixa
Porque será
Regra três
Samba da rosa
Samba da volta
Samba do jato
Samba pra endrigo
São demais os perigos dessa vida
Sei lá... a vida tem sempre razão
Sem medo
Tarde em Itapoã
Tatamirô
Testamento
Triste sertão
Tudo na mais santa paz
Uma rosa em minha mão
Valsa do bordel
Valsa para uma menininha
Veja você a porta
Com Baden Powell
Apelo
Astronauta
Bachiana
Berceuse
Berimbau
Bocoxé
Bom-dia, amigo
Canção de amor e paz
Canção de enganar tristeza
Canção de ninar meu bem
Canção do amor amigo
Canção do amor ausente
Canto de Iemanjá
Canto de Ossanha
Canto de Oxalufá
Canto de Oxanga
Canto de pedra
Canto de pedra preta
Canto de Xangô
Canto do Caboclo Pedra Preta
Canto e contraponto
Cavalo marinho
Chanson d'hiver
Garota prenongondon
Choro para metrônomo
Consolação
Deixa
Deve ser amor
É hoje só
Fluido de saudade
Formosa
História antiga
Iemanjá
Improviso em bossa nova
Indiscretion
Insônia
Labareda
Lamento de exú
Linda baiana
Melhor tudo acabar
Mulher carioca
O canto de pedra
Para fazer um bom café
Paris toute grise
Pour toi, Marie
Pra que chorar
Precedented
Prelúdio ao coração
Que trouxe essa canção?
Samba cinco
Samba da bênção
Samba de nós dois
Samba de Oxóssi
Samba do Veloso
Samba em chá-chá-chá
Samba em prelúdio
Samba saravá
Samba triste
Saravá
Seja feliz
Simplesmente
Só por amor
Sonho de amor e paz
Tem dó
Tempo de amor
Tempo de paz
Tempo feliz (Té o sol raiar)
Tristeza e solidão
Valsa do amor que não vem
Valsa sem nome
Velho amigo
+ Com Carlos Lyra
A primavera
Broto maroto
Canção do amor que chegou
Canção do homem só
Carioca
Cartão de visita
Coisa mais linda
Com você é pior
Gente do morro
Marcha da quarta-feira de cinzas
Marcha do amanhecer
Maria moita
Minha desventura
Minha namorada
Nada como ter amor
Pau-de-arara
Pobre menina rica
Primeira namorada
Sabe você
Samba do carioca
Só amor
Valsa dueto
Você e eu

+  Com Antônio Maria
Bate, coração
Dobrado de amor a São Paulo
Quando tu passas por mim
  + Com Cláudio Santoro
Acalanto da rosa
Amor e lágrimas
Luar de meu bem
Pregão da saudade
 + Com Edu Lobo
Arrastão
Canção de amanhecer
Canto triste
Só me fez bem
Zambi
Oxalá
+ Com Francis Hime
Eu te amo, amor
Maria
Samba de Maria
Saudade de amor
Sem mais adeus
Tempo da flor
  +Com Os Irmãos Tapajós
Menina Tropicana
+Haroldo Tapajós
Canção para alguém (c/ Haroldo Tapajós)
Diga, moreninha (c/ Haroldo Tapajós)
Doce ilusão (c/ Haroldo Tapajós)
Loura ou morena (c/ Haroldo Tapajós)
Namorado da lua (c/ Haroldo Tapajós)
O beijo que você não quis dar (c/ Haroldo Tapajós)
O nosso amor de criança (c/ Haroldo Tapajós)
  Paulo Tapajós
Canção da noite
Honolulu



+Com Marília Medalha
Algum lugar
Ausência
Canção da canção que nasceu
Canção para o grande amor
Distante
Meu tempo
Mister Toquinho
Moinho d'água
O grande apelo
Sagarana
Se o amor pudesse
Sem razão de ser
Valsa para o ausente
 + Outras canções de Vinicius de Moraes
Bom dia, tristeza (com Adoniran Barbosa)
Amigo amado (com Alaíde Costa)
Quarta-feira de cinzas (com Amauri)
Em noite de luar (com Ary Barroso)
Já era tempo (com Ary Barroso)
Desalento (com Chico Buarque)
Valsinha (com Chico Buarque)
Gente humilde (com Chico Buarque e Garoto)
Olha, Maria (com Chico Buarque e Tom Jobim)
Certa Maria (com Cyro Monteiro)
Com Toi, ma blonde (com Baden Powell e Eduardo Bacri)
Toma meu coração (com Baden Powell e Eduardo Bacri)
Rosa de Hiroshima (com João Ricardo)
Dor de uma saudade (com Gerson Conrad)
O mais-que-perfeito (com Macalé)
Até rolar pelo chão (com Mutyinho)
Ai de quem ama (com Nilo Queiróz)
Sempre a esperar (com Osvaldo Coghiano)
São Francisco (com Paulo Soledade)
Mundo melhor (com Pixinguinha)
Samba fúnebre (com Pixinguinha)
Caro Raul (com Raul Seixas)
Estes seus olhos (com Seri Pestana)
La casa (com Bardotti e Sérgio Endrigo)
Como dizia o poeta (com Toquinho e Albinoni)
Samba de Orly (com Toquinho e Chico Buarque)
O velho e a flor (com Toquinho e E. Bacalov)
A bênção, Bahia (com Toquinho e Marília Medalha)
Rancho das FloresCom Moacir Santos
Lembre-se
Menino travesso
Se você disser que sim
Triste de quem

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A HISTORIA DE ZILKA SALABERRY

Segunda-feira, 10.02.14

Zilka Salaberry

Zilka Sallaberry (Rio de Janeiro, 31 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 11 de março de 2005) foi uma atriz brasileira.


Obteve grande sucesso com personagens de telenovelas, como a Sinhana de Irmãos Coragem, Donana Medrado de O Bem Amado e a Dona Benta do Sítio do Pica-Pau Amarelo, papel que mais marcaria sua carreira. Devido à sua atuação neste seriado infantil, Zilka passou a fazer parte da infância de várias gerações de brasileiros, sendo sempre reconhecida pelo público como a Vovó Benta.

De família de artistas, era filha da atriz e radialista, Luísa Nazareth, e irmã das atrizes, Alair Nazareth e Lourdes Mayer. Foi casada com o ator Mario Sallaberry.
Formada em Economia, não exerceu a profissão. Após seu casamento com Mario Sallaberry, que era ator, ela foi para o teatro, adotando o sobrenome Sallaberry. Estreou no Teatro Municipal de Niterói, com um pequenino papel. Gostou e se emocionou muito.

Depois, ingressou na Companhia de Procópio Ferreira; a seguir, na Companhia de Dulcina de Morais. Seus papéis foram melhorando, fazendo importantes peças, sempre mais comédias do que dramas. Trabalhou também com Alda Garrido e com Dercy Gonçalves.
Estreou como atriz profissional no filme Cidade-mulher (1936), de Humberto Mauro. Transgressora dos costumes, foi a primeira a tirar a roupa no teatro, em 1950, na peça A Copa do Mundo. Quando ela tirava o maiô, as luzes se apagavam.


Na televisão, estreou em 1956, na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro, no programa Câmera Um. No ano seguinte atuou na telenovela A canção de Bernadete.
Durante dez anos, participou do Teatrinho Trol, programa que adaptava contos infantis: cabia a Zilka sempre o papel de bruxa.


Depois de passar pela TV Rio e voltar à TV Tupi, Zilka chegou à TV Globo em 1967, estreando na telenovela A Rainha Louca. Nesta emissora, realizou seus trabalhos mais importantes, como Irmãos Coragem, O Bem-amado, O Casarão, Que Rei Sou Eu?, O Primo Basílio e Vale Tudo.
Seu último papel na TV foi em Esperança (2002), de Benedito Ruy Barbosa, ano em que também atuou no filme Xuxa e os Duendes

No cinema 

Obs: cinematografia incompleta
1965 - Society em Baby-Doll1
2001 - Xuxa e os Duendes - Cléo
2002 - Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas - Cléo
Na televisão
Teatro

1957 - Adorável Júlia
1959 - O Mambembe
1959 - O Cristo Proclamado
1960 - Com a Pulga Atrás da Orelha
1960 - O Velho Ciumento
1961 - O Médico Volante
1961 - Os Ciúmes de Um Pedestre
1962 - Beijo no Asfalto
1964 - O Homem, a Besta e a Virtude
1970 - A Preguiça
1971 - O Camarada Miussov




Telenovelas 
1957 - A Canção de Bernadete
1963 - Pouco Amor não é Amor
1964 - O Acusador
1965 - Rosinha do Sobrado - Maria
1967 - A Rainha Louca - Marquesa Jazira
1967/1968 - Sangue e Areia - Liana
1969 - A Ponte dos Suspiros - Clara
1969 - A Última Valsa - Lorena
1969/1970 - Véu de Noiva - Tia Cora
1970 - Irmãos Coragem - Sinhana Coragem
1971/1972 - O Homem que Deve Morrer - Bárbara
1972/1973 - O Bofe - Carlota Vidigal
1973 - O Bem-amado - Donana Medrado
1974 - Supermanoela - Carolina
1974/1975 - Corrida do Ouro - Kiki Vassourada
1975 - Senhora - Firmina Mascarenhas
1976 - O casarão - Mercedes
1988/1989 - Vale Tudo - Ruth
1989 - Que Rei Sou Eu? - Gaby
1990/1991 - Araponga - Dona Marocas
1998 - Corpo Dourado - Irmã Celeste
1998 - Pecado Capital - Bá
Minisséries[editar]
1986 - Memórias de um Gigolô - Bianca Perla
1988 - O primo Basílio - Vitória Soares
1992 - Teresa Batista - Veneranda
1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados - Tia Ceci
Seriados[editar]
1956 - Teatrinho Trol - Vários Personagens
1961 - Pluft, o Fantasminha - Pandora
1972 - Meu Primeiro Baile - Emilia
1977-1986 - Sítio do Picapau Amarelo - Dona Benta
1988 - Tarcísio e Glória - Dona Neném
1995-1999 - Você Decide - Ela mesma

 
 Participações Especiais 

1964 - Vitória
1964 - Sonho de Amor
1983 - Parabéns pra Você - Cartomante
1986 - Cambalacho - Juíza
1987 - O outro - Cigana
1989 - Top Model - Dona Virgínia(antiga governanta dos Kundera na casa de Petrópolis)
1995 - Irmãos Coragem
2000 - Bambuluá - Fada Madrinha
2000 - Zorra Total - Mãe de Santinha
2002 - Esperança - vizinha italiana

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A HISTORIA DE ZILKA SALABERRY

Segunda-feira, 10.02.14

Zilka Salaberry

Zilka Sallaberry (Rio de Janeiro, 31 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 11 de março de 2005) foi uma atriz brasileira.


Obteve grande sucesso com personagens de telenovelas, como a Sinhana de Irmãos Coragem, Donana Medrado de O Bem Amado e a Dona Benta do Sítio do Pica-Pau Amarelo, papel que mais marcaria sua carreira. Devido à sua atuação neste seriado infantil, Zilka passou a fazer parte da infância de várias gerações de brasileiros, sendo sempre reconhecida pelo público como a Vovó Benta.

De família de artistas, era filha da atriz e radialista, Luísa Nazareth, e irmã das atrizes, Alair Nazareth e Lourdes Mayer. Foi casada com o ator Mario Sallaberry.
Formada em Economia, não exerceu a profissão. Após seu casamento com Mario Sallaberry, que era ator, ela foi para o teatro, adotando o sobrenome Sallaberry. Estreou no Teatro Municipal de Niterói, com um pequenino papel. Gostou e se emocionou muito.

Depois, ingressou na Companhia de Procópio Ferreira; a seguir, na Companhia de Dulcina de Morais. Seus papéis foram melhorando, fazendo importantes peças, sempre mais comédias do que dramas. Trabalhou também com Alda Garrido e com Dercy Gonçalves.
Estreou como atriz profissional no filme Cidade-mulher (1936), de Humberto Mauro. Transgressora dos costumes, foi a primeira a tirar a roupa no teatro, em 1950, na peça A Copa do Mundo. Quando ela tirava o maiô, as luzes se apagavam.


Na televisão, estreou em 1956, na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro, no programa Câmera Um. No ano seguinte atuou na telenovela A canção de Bernadete.
Durante dez anos, participou do Teatrinho Trol, programa que adaptava contos infantis: cabia a Zilka sempre o papel de bruxa.


Depois de passar pela TV Rio e voltar à TV Tupi, Zilka chegou à TV Globo em 1967, estreando na telenovela A Rainha Louca. Nesta emissora, realizou seus trabalhos mais importantes, como Irmãos Coragem, O Bem-amado, O Casarão, Que Rei Sou Eu?, O Primo Basílio e Vale Tudo.
Seu último papel na TV foi em Esperança (2002), de Benedito Ruy Barbosa, ano em que também atuou no filme Xuxa e os Duendes

No cinema 

Obs: cinematografia incompleta
1965 - Society em Baby-Doll1
2001 - Xuxa e os Duendes - Cléo
2002 - Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas - Cléo
Na televisão
Teatro

1957 - Adorável Júlia
1959 - O Mambembe
1959 - O Cristo Proclamado
1960 - Com a Pulga Atrás da Orelha
1960 - O Velho Ciumento
1961 - O Médico Volante
1961 - Os Ciúmes de Um Pedestre
1962 - Beijo no Asfalto
1964 - O Homem, a Besta e a Virtude
1970 - A Preguiça
1971 - O Camarada Miussov




Telenovelas 
1957 - A Canção de Bernadete
1963 - Pouco Amor não é Amor
1964 - O Acusador
1965 - Rosinha do Sobrado - Maria
1967 - A Rainha Louca - Marquesa Jazira
1967/1968 - Sangue e Areia - Liana
1969 - A Ponte dos Suspiros - Clara
1969 - A Última Valsa - Lorena
1969/1970 - Véu de Noiva - Tia Cora
1970 - Irmãos Coragem - Sinhana Coragem
1971/1972 - O Homem que Deve Morrer - Bárbara
1972/1973 - O Bofe - Carlota Vidigal
1973 - O Bem-amado - Donana Medrado
1974 - Supermanoela - Carolina
1974/1975 - Corrida do Ouro - Kiki Vassourada
1975 - Senhora - Firmina Mascarenhas
1976 - O casarão - Mercedes
1988/1989 - Vale Tudo - Ruth
1989 - Que Rei Sou Eu? - Gaby
1990/1991 - Araponga - Dona Marocas
1998 - Corpo Dourado - Irmã Celeste
1998 - Pecado Capital - Bá
Minisséries[editar]
1986 - Memórias de um Gigolô - Bianca Perla
1988 - O primo Basílio - Vitória Soares
1992 - Teresa Batista - Veneranda
1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados - Tia Ceci
Seriados[editar]
1956 - Teatrinho Trol - Vários Personagens
1961 - Pluft, o Fantasminha - Pandora
1972 - Meu Primeiro Baile - Emilia
1977-1986 - Sítio do Picapau Amarelo - Dona Benta
1988 - Tarcísio e Glória - Dona Neném
1995-1999 - Você Decide - Ela mesma

 
 Participações Especiais 

1964 - Vitória
1964 - Sonho de Amor
1983 - Parabéns pra Você - Cartomante
1986 - Cambalacho - Juíza
1987 - O outro - Cigana
1989 - Top Model - Dona Virgínia(antiga governanta dos Kundera na casa de Petrópolis)
1995 - Irmãos Coragem
2000 - Bambuluá - Fada Madrinha
2000 - Zorra Total - Mãe de Santinha
2002 - Esperança - vizinha italiana

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28 Days Later 2009-2011(28 dias capas)

Segunda-feira, 10.02.14
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SERIE NOSSO LAR====015 FRACASSO parte 03

Segunda-feira, 10.02.14

SERIE NOSSO LAR====015 FRACASSO parte 03
Cap 15 – Fracasso – O capítulo é de grande densidade dramática, narrando como uma gravidez é interrompida por invigilância (aborto indireto) da mulher grávida que o pratica pela terceira vez: sai pela noite, em busca de prazeres mundanos; no amanhecer, perde aquele que lhe seria filho (o aborto é-lhe incensado por Espíritos que a vampirizavam e que por isso mesmo não lhe admitiam ser mãe, já que com um filho, não mais lhes daria atenção...).



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SERIE NOSSO LAR==015 FRACASSO parte 02

Segunda-feira, 10.02.14

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Cap 15 – Fracasso – O capítulo é de grande densidade dramática, narrando como uma gravidez é interrompida por invigilância (aborto indireto) da mulher grávida que o pratica pela terceira vez: sai pela noite, em busca de prazeres mundanos; no amanhecer, perde aquele que lhe seria filho (o aborto é-lhe incensado por Espíritos que a vampirizavam e que por isso mesmo não lhe admitiam ser mãe, já que com um filho, não mais lhes daria atenção...).




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SERIE NOSSO LAR===015 FRACASSO parte 01

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Cap 15 – Fracasso – O capítulo é de grande densidade dramática, narrando como uma gravidez é interrompida por invigilância (aborto indireto) da mulher grávida que o pratica pela terceira vez: sai pela noite, em busca de prazeres mundanos; no amanhecer, perde aquele que lhe seria filho (o aborto é-lhe incensado por Espíritos que a vampirizavam e que por isso mesmo não lhe admitiam ser mãe, já que com um filho, não mais lhes daria atenção...).





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A HISTORIA DO SAL

Segunda-feira, 10.02.14

SAL
Sal de cozinha

O sal de cozinha ou sal comum é um mineral formado principalmente por cloreto de sódio (NaCl).
 
História 
O sal era, até o início do século XX, um importante conservante alimentar. A tal ponto chegava sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período romano, sendo esta a origem da palavra "salário". Por este motivo as explorações de sal chegaram a ter valor estratégico, inclusive tendo sido criadas vilas fortificadas para defender as salinas.

Historicamente a exploração de sal se realizava em salinas das zonas costeiras e dos mananciais de água salgada (que atravessam depósitos de sal no subsolo). Mais modernamente, os depósitos subterrâneos passaram a ser explorados através de minas, com isto as salinas de manancial foram perdendo importância e sendo abandonadas durante o século XX.

Existem enormes quantidades de cloreto de sódio em antigos mares ou lagos salgados que sofreram evaporação. Um exemplo disso é o Salar de Uyuni, na Bolívia, uma imensa planície branca devido ao sal cristalizado, e que foi um dia o fundo de um mar que secou.
O sal é produzido em diversas formas: sal não refinado (sal grosso, também chamado sal marinho e a flor de sal), sal refinado (sal de cozinha) e sal iodado. É um sólido cristalino e branco nas condições normais.

Cloreto de sódio e íons são os dois principais componentes do sal, são necessárias para a sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os seres humanos. O sal está envolvido na regulação da quantidade de água do organismo.

No Brasil  

No Brasil, os principais estados produtores são o Rio Grande do Norte, no chamado Pólo Costa Branca; e o Rio de Janeiro, na chamada Região dos Lagos. Nestes estados o sal marinho é obtido através do bombeamento da água do mar para salinas formadas por tanques de evaporação a céu aberto. Depois que a água evapora, o sal que resta no fundo é raspado, empilhado e conduzido às refinarias.

Em Portugal 

Em Portugal os principais centros de produção de sal estão em Aveiro e Algarve.
Espanha 

Na Espanha, por exemplo, também existem numerosas salinas costeiras em exploração, além de poucas salinas de manancial (a maioria das que existiram já foi abandonada), sendo as mais importantes as Salinas de Añana en Álava, declaradas monumento histórico do país.

Saúde 
O sal pode ser fluoretado e iodado, como formas mais éticas e baratas de combater a cárie e o bócio. O corpo humano precisa de muito pouco sal, entre 2,5 e 5,0 gramas por dia (menos do que uma colher de café cheia de sal diariamente), quantidade que geralmente existe nos próprios alimentos. Acima disso, esse mineral é prejudicial à saúde, causando males, como hipertensão arterial, que podem até levar à morte.

Sal-gema
 
Denomina-se sal-gema o cloreto de sódio, acompanhado de cloreto de potássio e de cloreto de magnésio, que ocorre em jazidas na superfície terrestre.
O termo é aplicado ao sal obtido da precipitação química pela evaporação da água de antigas bacias marinhas em ambientes sedimentares
.

Obtenção e Utilização

A partir da eletrólise do NaCl (sal-gema), obtêm-se cloro e sódio. Esses elementos são utilizados na fabricação de soda cáustica, no tratamento de óleos vegetais, em celulose, na polpa de madeira, como germicida, na fabricação de plásticos como o PVC, na purificação de água e em diversos produtos químicos.
A denominação sal-gema é empregada para definir a ocorrência de cloreto de sódio (NaCl) contida em estratos sedimentares em subsolo formando camadas contínuas ou domos.
O sal obtido por evaporação direta da água do mar é chamado de sal marinho e é largamente utilizado em países tropicais como o Brasil, onde a evaporação é intensa. Em países mais frios a utilização maior é do sal-gema.
O sal é um composto altamente solúvel, presente nas águas oceânicas na proporção média de 26g/L. Nos mares e lagoas a concentração de sal depende do equilíbrio entre fatores como aporte de águas doces de rios e evaporação, além da injeção de águas marinhas, o que modifica a salinidade.

Modernamente, o sal possui ampla utilização em vários processos químicos e industriais e, por ser o único produto consumido diariamente pela população, foi utilizado pelo governo para suprir a carência de iodo das populações distantes do mar. O sal é utilizado na preparação de alimentos, como complemento na alimentação do gado e curtume de couro, entre outros. Na indústria é utilizado como matéria-prima para obtenção de cloro, ácido clorídrico, soda cáustica, bicarbonato de sódio, nas indústrias de vidro, papel e celulose, produtos de higiene (sabões, detergentes, pasta dental), produtos farmacêuticos, tintas, inseticidas, cola, fertilizantes, corretivos de solos, cosméticos, nas indústrias de porcelana, borracha sintética, no tratamento de óleos vegetais, têxteis, na industria bélica e outras. É utilizado também no tratamento de água e purificação de gases.
O sal gema é extraído pelo método de lavra por solução e pelo método de lavra subterrânea convencional.

1. Adição de iodo
Desde 1924, o governo dos Estados Unidos pediu para a empresa Morton Salt Company que iodo fosse adicionado ao sal vendido no país. Isso foi feito porque, em algumas regiões daquele país, as pessoas não estavam consumindo iodo o suficiente, já que esse elemento não está presente em grandes quantidades no solo das áreas próximas aos Grandes Lagos da América do Norte ou Noroeste Pacífico.

Entre outros problemas, a deficiência de iodo pode causar bócio na tireoide, popularmente conhecido como “papo”. Na verdade, cerca de 90% dos casos de bócios na tireoide são desenvolvidos pela falta de iodo na dieta e, portanto, nada mais natural do que adicionar o elemento ao sal. A ideia foi copiada da Suíça, que na mesma época também investia na mesma ação.

Felizmente, a adição de iodo ao sal custa apenas poucos centavos anuais por pessoa, o que faz com que o preço do sal continue praticamente o mesmo. Talvez por isso, a prática acabou sendo adotada pela maior parte dos países, incluindo o Brasil.

2. Por que o sal realça o sabor do alimento?
A salinidade é um dos cinco gostos básicos que a língua humana pode detectar. Como se não bastasse, adicionar sal ao alimento faz com que certas moléculas sejam mais facilmente liberadas no ar, o que favorece o aroma da comida. E como sabemos, o aroma é parte muito importante da percepção de gosto.

Além disso, o sal também ajuda a suprimir o sabor amargo. Essa é a razão, por exemplo, de esse condimento ser usado na hora de comer grape fruit. Ele também pode ser usado em alimentos doces ou azedos, como forma de equilibrar o sabor.

3. Por que o sal faz a pressão subir?
A ideia de que sal faz a pressão a subir vem circulando pelo mundo desde a década de 60. É por isso, por exemplo, que as pessoas mais velhas ou com problemas de coração acabam reduzindo o consumo desse condimento. Porém, de acordo com o site Today I Found Out, não existe muito respaldo para essa preocupação.Existem alguns estudos que mostram um risco pequeno na possibilidade de a pressão sanguínea subir com a ingestão de uma quantidade muito grande de sal. Também existem muitos estudos que não mostram alteração na pressão e alguns que chegam à conclusão de que a redução de sal pode, na verdade, fazer a pressão subir.A ideia de que o sal faz a pressão subir vem da pressão osmótica. A osmose é o movimento de um solvente (a água) atravessando membranas semipermeáveis (paredes das células), em áreas de baixa concentração de substâncias (sal) para áreas de alta concentração. Isso, naturalmente, equaliza a concentração em ambos os lados da membrana.

Assim, a história de que o sal faz aumentar a pressão vem da ideia de que, ao consumir muito sal, a corrente sanguínea fica com mais sódio do que as outras partes do corpo. Isso faz com que a água dessas áreas seja enviada para o sangue e, consequentemente, o aumento de fluido dentro de veias e artérias faz a pressão aumentar. Além disso, o sal também age como um agente irritante, fazendo com que as artérias se contraiam, o que também causaria o aumento da pressão.
Porém, apesar de isso ser amplamente aceito por governos e médicos do mundo todo, os estudos recentes não dão respaldo à teoria. Em 2001, dois estudos publicados no site Cochrane Reviews chegaram à conclusão que, depois de 150 exames clínicos e o estudo de 13 populações, não há uma indicação clara a favor da redução de sódio.

4. Como o sal preserva carnes?
Hoje, todo mundo prefere recorrer ao freezer ou à geladeira para conservar melhor bifes ou pedaços de carne do churrasco. Porém, houve uma época em que o sal era usado com essa finalidade e, ainda hoje, é possível encontrar alguns tipos de carnes que são produzidos dessa forma.

Essa capacidade de preservar os alimentos também se deve à pressão osmótica. Ao fazer com que a carne perca água, o sal acaba eliminando um dos principais elementos para a existência de fungos e bactérias, fazendo com que o “bife” dure muito mais.

5. Removedor de manchas
Derrubou suco de uva no carpete? Não tem problema: o sal apaga o estrago. Porém, seja rápido. Dentro de 5 a 10 minutos, o sal que estava seco quando jogado e espalhado sobre a mancha começa a absorver o líquido.

Depois de 15 minutos, use um aspirador de pó para remover o sal, porém, cuidado para não esfregá-lo sobre a superfície. Se a mancha persistir, repita a operação até que ela saia completamente ou, então, até que o sal não tenha mais líquido para absorver.+

Marcha do Sal

A Marcha do Sal ou Satyagraha do sal foi um ato de protesto contra a proibição, imposta pelos britânicos, da extração de sal na Índia colonial. Mahatma Gandhi caminhou de Sabarmati Ashram a Dandi, para pegar um pouco de sal para si. Um número muito grande de indianos o seguiu, mas os britânicos nada puderam fazer contra ele, pois não havia incitado os outros a seguirem-no. A marcha ocorreu de 12 de março até 6 de abril de 1930.

História 

No dia 12 de março de 1930, Mahatma Gandhi e vários discípulos iniciaram uma marcha em protesto ao domínio britânico na Índia. A caminhada, de quase 400 quilômetros, durou 25 dias em direção ao litoral. Gandhi e seus seguidores paravam de cidade em cidade para descansar, conseguindo assim mais simpatizantes. O protesto foi incitado pelo fato de que, naquela época, os indianos eram obrigados a comprar produtos industrializados do Reino Unido, sendo proibidos inclusive de extrair sal em seu próprio país.

No dia 6 de abril, depois do banho, ritual sagrado para os hindus, Gandhi apanhou um punhado de sal à beira-mar, e seu gesto foi repetido simbolicamente pelos milhares de indianos ali presentes. Em resposta e esses atos, os britânicos prenderam mais de 50 mil indianos, entre eles o próprio Gandhi.
Mesmo com a prisão de Gandhi, a marcha continuou, em direção às salinas ao norte de Bombaim. Aproximaram-se em silêncio dos depósitos de sal, guardados por 400 policiais, que investiram contra eles com cassetetes. Os protestantes foram tombando, sem esboçar gestos de defesa. Cada coluna que avançava era igualmente abatida.

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ZÉ DO NORTE(MUSICO)

Segunda-feira, 10.02.14

Zé do Norte
Alfredo Ricardo do Nascimento, conhecido como Zé do Norte, (Cajazeiras, 18 de dezembro de 1908 — Cajazeiras, 2 de outubro de 1979) foi um músico brasileiro.
O menino Alfredo Ricardo, órfão de pai e de mãe, teve uma infância muito pobre. Trabalhou na enxada, apanhou algodão, conduziu tropas de burro.

Gostava de cantar desde a infância, mas sem imaginar que isso pudesse ser meio de vida.
Em 1921, foi para Fortaleza e alistou-se no Exército, indo servir no Rio de Janeiro. Convidado, atuou em programa de rádio, obtendo grande sucesso com uma embolada de sua autoria. Acabou sendo levado para a Rádio Tupi onde cantou adotando o pseudônimo de Zé do Norte, em 1940.
Em 1941 ele foi para a Rádio Transmissora Brasileira (atual Rádio Globo) e participou de programas, como "Desligue, Faz Favor " e "Hora Sertaneja".

Passou depois para as rádios Fluminense, Clube do Brasil, Guanabara, atuando como animador, organizador, cantor e declamador. Nesse tempo, Zé do Norte lançou em programa de rádio o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, o futuro Rei do Baião.
Zé do Norte publicou o livro "Brasil Sertanejo" em 1948 e cinco anos depois atuou como consultor do linguajar nortista e compositor no filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto (1953).

Sua música "Mulher Rendeira" (sobre motivo atribuído a Virgulino Ferreira, o Lampião) ficou mundialmente conhecida após ser incluída no referido filme.
Entre suas mais de 100 composições, a segunda mais famosa é "Sodade Meu Bem, Sodade" (1955), regravada por vários intérpretes, como Nana Caymmi e Maria Bethânia.

Suas músicas foram interpretadas por uma gama variada de artistas, incluindo Raul Seixas (ele gravou uma bela versão de Lua Bonita, no disco A Pedra do Gênesis, de 1988), Caetano Veloso (ele inseriu a música Sôdade, Meu Bem, Sôdade, no disco Transa, de 1972, ao longo da execução de sua música It's a Long Way), Geraldo Azevedo (Meu Pião) e Joan Baez.

Pelas mãos de uma escritora e jornalista renomada, a cearense Rachel de Queiroz, Zé do Norte foi indicado para a equipe da produção cinematográfica de O Cangaceiro, filme dirigido pelo paulista Lima Barreto, como consultor de prosódia sertaneja. Terminou sendo o "autor" da trilha sonora, que incluiu o clássico Mulher Rendeira. O sucesso da fita em Cannes elevou Zé do Norte ao Olimpo do cancioneiro popular nacional.

Existem controvérsias sobre a sua autoria de Mulher Rendeira. Diz-se que Mulher Rendeira já era cantada nos sertões nordestinos antes de Zé do Norte chegar ao Rio de Janeiro nos anos 1940. Há quem diga que seu autor é Virgolino Ferreira da Silva, o temido cangaceiro Lampião. Mas é mais provável que tenha sido adaptada e recebido acréscimos ao longo do tempo. E não é de todo improvável que algumas estrofes tenham sido de fato criadas pelo talentoso Zé do Norte.

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