BIOGRAFIA,JOSE WILKER(ATOR,DIRETOR)
Sábado, 05.04.14
José Wilker José Wilker de Almeida (Juazeiro do Norte, 20 de agosto de 1947 — Rio de Janeiro, 5 de abril de 2014) foi um ator, diretor, narrador, apresentador e crítico de cinema brasileiro. Infância e adolescência Filho de Severino Almeida, um caixeiro viajante, e de Raimunda Almeida, dona de casa, José Wilker nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1947 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. |
Carreira José Wilker começou a carreira como locutor de rádio e se mudou para o Rio de Janeiro aos dezenove anos.Seu primeiro filme foi em 1965, A Falecida com uma participação não creditada, o filme ainda contava com Fernanda Montenegro como protagonista. Em 1979, esteve no elenco do filme Bye Bye Brasil e em 1985, no elenco de O Homem da Capa Preta.Estreou nas telenovelas em 1971, em Bandeira 2, de Dias Gomes, na TV Globo. Fez muito sucesso com a novela Roque Santeiro na qual deu vida ao personagem-título junto com Regina Duarte e Lima Duarte. Entre 1997 e 2002, dirigiu boa parte dos episódios do Sai de Baixo4 , além de ter participado de um dos episódios do programa (Ghost Não Se Discute), em 1997. |
Interpretou personagens célebres na televisão, como Giovanni Improtta, na telenovela Senhora do Destino e o ex-presidente Juscelino Kubitschek na minissérie JK. Em 2012 cai na boca do povo com o personagem Jesuíno Mendonça na telenovela Gabriela. O personagem foi marcado pelo bordão "Vou lhe usar", que se tornou febre nas redes sociais5 . No ano seguinte narra a chamada da telenovela Amor à Vida, e no meio da trama entra no elenco como a personagem Herbert.Entre seus papéis mais marcantes no cinema estão Tiradentes, no filme Os Inconfidentes, de 1972; Vadinho, do recorde de bilheteria nos cinemas Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976; o político Tenório Cavalcanti de O Homem da Capa Preta, de 1986 e Antônio Conselheiro, de Guerra de Canudos, de 1997 entre muitos outros. |
Vida pessoal José Wilker teve as filhas Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a atriz Mônica Torres e foi casado com Guilhermina Guinle.2 Seu último casamento foi com a jornalista Claudia Montenegro com quem teve Madá.Amante de cinema, possuía aproximadamente quatro mil fitas em casa. Mostrou ao público essa faceta assinando uma coluna semanal sobre o assunto no Jornal do Brasil e fazendo comentários de filmes nos canais de televisão por assinatura Telecine da Globosat. Era também comentarista oficial da transmissão da premiação do Oscar da Rede Globo, além de apresentar o programa Palco & Platéia, que é transmitido pelo Canal Brasil. Wilker foi ainda diretor-presidente da Riofilme – distribuidora de filmes do município do Rio de Janeiro. |
Morte O ator morreu no dia 5 de abril de 2014, aos 66 anos, vítima de infarto. NOTICIA SOBRE A MORTE DO ATOR Morre aos 67 anos o ator José Wilker Conhecido por trabalhos como 'Roque Santeiro', ele sofreu um infarto. Última participação em novelas foi em 2013, em 'Amor à vida'.O ator e diretor José Wilker morreu, aos 67 anos, na madrugada deste sábado (5) no Rio. Ele sofreu um infarto. Wilker ficou conhecido por trabalhos marcantes em novelas como "Roque Santeiro", em que interpretou o personagem-título, e "Senhora do destino", em que interpretou o bicheiro Giovanni Improtta. No cinema, fez filmes como "Bye bye Brasil" e viveu o Vadinho de "Dona Flor e seus dois maridos". |
Wilker morreu no apartamento da namorada, Claudia Montenegro, em Ipanema, Zona Sul. Segundo o produtor e amigo Cláudio Rangel, o velório está previsto para começar às 23h30 deste sábado, de acordo com a liberação do corpo, e seguirá até as 15h de domingo (6), aberto ao público. A cremação será no Memorial do Carmo, no Caju, às 18h. Sua última participação em novelas foi em 2013, em "Amor à vida", de Walcyr Carrasco, no papel do médico Herbert. Em 2012, ele foi o coronel Jesuíno no remake de "Gabriela", baseada no livro "Gabriela Cravo e Canela", de Jorge Amado. Na versão original, exibida em 1975, havia feito Mundinho Falcão. Na TV Globo, participou de quase 30 novelas. |
Começo José Wilker de Almeida nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1946 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. A mãe, Raimunda, era dona de casa, e o pai, Severino, caixeiro viajante. O primeiro trabalho de Wilker foi com apenas 13 anos, como figurante no teleteatro da TV Rádio Clube, do Recife. "Ficava por ali aguardando alguma ponta", lembrou ele em depoimento ao site Memória Globo. A aparição inicial foi como cobrador de jornal na peça "Um bonde chamado desejo", de Tennessee Williams. |
Sua carreira no teatro começou no Movimento de Cultura Popular (MCP) do Partido Comunista, onde dirigiu espetáculos pelo sertão e realizou documentários sobre cultura popular. Em 1967, Wilker se mudou para o Rio para estudar Sociologia na PUC, mas abandonou o curso para se dedicar exclusivamente ao teatro.Em 1970, após ganhar o prêmio Molière de Melhor Ator pela peça "O arquiteto e o imperador da Assíria", foi convidado pelo escritor Dias Gomes o para o elenco de "Bandeira 2" (1971), sua primeira novela. Seu personagem foi Zelito, um dos filhos do bicheiro Tucão (Paulo Gracindo). "Eu fazia teatro há dez anos, não tinha nada. Uma semana depois de estar no ar, eu era um cara com uma conta no banco, identidade, residência fixa e reconhecimento na rua. A resposta era muito imediata, intensa. Acabei gostando", afirmou Wilker ao Memória Globo.Ele interpretou o seu primeiro papel principal na TV em 1975: foi Mundinho Falcão em "Gabriela", adaptação de Walter George Durst do romance de Jorge Amado, um marco na história da teledramaturgia brasileira. |
Personagens conhecidos Wilker tem em seu currículo personagens memoráveis, como o jovem Rodrigo, protagonista da novela "Anjo mau" (1976), de Cassiano Gabus Mendes. Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Em 2004 interpretou o ex-bicheiro Giovanni Improtta, de "Senhora do destino", de Aguinaldo Silva, um personagem com diversos bordões como “felomenal” e “o tempo ruge, e a Sapucaí é grande”. O artista dirigiu o humorístico "Sai de baixo" (1996) e as novelas "Louco amor" (1983), de Gilberto Braga, e "Transas e caretas" (1984), de Lauro César Muniz. Durante uma rápida passagem pela extinta TV Manchete, acumulou direção e atuação em duas novelas: "Carmem" (1987), de Gloria Perez, e "Corpo santo" (1987), de José Louzeiro. Apaixonado pelo cinema, o ator participou de filmes como "Xica da Silva" (1976) e "Bye bye Brasil" (1979), ambos de Cacá Diegues, "Dona Flor e seus dois maridos" (1976) e "O homem da capa preta" (1985). Fez ainda o personagem Antônio Conselheiro em "Guerra de Canudos" (1997), de Sérgio Rezende. Além disso, foi diretor-presidente da Riofilme. |
Wilker também se destacou em minisséries como "Anos rebeldes" (1992), de Gilberto Braga; "Agosto" (1993), adaptada da obra de Rubem Fonseca; e "A muralha" (2000), escrita por Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro. Em 2006, interpretou o presidente Juscelino Kubitschek na minissérie "JK", de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira. O artista ainda escreveu textos para revistas e jornais e comentou a cerimônia do Oscar durante vários anos, para a TV Globo e para a GloboNews. José Wilker deixa duas filhas. Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a também atriz Mônica Torres. No Facebook, Isabel escreveu uma declaração para o pai e agradeceu as mensagens de apoio: "Só tenho amor, muito amor, e agora saudades, sempre. Obrigada a todos pelo carinho", postou, junto com uma foto. |
Cinema 1965 - A Falecida 1966 - Paixão 1967 - El Justicero .... El Rato 1968 - A Vida Provisória 1970 - Estranho Triângulo 1971 - Os Inconfidentes … Tiradentes 1973 - Deliciosas Traições de Amor 1974 - Amor e Medo 1975 - Ana, a Libertina 1975 - O Casal 1976 - Confissões de uma Viúva Moça 1976 - Dona Flor e Seus Dois Maridos 1976 - Xica da Silva 1977 - Diamante Bruto 1978 - A Batalha dos Guararapes 1978 - O Golpe Mais Louco do Mundo 1979 - Bye Bye Brasil 1980 - O Incrível Monstro Trapalhão 1980 - Bonitinha mas Ordinária ou Otto Lara Rezende 1981 - Fiebre Amarilla 1981 - Los Crápulas 1982 - O Rei da Vela 6 1982 - O Bom Burguês 1984 - São Bernardo 1984 - Jango (filme) 1985 - Fonte da Saudade 1985 - O Homem da Capa Preta 1986 - Baixo Gávea 1986 - Besame Mucho 1987 - Leila Diniz 1987 - Um Trem para as Estrelas 1989 - Dias Melhores Virão 1989 - Mentira .... Narrador 1989 - Doida Demais 1989 - Solidão, uma Linda História de Amor | 1990 - Filha da Mãe 1992 - Medicine Man 1994 - Josué de Castro, Cidadão do Mundo .... Documentário Narrador 1996 - Pequeno Dicionário Amoroso 1996 - Delicado 1997 - For All - O Trampolim da Vitória 1997 - Guerra de Canudos .... Antonio Conselheiro 2000 - Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão 2002 - Dead In Water 2002 - Banquete 2003 - Maria - Mãe do Filho de Deus 2003 - O Homem do Ano 2004 - Onde Anda Você? 2004 - Redentor 2004 - Viva Sapato! 2005 - O Piadista 2005 - Olga Del Volga 2005 - O Guia do Mochileiro das Galáxias 2006 - Canta Maria .... Lampião 2006 - O Sonho de Inacim 2006 - O Maior Amor do Mundo 2008 - Casa da Mãe Joana 2008 - Sexo com amor? 2008 - Romance (2008) 2009 - Embarque Imediato 2010 - O Bem Amado 2010 - Elvis e Madona 2011 - Tancredo, a Travessia (documentário) .... Narrador 2011 - "Kreuko" em Mundo Invisível 2011 - A Melhor Idade (curta-metragem) 2013 - Giovanni Improtta (filme) 2013 - Casa da Mãe Joana 2 2013 - Isolados7 |
Cronologia
Televisão
Como ator
Ano | Trabalho | Personagem | Notas |
---|---|---|---|
1971 | Bandeira 2 | Zelito | Telenovela |
1971 | Caso Especial | Personagem desconhecido | Episódio: O Crime do Silêncio |
1972 | O Bofe | Bandeira | Telenovela |
1973 | Cavalo de Aço | Atílio | Telenovela |
1973 | Os Ossos do Barão | Martinho Ghirotto | Telenovela |
1974 | Corrida do Ouro | Fábio | Telenovela |
1974 | A Cartomante | Murilo | Telenovela |
1974 | Caso Especial | Personagem desconhecido | Episódio: Enquanto a Cegonha Não Vem |
1975 | Gabriela | Mundinho Falcão | Telenovela |
1976 | Anjo Mau | Rodrigo Medeiros | Telenovela |
1980 | Plumas e Paetês | Renato / Paulo | Telenovela |
1981 | Brilhante | Oswaldo / Sidney | Telenovela |
1982 | Final Feliz | Rodrigo | Telenovela |
1982 | Paraíso | Faustinho | Telenovela |
1983 | Bandidos da Falange | Tito Lívio | Minissérie |
1984 | Transas e Caretas | Tiago | Telenovela |
1985 | Roque Santeiro | Luis Roque Duarte | Telenovela |
1987 | Carmem | Camilo | Telenovela |
1987 | Corpo Santo | Ulisses Queirós | Telenovela |
1989 | O Salvador da Pátria | João Matos | Telenovela |
1990 | Mico Preto | Frederico | Telenovela |
1992 | Anos Rebeldes | Fábio Andrade Brito | Telenovela |
1993 | Agosto | Pedro Lomagno | Telenovela |
1993 | 'Fera Ferida | Demóstenes Maçaranduba da Costa | Telenovela |
1993 | Renascer | Delmiro Gouveia | Telenovela |
1995 | A Próxima Vítima | Marcelo Rossi | Telenovela |
1996 | Anjo de Mim | Bianor | Telenovela |
1996 | A Vida como Ela É | Narrador | Seriado |
1996 | O Fim do Mundo | Tião Socó | Telenovela |
1996 | Salsa e Merengue | Urbano | Telenovela |
1997 a 2002 | Sai de Baixo | Beto | Episódio: "Ghost Não Se Discute" / participações em voz. |
1999 | Suave Veneno | Waldomiro Cerqueira | Telenovela |
2000 | A Muralha | Dom Diego | Minissérie |
2001 | Um Anjo Caiu do Céu | Tarso | Telenovela |
2002 | Desejos de Mulher | Ariel Britz | Telenovela |
2002 | O Quinto dos Infernos | Marquês de Marialva | Minissérie |
2004 | Senhora do Destino | Giovanni Improtta | Telenovela |
2006 | JK | Juscelino Kubitschek | Minissérie |
2007 | Amazônia, de Galvez a Chico Mendes | Luis Gálvez Rodríguez de Arias | Minissérie |
2007 | Duas Caras | Francisco Macieira | Telenovela |
2008 | Três Irmãs | Augusto Pinheiro / Lázaro | Telenovela |
2009 | Cinquentinha | Daniel Lopes de Carvalho | Minissérie |
2010 | Na Forma da Lei | Dr. Mourão | Seriado |
2011 | O Bem Amado | Zeca Diabo | Minissérie |
2011 | Insensato Coração | Humberto Brandão | Telenovela / Participação especial |
2011 | A Mulher Invisível | Reinaldo Fachetti | Seriado |
2012 | O Brado Retumbante | Floriano Pedreira | Seriado |
2012 | Gabriela | Jesuíno Mendonça | Telenovela / Remake |
2013 | Amor à Vida | Herbert Marques | Telenovela |
Como diretor
Ano | Trabalho | Notas |
---|---|---|
1983 | Louco Amor | Telenovela |
1984 | Transas e Caretas | Telenovela |
1986 | Cinderela | Cinema |
1996 a 2002 | Sai de Baixo | Seriado |
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037 VISITAS ESPIRITUAIS
Sábado, 05.04.14
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036 O SONO E OS SONHOS
Sábado, 05.04.14
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O QUE É SACAROSE?
Sábado, 05.04.14
Sacarose A sacarose (C12H22O11), também conhecida como açúcar de mesa, é um tipo de glícido formado por uma molécula de glicose e uma de frutose produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese. O amido, ao ser digerido, nunca passa a ser sacarose — ele passa sempre a ser maltose. |
Utilização É formada pela união de uma molécula de glicose e uma de frutose. Encontra-se em abundância na cana-de-açúcar, frutas e na beterraba. A sacarose, o açúcar comum comercial, é amplamente distribuído entre as plantas superiores. Encontra-se na cana de açúcar (Saccharum officinarum) e na beterraba (Beta vulgaris), sendo que o suco da primeira, a garapa, contém de 15-20% e o da segunda de 14-18% de sacarose. É doce e a sua fermentação por leveduras é muito utilizada comercialmente. |
É hidrolisada com grande facilidade por ácidos diluídos, resultando da reação o ´´ açúcar invertido``, isto é, a mistura equimolar de D-glicose e D-frutose, que é levogira, porque a frutose possui rotação específica negativa (-92,4º) mais alta do que a rotação específica positiva da glicose (+52,7º). A reação é chamada de inversão e é estritamente monomolecular, isto é, a fração da sacarose presente, cindida por unidade de tempo, é constante. Assim, a velocidade da reação depende exclusivamente da concentração de sacarose. A inversão da sacarose pode ser efetuada também enzimaticamente. A invertase, que cinde os b-frutosídeos, e as a-glicosidases são as enzimas que catalisam a sua hidrólise. |
À base disso, a sacarose é considerada um a-glicosídeo e um b-frutosídeo.A sacarose não é um açúcar redutor. Isso significa que os dois grupos redutores dos monossacarídeos que a formam estão envolvidos na ligação glicosídica, ou seja, o átomo de carbono C1 da glicose e C2 da frutose devem participar da ligação. A hidrólise ácida da sacarose octometilada fornece 2,3,4,6-tetra-O-metil-D-glicose e 1,3,4,6-tetra-O-metil-D-frutose. O açúcar, como também é conhecido, é normalmente encontrado no estado sólido e cristalino. É usado para alterar (adoçar) o gosto de bebidas e alimentos. É produzido comercialmente a partir de cana-de-açúcar ou de beterraba. Pelo menos metade da energia necessária para um indivíduo viver seu dia-a-dia pode ser encontrada na natureza, sob a forma de açúcares e amidos. |
Produção no Brasil O Brasil produz açúcar a partir da cana-de-açúcar, devido a sua alta concentração de sacarose (15% a 20%) e também as condições climáticas favoráveis ao plantio. A Rússia, maior importadora de açúcar brasileiro, extraía toda a sua produção a partir da beterraba (14% a 18% de sacarose), mas devido ao preço exorbitante de sua produção optou por importar açúcar brasileiro. |
A produção brasileira de sacarose, ou açúcar comum, é basicamente a partir da extração do caldo da cana de açúcar (Sacharum officinarum). Em um processo industrial, a produção baseia-se em moer, filtrar e ferver o caldo para em seguida centrifugar o melado transformando-o em açúcar. A adição de compostos químicos ao açúcar vão definir qual o tipo que será produzido. |
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Biografia,Giordano Bruno(teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano)
Sábado, 05.04.14
Giordano Bruno Giordano Bruno (Nola, Reino de Nápoles, 15482 — Roma, Campo de Fiori, 17 de fevereiro de 1600) foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício) por heresia. É também referido como Bruno de Nola ou Nolano. |
Notas biográficas Origem e formação Filho do militar Giovanni Bruno e Fraulissa Savolino, seu nome de batismo era Filippo Bruno. Adotou o nome de Giordano quando ingressou na Ordem Dominicana, aos 15 anos de idade. No seminário, estudou Aristóteles e Tomás de Aquino, predominantes na doutrina Católica da época, doutorando-se em Teologia. Suas ideias avançadas, porém, suscitaram suspeitas por parte da hierarquia da Igreja. Em 1576 foi acusado de heresia e levado a Roma para ser julgado. Poucos meses depois, abandonou o hábito2 e em 1579 deixou a Itália. |
Iniciou-se, então, o período de peregrinação de sua vida. Em Gênova, ainda em 1579, aparentemente, adotou o Calvinismo, o que negaria mais tarde, ao ser julgado em Veneza. Acabou sendo excomungado pelos calvinistas e expulso de Gênova. Viajou sucessivamente para França (Toulouse, Paris ), Suíça e Inglaterra. Em Londres, onde permaneceu de 1583 a 1585, esteve sob a proteção do embaixador francês, e frequentou o círculo de amigos do poeta inglês Sir Philip Sidney. Em 1585, Bruno retornou a Paris, indo em seguida para Marburgo, Wittenberg, Praga, Helmstedt e Frankfurt, onde conseguiu publicar vários de seus escritos. |
Prisão, julgamento e execução Em Roma, o julgamento de Bruno durou sete anos durante os quais ele foi preso, por último, na Torre de Nona. Alguns documentos importantes sobre o julgamento estão perdidos, mas outros foram preservados e entre eles um resumo do processo, que foi redescoberto em 1940.6 As numerosas acusações contra Bruno, com base em alguns de seus livros, bem como em relatos de testemunhas, incluíam blasfêmia, conduta imoral e heresia em matéria de teologia dogmática e envolvia algumas das doutrinas básicas da sua filosofia e cosmologia. Luigi Firpo lista estas acusações feitas contra Bruno pela Inquisição Romana: sustentar opiniões contrárias à fé católica e falar contra ela a seus ministros; sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a Trindade, a divindade de Cristo e a encarnação; sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre Jesus como Cristo; sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus; sustentar opiniões contrárias à fé católica tanto sobre a Transubstanciação quanto a Missa; reivindicar a existência de uma pluralidade de mundos e suas eternidades; acreditar em metempsicose e na transmigração da alma humana em brutos, e; |
envolvimento com magia e adivinhação. Giovanni Mocenigo (1558-1623), membro de um das mais ilustres famílias venezianas, encontrou Bruno em Frankfurt em 1590 e convidou-o para ir a Veneza, a pretexto de lhe ensinar mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, em que Bruno era perito. Segundo Will Durant 8 Bruno estava havia muitos anos na lista dos procurados pela Inquisição, ansiosa por prendê-lo por suas doutrinas subversivas, mas Veneza gozava da fama de proteger tais foragidos, e o filósofo sentiu-se encorajado a cruzar os Alpes e regressar. Como Mocenigo quisesse usar as artes da memória com fins comerciais, segundo alguns, ou esperasse obter de Bruno ensinamentos de ocultismo para aumentar seu poder, prejudicar seus concorrentes e inimigos, segundo outros, Bruno se negou a ensiná-lo. Segundo Durant, Mocenigo, católico piedoso, assustava-se com "as heresias que o loquaz e incauto filósofo lhe expunha", e perguntou a seu confessor se devia denunciar Bruno à Inquisição. O sacerdote recomendou-lhe esperar e reunir provas, no que Mocenigo assentiu; mas quando Bruno anunciou seu desejo de regressar a Frankfurt, o nobre denunciou-o ao Santo Ofício. Mocenigo trancou-o num quarto e chamou os agentes da Inquisição para levarem-no preso, acusado de heresia. Bruno foi trasferido para o cárcere do Santo Ofício de San Domenico de Castello, no dia 23 de maio de 1592. No último interrogatório pela Inquisição do Santo Ofício, não abjurou e, no dia 8 de fevereiro de 1600, foi condenado à morte na fogueira. Obrigado a ouvir a sentença ajoelhado, Giordano Bruno teria respondido com um desafio: Maiori forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam ("Talvez sintam maior temor ao pronunciar esta sentença do que eu ao ouvi-la"). A execução de sua sentença ocorreu no dia 17 de fevereiro de 1600. Na ocasião teve a voz calada por um objeto de madeira posto em sua boca. |
Ideário Ao contrário do que se pensa comumente, Giordano Bruno não foi queimado na fogueira por defender o heliocentrismo de Copérnico. Um dos pontos chaves de sua cosmologia é a tese do universo infinito e povoado por uma infinidade de estrelas, como o Sol, e por outros planetas, nos quais, assim como na Terra, existiria vida inteligente. Sua perspectiva se define a partir das idéias de Nicolau da Cusa, Copérnico e Giovanni Battista della Porta. As suas ideias sobre a relatividade anteciparam as de Galileu : num universo infinito, qualquer perspectiva de qualquer objeto é sempre relativa à posição do observador, há infinitos referenciais possíveis e não existe nenhum privilegiado em relação aos demais.16 Além de defender a existência de planetas extrassolares,16 pode ter introduzido algumas idéias do que seria depois a Teoria da Evolução de Darwin13 Seu livro Spaccio de la Bestia Trionfante era um ataque à religião e mostrava o ateísmo do seu autor. |
Segundo John Gribbin, em seu livro Science: A History (1543-2001), Bruno filiou-se ao hermetismo, baseado em escrituras egípcias, da época de Moisés. Entre outras referências, esse movimento utilizava os ensinamentos atribuídos ao deus egípcio Thoth, cujo equivalente grego era Hermes (daí hermetismo), conhecido pelos seguidores como Hermes Trismegisto. Bruno teria abraçado a teoria de Copérnico porque ela se encaixava bem na ideia egípcia de um universo centrado no sol. Deus seria a força criadora perfeita que forma o mundo e que seria imanente a ele. Bruno defendia a crença nos poderes humanos extraordinários, e enfrentou abertamente a Igreja Católica e seus preceitos. |
Filosofia Giordano Bruno foi o grande defensor da ideia de infinito. "Nós declaramos esse espaço infinito, dado que não há qualquer razão, conveniência, possibilidade, sentido ou natureza que lhe trace um limite." (Giordano Bruno, Acerca do Infinito, o Universo e os Mundos, 1584). Bruno era hilozoísta (pensava que tudo tem vida) e panpsiquista (pensava que tudo tem uma natureza psíquica, uma alma). "A Terra e os astros (...), como eles dispensam vida e alimento às coisas, restituindo toda matéria que emprestam, são eles próprios dotados de vida, em uma medida bem maior ainda; e sendo vivos, é de maneira voluntária, ordenada e natural, segundo um princípio intrínseco, que eles se movem em direção às coisas e aos espaços que lhes convêm" (A ceia de cinzas). |
"Todas as formas de coisas naturais têm almas? Todas as coisas são animadas? pergunta Dicson. Theophilo, porta-voz de Bruno, responde: Sim, uma coisa, por minúscula que seja, encerra em si uma parte de substância espiritual, a qual, se encontra o sujeito [suporte] adequado, torna-se planta, animal (...); porque o espírito se encontra em todas as coisas, e não há mínimo corpúsculo que não o contenha em certa medida e que não seja por ele animado." (Causa, Princípio e Unidade, 1584). "E o que se pode dizer de cada parcela do grande Todo, átomo, mônada, pode se dizer do universo como totalidade. O mundo abriga em seu coração a Alma do mundo" (idem). "O mundo é infinito porque Deus é infinito. Como acreditar que Deus , ser infinito, possa ter se limitado a si mesmo criando um mundo fechado e limitado?" (idem) "Não é fora de nós que devemos procurar a divindade, pois que ela está do nosso lado, ou melhor, em nosso foro interior, mais intimamente em nós do que estamos em nós mesmos." (A ceia de cinzas). |
Obras De umbris idearum, 1582 Cantus Circaeus, 1582 De compendiosa architectura, 1582 Il Candelaio, 1582 Ars reminiscendi, 1583 Explicatio triginta sigillorum, 1583 Sigillus sigillorum, 1583 Le ombre delle idee, 1582 La cena de le ceneri, 1583 De l’infinito universo e mondi, 1584 De la causa, principio e uno, 1584 Spaccio de la Bestia Trionfante, 1584 Cabala del Cavallo Pegaseo, 1585 Gli eroici furori, 1585 Figuratio Aristotelici Physici auditus, 1585 Dialogi duo de Fabricii Mordentis Salernitani, 1586 Idiota triumphans, 1586 De somni interpretatione, 1586 Animadversiones circa lampadem lullianam, 1586 Lampas triginta statuarum, 1586 | Centum et viginti articuli de natura et mundo adversus peripateticos, 1586 Delampade combinatoria Lulliana, 1587 De progressu et lampade venatoria logicorum, 1587 Oratio valedictoria, 1588 Camoeracensis Acrotismus, 1588 De specierum scrutinio, 1588 Articuli centum et sexaginta adversus huius tempestatismathematicos atque Philosophos, 1588 Oratio consolatoria, 1589 De magia, 1591 De vinculis in genere, 1591 De triplici minimo et mensura, 1591 De monade numero et figura, 1591 De innumerabilibus, immenso, et infigurabili, 1591 De imaginum, signorum et idearum compositione, 1591 Summa terminorum metaphisicorum, 1595 Artificium perorandi, 1612 |