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BIOGRAFIA,TIRADENTES

Sexta-feira, 13.06.14

            Tiradentes
dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial (1530-1815), mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.
O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem.
Dia de Tiradentes

Biografia
Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais.
Joaquim José da Silva Xavier era filho do português Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da brasileira Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo sido o quarto dos nove filhos.
Dia de Tiradentes
Em 1767, após o falecimento de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São Antônio; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um primo, que era cirurgião dentista. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes.

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781 foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos corruptos e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.

tiradentes sendo preso

Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Fez parte de um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.

A Inconfidência mineira

Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade da cana de açúcar, a reforma econômica a metrópole portuguesa de D.João V instituiu medidas que garantissem o Quinto, imposto que obrigava os residentes das Minas Gerais a pagar, semestralmente, cem arrobas de prata, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Antônio Oliveira Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos.

Resposta de Tiradentes


 O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos , mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.
O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da "confidência" sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população.

Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério dos Reis.

Joaquim Silvério dos Reis o dedo duro

Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.

Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim José dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.
Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar industrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás António Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista o direito de autonomia da população feminina.

     Julgamento e sentença
Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que continuou condenado à pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.
Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas e as Ordenações Filipinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Filipinas:

(-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.” 

Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer
.

INDEPENDÊNCIA

Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.

Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.
Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.

JUSTIÇA que a Rainha Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião e alta traição de que se constituiu chefe, e cabeça na Capitania de Minas Gerais, com a mais escandalosa temeridade contra a Real Soberana e Suprema Autoridade da mesma Senhora, que Deus guarde.
MANDA que com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta Cidade ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Vila Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua habitação, até que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos e pregados em iguais postes pela estrada de Minas nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha e Sebollas; que a casa da sua habitação seja arrasada, e salgada e no meio de suas ruínas levantado um padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delito e que ficando infame para seus filhos, e netos lhe sejam confiscados seus bens para a Coroa e Câmara Real. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792, Eu, o desembargador Francisco Luiz Álvares da Rocha, Escrivão da Comissão que o escrevi. Sebão. Xer. de Vaslos. Cout
.

a estatua do heroi nacional

Legado de Tiradentes perante a história do Brasil
Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura, dado o fato de que o Brasil continuou sendo uma monarquia após a independência do Brasil, e, durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, contra a qual Tiradentes conspirara, e, que havia emitido a sentença de morte de Tiradentes e comutado as penas dos demais inconfidentes. Durante a fase imperial do Brasil, Tiradentes também não era aceito pelo fato de ele ser republicano. O "Código Criminal do Império do Brasil", sancionado em 16 de dezembro de 1830, também previa penas graves para quem conspirasse contra o imperador e contra a monarquia
(    Art. 87. Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o Imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo.   


cidade mineira TIRADENTES

Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a raspar barba e cabelo a fim de evitar piolhos. Também, o nome do movimento, "Inconfidência Mineira", e de seus participantes, os "inconfidentes", foi cunhado posteriormente, denotando o caráter negativo da sublevação – inconfidente é aquele que trai a confiança. Outra versão diz que por inconfidência era termo usado na legislação portuguesa na época colonial e que "entendia-se por inconfidência a quebra da fidelidade devida ao rei, envolvendo, principalmente, os crimes de traição e conspiração contra a Coroa", e, que para julgar estes crimes eram criadas "juntas de inconfidência".


Tiradentes por J. Wasth Rodrigues

Historiadores como Francisco de Assis Cintra e o brasilianista Kenneth Maxwell procuram diminuir a importância de Tiradentes, enquanto autores mineiros como Oilian José e Waldemar de Almeida Barbosa procuram ressaltar sua importância histórica e seus feitos, baseando-se, especialmente, em documentos sobre ele existente no Arquivo Público Mineiro.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o Palácio Tiradentes que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. No local onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.

 Descendência
A questão da descendência de Tiradentes é controversa. Há poucas provas documentais sobre os mesmos.
Tiradentes nunca se casou. Teve um caso com Antónia Maria do Espírito Santo, a quem prometeu casamento e teve uma filha, Joaquina da Silva Xavier (31 de agosto de 1786 . Constam autos do processo de Antónia Maria descobertos no Arquivo Público Mineiro que a mesma pediu a posse de um escravo que Tiradentes lhe havia dado e havia sido confiscado após sua morte.   Ali é citada sua filha (cujo padrinho foi o também inconfidente Domingos de Abreu Vieira, rico comerciante) e faz dela a única descendente direta comprovada por documentação. Tiradentes também teria querido casar-se com uma moça de nome Maria, oriunda de São João del-Rei, filha de abastados portugueses que se opuseram à união. 
Sem registros comprovados por documentação, Tiradentes teria tido com Eugênia Joaquina da Silva dois filhos, uma Joaquina que logo morreu      e João de Almeida Beltrão, que teve oito filhos.

O CORPO ESQUARTEJADO DE TIRADENTES FORMA O MAPA DO BRASIL

Para escapar das perseguições da coroa e da população, um destes netos trocou seu sobrenome para Zica, dos quais alguns descendentes recebem pensões .
Viveu em Uberaba, uma neta de Tiradentes, nascida em março de 1819, Carolina Augusta Cesarina, falecida, com 86 anos de idade, em 30 de setembro de 1905, em Uberaba.
A lei 7.705, de 21 de dezembro de 1988, concedeu pensão especial a Jacira Braga de Oliveira, Rosa Braga e Belchior Beltrão Zica, trinetos de Tiradentes. 
Além destes, também foi concedida à sua tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da Lei federal 9.255/96, uma pensão especial do INSS no valor de R$ 200,00, o que causou polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado pelo STF no agravo de instrumento 623.655. 
Carnaval


palacio tiradentes assembleia legislativa do rio

Tiradentes recebeu grande homenagem popular do G.R.E.S. Império Serrano, que desfilou em 1949 entoando o samba Exaltação a Tiradentes, cujos autores são Mano Décio, Estanislau Silva e Penteado.
Em 2008, no desfile da Viradouro, RJ, o destaque principal do carro n.º 5 "execução da liberdade" estava fantasiado de Tiradentes. (desfile "É de Arrepiar!", de Paulo Barros - campeão em 2010)
Cinema, televisão e livros
1953 - Romanceiro da Inconfidência, livro de Cecília Meireles
1966 – Cristo de Lama, de Wilson Silva (ator: Waldir Maia)
1969 – Dez Vidas, de Ivani Ribeiro, TV Excelsior (ator: Carlos Zara)
1972 – Tiradentes, o Mártir da Independência, de Geraldo Vietri (ator: Adriano Reys).
1972 – Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade (ator: José Wilker).
1976 – Saramandaia, de Dias Gomes, Rede Globo (ator: Francisco Cuoco — aparição especial).
1999 – Tiradentes, de Oswaldo Caldeira (ator: Humberto Martins).
2007 – O Processo de Tiradentes, de Ricardo Tosto e Paulo Guilherme M. Lopes

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publicado por duronaqueda às 15:49

BIOGRAFIA,TIRADENTES

Sexta-feira, 13.06.14

            Tiradentes
dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial (1530-1815), mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.
O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem.
Dia de Tiradentes

Biografia
Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais.
Joaquim José da Silva Xavier era filho do português Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da brasileira Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo sido o quarto dos nove filhos.
Dia de Tiradentes
Em 1767, após o falecimento de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São Antônio; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um primo, que era cirurgião dentista. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes.

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781 foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos corruptos e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.

tiradentes sendo preso

Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Fez parte de um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.

A Inconfidência mineira

Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade da cana de açúcar, a reforma econômica a metrópole portuguesa de D.João V instituiu medidas que garantissem o Quinto, imposto que obrigava os residentes das Minas Gerais a pagar, semestralmente, cem arrobas de prata, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Antônio Oliveira Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos.

Resposta de Tiradentes


 O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos , mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.
O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da "confidência" sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população.

Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério dos Reis.

Joaquim Silvério dos Reis o dedo duro

Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.

Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim José dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.
Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar industrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás António Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista o direito de autonomia da população feminina.

     Julgamento e sentença
Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que continuou condenado à pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.
Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas e as Ordenações Filipinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Filipinas:

(-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.” 

Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer
.

INDEPENDÊNCIA

Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.

Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.
Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.

JUSTIÇA que a Rainha Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião e alta traição de que se constituiu chefe, e cabeça na Capitania de Minas Gerais, com a mais escandalosa temeridade contra a Real Soberana e Suprema Autoridade da mesma Senhora, que Deus guarde.
MANDA que com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta Cidade ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Vila Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua habitação, até que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos e pregados em iguais postes pela estrada de Minas nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha e Sebollas; que a casa da sua habitação seja arrasada, e salgada e no meio de suas ruínas levantado um padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delito e que ficando infame para seus filhos, e netos lhe sejam confiscados seus bens para a Coroa e Câmara Real. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792, Eu, o desembargador Francisco Luiz Álvares da Rocha, Escrivão da Comissão que o escrevi. Sebão. Xer. de Vaslos. Cout
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a estatua do heroi nacional

Legado de Tiradentes perante a história do Brasil
Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura, dado o fato de que o Brasil continuou sendo uma monarquia após a independência do Brasil, e, durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, contra a qual Tiradentes conspirara, e, que havia emitido a sentença de morte de Tiradentes e comutado as penas dos demais inconfidentes. Durante a fase imperial do Brasil, Tiradentes também não era aceito pelo fato de ele ser republicano. O "Código Criminal do Império do Brasil", sancionado em 16 de dezembro de 1830, também previa penas graves para quem conspirasse contra o imperador e contra a monarquia
(    Art. 87. Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o Imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo.   


cidade mineira TIRADENTES

Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a raspar barba e cabelo a fim de evitar piolhos. Também, o nome do movimento, "Inconfidência Mineira", e de seus participantes, os "inconfidentes", foi cunhado posteriormente, denotando o caráter negativo da sublevação – inconfidente é aquele que trai a confiança. Outra versão diz que por inconfidência era termo usado na legislação portuguesa na época colonial e que "entendia-se por inconfidência a quebra da fidelidade devida ao rei, envolvendo, principalmente, os crimes de traição e conspiração contra a Coroa", e, que para julgar estes crimes eram criadas "juntas de inconfidência".


Tiradentes por J. Wasth Rodrigues

Historiadores como Francisco de Assis Cintra e o brasilianista Kenneth Maxwell procuram diminuir a importância de Tiradentes, enquanto autores mineiros como Oilian José e Waldemar de Almeida Barbosa procuram ressaltar sua importância histórica e seus feitos, baseando-se, especialmente, em documentos sobre ele existente no Arquivo Público Mineiro.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o Palácio Tiradentes que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. No local onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.

 Descendência
A questão da descendência de Tiradentes é controversa. Há poucas provas documentais sobre os mesmos.
Tiradentes nunca se casou. Teve um caso com Antónia Maria do Espírito Santo, a quem prometeu casamento e teve uma filha, Joaquina da Silva Xavier (31 de agosto de 1786 . Constam autos do processo de Antónia Maria descobertos no Arquivo Público Mineiro que a mesma pediu a posse de um escravo que Tiradentes lhe havia dado e havia sido confiscado após sua morte.   Ali é citada sua filha (cujo padrinho foi o também inconfidente Domingos de Abreu Vieira, rico comerciante) e faz dela a única descendente direta comprovada por documentação. Tiradentes também teria querido casar-se com uma moça de nome Maria, oriunda de São João del-Rei, filha de abastados portugueses que se opuseram à união. 
Sem registros comprovados por documentação, Tiradentes teria tido com Eugênia Joaquina da Silva dois filhos, uma Joaquina que logo morreu      e João de Almeida Beltrão, que teve oito filhos.

O CORPO ESQUARTEJADO DE TIRADENTES FORMA O MAPA DO BRASIL

Para escapar das perseguições da coroa e da população, um destes netos trocou seu sobrenome para Zica, dos quais alguns descendentes recebem pensões .
Viveu em Uberaba, uma neta de Tiradentes, nascida em março de 1819, Carolina Augusta Cesarina, falecida, com 86 anos de idade, em 30 de setembro de 1905, em Uberaba.
A lei 7.705, de 21 de dezembro de 1988, concedeu pensão especial a Jacira Braga de Oliveira, Rosa Braga e Belchior Beltrão Zica, trinetos de Tiradentes. 
Além destes, também foi concedida à sua tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da Lei federal 9.255/96, uma pensão especial do INSS no valor de R$ 200,00, o que causou polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado pelo STF no agravo de instrumento 623.655. 
Carnaval


palacio tiradentes assembleia legislativa do rio

Tiradentes recebeu grande homenagem popular do G.R.E.S. Império Serrano, que desfilou em 1949 entoando o samba Exaltação a Tiradentes, cujos autores são Mano Décio, Estanislau Silva e Penteado.
Em 2008, no desfile da Viradouro, RJ, o destaque principal do carro n.º 5 "execução da liberdade" estava fantasiado de Tiradentes. (desfile "É de Arrepiar!", de Paulo Barros - campeão em 2010)
Cinema, televisão e livros
1953 - Romanceiro da Inconfidência, livro de Cecília Meireles
1966 – Cristo de Lama, de Wilson Silva (ator: Waldir Maia)
1969 – Dez Vidas, de Ivani Ribeiro, TV Excelsior (ator: Carlos Zara)
1972 – Tiradentes, o Mártir da Independência, de Geraldo Vietri (ator: Adriano Reys).
1972 – Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade (ator: José Wilker).
1976 – Saramandaia, de Dias Gomes, Rede Globo (ator: Francisco Cuoco — aparição especial).
1999 – Tiradentes, de Oswaldo Caldeira (ator: Humberto Martins).
2007 – O Processo de Tiradentes, de Ricardo Tosto e Paulo Guilherme M. Lopes

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Tiririca (artista)

Sexta-feira, 13.06.14

      Tiririca (artista)
Francisco Everardo Oliveira Silva  (Itapipoca, 1 de maio de 1965), conhecido pelo nome artístico de Tiririca, é um cantor, compositor, humorista, e político brasileiro. Recentemente filiado ao Partido da República, Tiririca foi eleito deputado federal por São Paulo, tendo sido o segundo deputado mais votado em toda a história do Brasil.

      Biografia

Aos oito anos, começou a trabalhar em circo na cidade natal Itapipoca, onde atuava como palhaço e a alcunha de Tiririca o acompanha desde a infância, devido à personalidade muito forte de que gozava. O apelido foi dado pela mãe, quando o filho era mal-humorado e zangado. Frase mais famosa: "Ora menino, só sendo mesmo menino, menino!". Nesta época, as apresentações de Tiririca em barracas — espécies de pequenos circos, muito comuns no Nordeste, Tiririca, viveu por muito tempo em Cascavel, Pindoretama, Aquiraz e adjacentes litoral leste, no Ceará, onde tinha seus pequenos circos que animavam a cidade, valendo destacar um grande número: "Não Percam o Homem Que Vira Peixe", na hora do espetáculo Tiririca pegava um peixe morto enfiava-lhe um espeto e saia girando.

E despertando gargalhadas. Com o talento passou a mostrar sua habilidade em Fortaleza e região metropolitana, onde seu sucesso e fama se tornaram cada vez mais constantes.
Devido ao grande sucesso alcançado nesses espetáculos, os barraqueiros da região se cotizaram e pagaram as primeiras mil cópias do CD de estreia, que bateu índices recordes de vendagem mais de 1,5 milhão de cópias, isso graças à exaustiva execução nas rádios da canção de estilo regional nordestino Florentina, no repertório deste. Distribuída inicialmente pelas regiões de Juazeiro e Pernambuco,

pouco tempo depois a música se tornou conhecida nacionalmente. A gravadora Sony Music comprou o disco e o lançou nacionalmente. Tiririca também bateu recordes de audiência em programas televisivos, que anteriormente pertenciam ao grupo Mamonas Assassinas e outra canção que obteve relevante sucesso foi Eu Sou Chifrudo. O primeiro CD também causou muita polêmica, pois continha a canção Veja os cabelos dela, considerada por muitos como racista.

Não obstante, os discos foram apreendidos, a execução das canções pelas rádios foi proibida e Tiririca foi processado por racismo. Ao fim, ele acabou sendo absolvido da acusação. Em 1997, gravou o segundo CD (Tiririca), com destaque para as canções O Padroeiro do Ceará, Índia e Ele é Corno mas é meu Amigo. Depois de um breve afastamento da mídia motivado por problemas pessoais, ressurge em 1999 com o lançamento do terceiro CD (Dança da Rapadura), lançado pela independente Indie Records. O maior sucesso do disco foi a canção Casado com uma Viúva. Outra gravação de Tiririca foi a música "Índia", de Cascatinha e Inhana. A grande diferença, porém, é que durante a música inteira Tiririca só cantou a primeira frase da letra original: "Índia seus cabelos".

  Na TV

Realizando uma série de espetáculos, no mesmo ano ingressou na Rede Record onde fez parte do elenco fixo do humorístico Escolinha do Barulho, abandonando temporariamente a atividade musical. Antes fora contrato da Rede Manchete aonde protagonizava um programa infantil. Posteriormente transferiu-se para o SBT, onde tinha um quadro fixo no programa A Praça é Nossa. Lançou o CD Alegria do Forró e retornou à Rede Record onde participava do programa Show do Tom, apresentado pelo também humorista Tom Cavalcante até ser eleito em 2010.

 Eleições 2010
Em 2010, Tiririca lançou sua candidatura para deputado federal pelo estado de São Paulo por meio do Partido da República. Utiliza bordões como "O que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto", ou "Pior do que tá não fica, vote Tiririca". Tais bordões levaram um candidato a deputado estadual a representá-lo junto ao Ministério Público Eleitoral, sob o fundamento de que estaria afrontando o Congresso Nacional e o poder público em geral. A representação, contudo, foi arquivada.  Além do mais, Tiririca é apontado como um analfabeto pela Revista Época, o que também pode impugnar sua candidatura.  No dia 3 de outubro de 2010 Tiririca torna-se o Deputado Federal mais votado do Brasil e eleito pelo estado de São Paulo com 1.348.295 (6,35%).  Em 30 de outubro de 2010 a defesa de Tiririca alegou que ele sofre de Transtorno de Desenvolvimento da Expressão Escrita, uma deficiência motora que o impediria de segurar uma caneta com firmeza. A defesa afirma que Tiririca contou com o auxílio de sua mulher para escrever de próprio punho a declaração de alfabetização, exigida pela Lei Eleitoral. A mulher de Tiririca teria apoiado sua mão sobre a mão do marido para ajudá-lo a firmar a caneta no momento da redação. Por causa da deficiência, diz a defesa, Tiririca também estaria impossibilitado de fazer testes de escrita.


A explicação contradiz o vídeo gravado por ÉPOCA em setembro, que deu origem às suspeitas de analfabetismo. As imagens mostram Tiririca dando autógrafo a um fã. Em pé, de improviso, Tiririca segura um caderno com a mão esquerda e rabisca uma assinatura circular com a mão direita. O humorista ainda desenha o que seriam as letras de seu nome. Ele não demonstra nenhum sinal de dificuldade para segurar a caneta.  Após muita polêmica, em 17 de dezembro o candidato foi o primeiro a ser diplomado na Assembleia Legislativa em São Paulo. Tiririca foi aplaudido pelas pessoas que estavam nas galerias e pretende focar seus projetos nas áreas de educação e cultura, na defesa de artistas circenses em geral e ciganos.  Tiririca vai integrar a comissão de educação e cultura da câmara. Essa informação, confirmada pelo líder da casa, Lincoln Portela, vai ser oficializada dia 1º de março, segundo o PR. Em abril de 2011 se envolveu em controvérsia ao empregar dois amigos humoristas como assessores, sem obrigá-los a cumprir expediente diário na Câmara e gratificando-os com salário de R$ 8 mil cada.   Em 2012 ele foi cotado como pré-candidato para a prefeitura de São Paulo.

 O Curral

Em O Curral, quadro do Show do Tom apresentado por Cabritto Jr. (Sátira a Britto Jr.) Tiririca fez Dado Tiribella (Dado Dolabella). 
Em O Curral 2, sátira da segunda edição do reality show A Fazenda, fez Tiririca Bacchi, versão de Karina Bacchi para o programa na época. 
Curiosamente, Dado Dolabella e Karina Bacchi, os vencedores das duas primeiras edições de A Fazenda foram satirizados por Tiririca em O Curral.

Tiririca é eleito um dos melhores parlamentares do Brasil
YAHOO 19/09/2012 13h15 

Ridicularizado quando eleito, o deputado federal Tirirca (PR-SP) deve estar rindo à toa de seus detratores. Com um desempenho acima do esperado e superior ao de muitos de seus colegas com mais anos de Casa, o segundo parlamentar mais votado da história da nação foi indicado como um dos 25 melhores deputados do ano pelos jornalistas que cobrem o Congresso.

O Prêmio Congresso em Foco, em sua sétima edição, definirá os melhores parlamentares em diversas categorias em votação aberta na internet até o dia 8 de novembro. Na eleição entre os jornalistas, Tiririca recebeu 14 votos. Ficou entre os 15 mais votados na Câmara. “Para mim, só de estar na lista é uma vitória. Não sou político, estou político. É uma diferença grande. Estou bem pra caramba. E o mais importante: sem deixar de ser eu mesmo aqui”, contou o palhaço ao site do Congresso em Foco.

Tiririca participou de todas as sessões no plenário da Câmara, foi assíduo na Comissão de Educação e Cultura e está com um projeto de sua autoria que beneficia trabalhadores de circo bem encaminhado na Casa. “Estou superfeliz com isso, mostrando para os meus eleitores que eles não deram voto perdido. Não estou fazendo feio. Não quero decepcionar o povo nem me decepcionar”, afirmou.

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou, no último dia 22, um projeto de lei apresentado por Tiririca que garante aos profissionais do circo a inclusão na Lei Orgânica de Assistência Social, o que permite que eles sejam atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, a proposta segue para a Comissão de Constituiçao e Justiça (CCJ). Caso aprovada, vai para votação no plenário. 

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1160124-tiririca-reclama-de-interesses-no-congresso-e-admite-abandonar-a-politica.shtml
Tiririca reclama de 'interesses' no Congresso e admite abandonar a política

O deputado federal Tiririca (PR-SP) afirmou que existem "outros interesses" no Congresso e que, por conta disso, admite que talvez não tente a reeleição nas eleições de 2014. Ele se disse "desacreditado da política".

"Eu não sei se pretendo continuar, por ser muito difícil lá dentro [da Câmara dos Deputados]", disse Tiririca, nesta quarta-feira (26), em entrevista à Rádio Liberdade FM, de Aracaju (SE).
alhaço eleito com 1,3 milhão de votos, ele demonstra decepção com a burocracia do Congresso. "Eu pensei que chegando à condição que eu cheguei, ia lá e ia aprovar projetos que iam beneficiar a população e essas coisas todas, mas não é assim. Há outros interesses", afirmou.

Na entrevista à rádio, Tiririca também disse que, "para boa parte da população, o político é visto como ladrão", mas ressaltou que se sente "muito feliz" quando as pessoas o elogiam por seu trabalho na Câmara.

ENTREVISTA AO 
http://congressoemfoco.uol.com.br/
“Deputados se acham demais”, diz Tiririca
Em sua primeira experiência política, parlamentar afirma que colegas gostam mesmo é do poder e não falam para os colegas em plenário, mas para quem assiste às transmissões pela TV

Na galhofa, o palhaço Tiririca se elegeu deputado dizendo que não sabia o que fazia um deputado. Pedia voto para poder contar depois. Desde que assumiu na Câmara, ele já tem a resposta pronta na ponta da língua, e a repete como um mantra: “Trabalha muito e produz pouco”. Mas o deputado aprendeu outra coisa: seus colegas gostam mesmo é do poder.

“Esse negócio aqui é o poder. A galera gosta do poder, muitos se acham demais aqui. Não me sinto assim”, afirma. Ele diz entender por que ninguém presta atenção no discurso do outro. “Os deputados não estão ali no plenário falando para os colegas. Estão falando para a televisão. É igual quando a gente grava na TV. Os deputados também estão falando para a plateia em casa”, observa.

Tiririca diz que, apesar de circular com um broche parlamentar graças à segunda maior votação obtida por um deputado na história do país, não mudou seu comportamento. “Não mudei. Sou a mesma pessoa, não dou carteirada em ninguém. As pessoas na rua me chamam de abestado. Se falam isso para outro deputado, vai ter briga. Acho até estranho me chamarem de senhor.” Nestas eleições, o deputado tem viajado país afora, ajudando o partido a eleger prefeitos.

Leia a íntegra da entrevista de Tiririca:

Congresso em Foco – O senhor foi indicado por 186 jornalistas que cobrem o Congresso como um dos 25 melhores deste ano. A que o senhor atribui essa indicação?
Tiririca – Sou um dos nove mais assíduos na Câmara. Estou publicando boletim divulgando onde coloquei as verbas das minhas emendas. Estou prestando contas para o povo, fazendo a minha parte e obrigação. Isso é bacana. O político é muito mal visto pela população, mas, por onde viajo, tenho recebido muitos elogios das pessoas. Só de ser citado nessa votação, no meio de 513 deputados, é algo fantástico. Eu não sou político, estou político. É uma diferença grande. Estou bem pra caramba. E o mais importante: sendo eu aqui. No começo, imaginava que só poderia ser aquela coisa de terno. Aqui, sou eu mesmo, os caras me respeitam. Estou dentro do regimento, sendo eu mesmo. Isso é maravilhoso.

O senhor não mudou como deputado?
Não mudei. Sou a mesma pessoa, não dou carteirada em ninguém. As pessoas na rua me chamam de abestado. Se falam isso para outro deputado, vai ter briga. Acho até estranho me chamarem de senhor. Digo para as pessoas ficarem à vontade para me chamarem de você. Outro dia um segurança da Câmara me barrou na entrada de um restaurante aqui. Se fosse outro deputado, dava carteirada. Aceitei as desculpas. Esse negócio aqui é o poder. A galera gosta do poder, muitos se acham demais aqui. Não me sinto assim. Além disso, tenho uma assessoria boa pra caramba. Não é porque você foi o mais votado que vai ficar se achando. Isso é bobeira. Eu sou eu, venho aqui de tênis. No começo, a galera falava. Não estou fugindo do regimento. O pessoal, quando me vê, diz que sou simples, igual na TV. Para onde vou, é foto. A gente faz uma bagunça.

O senhor chegou aqui cercado de desconfiança. Acredita que superou isso em menos de dois anos de mandato?
A desconfiança era geral, até mesmo do povo que votou em mim. Votaram em mim por eu ser algo diferente, queriam ver o que eu iria fazer. Mas sempre disse que a coisa aqui na Câmara seria séria.

O que o senhor mais aprendeu aqui desde que chegou?
É muito difícil aprovar algum projeto. Tem parlamentar com vários mandatos que nunca conseguiu nada. Estou no primeiro mandato, e o meu projeto que trata dos circenses foi aprovado na Comissão de Seguridade Social. Agora vai para a CCJ. Estou superfeliz com isso, mostrando para os meus eleitores que eles não deram voto perdido. Não estou fazendo feio. Não quero decepcionar o povo nem me decepcionar. Não basta apresentar projeto, tem de ficar em cima, porque é complicado. A gente está fazendo reuniões, cobrando.

O senhor considera que evoluiu como deputado do ano passado pra cá?
Evoluí em tudo. Agora estou totalmente seguro de como funciona a Casa, de como deve ser. Não quero errar em nada. Estou com esse pensamento. A gente vê como funciona. Aí, você aprende que vai por um caminho legal ou um caminho errado. Você tem essa oportunidade de estar aprendendo. É bacana ver parlamentar com dez, nove mandatos, admitir que estava com medo que eu fizesse palhaçada e que agora vem me dar os parabéns. Estou respeitando eles, e eles me respeitam.
Alegria do Forr
O senhor se sente mais cobrado do que os outros parlamentares?
Eu me sinto vigiado aqui 24 horas. Muitos pensaram que eu não ia ser levado a sério. Quem me dá parabéns talvez nem curtisse meu trabalho como comediante, mas se surpreendeu. Muitos que meteram o pau em mim na imprensa agora me cumprimentam, dizendo que se surpreenderam.

Quem, por exemplo?
Prefiro não falar nomes.

O que mais o incomoda aqui?
Como sou um cara do humor, ficou preso aqui. Sou bicho solto no mundo. Tanto que, se me prendem no humor, não rendo nada. Vou seguir o texto, mas do meu jeito. Na TV, me deixam à vontade, porque acreditam que é assim que funciona. Aqui cheguei preso. Caramba, o que estou fazendo aqui? Sentia que as pessoas me olhavam atravessado: este cara vem fazer palhaçada. Mas a gente está surpreendendo.

Já se considera plenamente adaptado à atividade parlamentar?
Venho segunda à noite para cá, porque tenho medo de o voo atrasar na terça e eu ter de faltar. Terça de manhã já tem comissão. Terça e quarta são dias de receber as pessoas no gabinete. É gente demais, do país todo, que vem tirar fotos e dizer que está acompanhando o meu trabalho na Câmara. Estou feliz por isso. Estou totalmente adaptado, já sei como funcionam as coisas.

O senhor considera que tem menos espaço para errar aqui do que seus colegas?
Cabe a você caminhar pelo caminho certo ou errado. Aqui, tem esses dois caminhos. A responsabilidade é maior, qualquer vacilo que eu der, a imprensa e os colegas vão cair de cima: “Oh, o palhaço está fazendo palhaçada”. Quando você faz trabalho legal, os colegas mais experientes não vão querer ficar para trás e passam a fazer a coisa legal também: “Um doidinho vem do circo e está fazendo as coisas, por que a gente vai ficar pra trás?” É bom para o povo chegar sangue novo, um cara que não é da área. Isso é maravilhoso.

O senhor já pensa em buscar a reeleição?
Nisso ainda não penso. Penso em terminar o mandato legal. É isso que estou fazendo. É uma coisa de cada vez. No momento, estou feliz, estou gostando. Estou fazendo coisas que, como artista, jamais poderia fazer para o povo. De onde ia tirar dinheiro do bolso para saúde, educação e esporte? Não tinha como. Mas, com emenda parlamentar, posso. Tenho verba anual para mandar para essas áreas.


Como o senhor define o seu mandato?
Diria que está muito bom. Está sendo positivo. É muito legal as pessoas se aproximarem e dizerem que estão acompanhando. Costumo dizer que sou um cara de muita sorte. Conseguir me transformar em político e ser reconhecido na rua, com as pessoas chegando até mim e me parabenizando… Político é mal visto pra caramba, acham que é mais um que vai roubar. As pessoas me dizem diretamente que estão de saco cheio de político. Estou fazendo um trabalho maravilhoso. Sou o único com essa bandeira do circo. Sou um cara circense. E estou firme nessa bandeira. Pode não dar em nada, mas estou fazendo muito barulho. O circo está sendo lembrado. Pessoas que nunca imaginei que fossem de circo estão dando a cara para bater. As pessoas não têm mais vergonha de falar que são de circo. Deu uma grande abertura.

O senhor teve de se reinventar aqui?
É uma loucura total, era tudo novo pra mim. No começo, eu pensava: “Poxa, o cara fala no plenário e ninguém presta atenção. Isso é um absurdo”. Por isso que o Clodovil ficou chocado. Com o tempo, você entende que a mecânica da coisa aqui é assim. Os deputados não estão ali no plenário falando para os colegas. Estão falando para a televisão. É igual quando a gente grava na TV. Os deputados também estão falando para a plateia em casa. Não estou bagunçando o trabalho de ninguém, sou um cara verdadeiro. Já sei o que deputado faz, trabalha muito e produz pouco. O mínimo que você pode fazer é não faltar às votações, estar nas comissões, isso é uma obrigação do parlamentar. Quero seguir sempre essa linha, se Deus quiser.

O senhor se arrepende de algo neste um ano e meio de mandato?
De nada. Eu me surpreendi porque sou um cara livre. Se você quer levar a coisa a sério, vira uma obrigação. Se você entrou no negócio, tem de dar o máximo de você. Não gosto de ficar preso.

Quais são seus objetivos imediatos aqui na Câmara?
Aprovar o projeto do circo. Se ele for aprovado, meu mandato já terá cumprido sua missão. Será sensacional. No primeiro mandato, e ter uma lei aprovada! Agora é continuar esse trabalho para terminar o mandato legal. O que vem depois eu não sei, ainda não tenho na cabeça. Quero terminar bem o mandato, fazendo algo pelo povo, não decepcionar os eleitores nem os fãs.

O senhor chegou a ter o nome especulado para disputar a prefeitura de São Paulo. Ficou frustrado pelo fato de o partido não ter levado sua candidatura adiante?
Eu vi que não estava preparado. Não é assim, não dá pra fazer isso. Isso requer muita experiência e tempo na política. Fiquei feliz por terem lembrado do meu nome, mas não teria condições.

Como tem sido sua participação nestas eleições?
Estou viajando para o partido. Já fiz uma porrada de viagens. Já fui para a Bahia, o Acre e várias cidades de São Paulo. As perguntam para os parlamentares de estados diferentes como é o Tiririca. E o partido me leva para dar palestra. No inicio do mandato, eu dava meu depoimento, lembrando que era palhaço de circo e que era possível fazer algo na política. Agora tenho viajado para pedir votos. Eu subo no palanque, conto minha história e digo para as pessoas votarem em quem elas quiserem. Eu não peço para votar em fulano. Digo assim: se você se identificou e acha que deve votar nele, vote.

Mas o senhor não teme ser usado politicamente?
Procuro me informar antes sobre os candidatos. A gente recuou algumas vezes, porque mando a assessoria ver quem é o cara. Se ele está enrascado, não vou queimar meu nome. Comecei a trabalhar como artista aos 8 anos e estou com 47 agora. Tenho 39 anos de estrada como artista. Porque assim não vou me queimar só politicamente. É complicado pra caramba, tem de ter noção que não dá pra fazer tudo.

Tiririca vira jogo no Facebook
Depois de ser eleito o candidato mais popular do país, com mais de um milhão de votos, o humorista Tiririca precisa correr para chegar a capital federal e exercer seu cargo. Essa é a história de Tiririca Game, um joguinho para o Facebook que garante muita diversão.

Aqui, você deve ajudar o abestado Tiririca em sua missão, guiando o palhaço em sua caminhada por  muitos estados brasileiros. No caminho, Tiririca deve desviar de pássaros, piranhas e precipícios. O jogador deve conduzir Tiririca na busca por letras para completar seu nome de batismo., além de recolher, laranjas maduras.


O jogador tem três chapéus coloridos (ou seja, vidas) em cada fase. O estilo do jogo é semelhante ao que consagrou personagens como Mário e Sonic na década de 90. A trilha sonora é repetitiva, mas não enjooa. A abertura do jogo pode te arrancar boas risadas e o a tela de “restart” é um trocadilho bem bolado. 
Tirica Game é um ótimo aplicativo para o Facebook, projetado de um modo que não lota sua caixa de mensagens da rede social, o internauta decide se posta o resultado em seu perfil ou não. Diversão garantida que vale a pena! 

   Obras publicadas

AS PIADAS fantárdigas do Tiririca. São Paulo: Matrix, 2006. Co-autor da obra. 
              Discografia

Florentina (1997)
Dança da Rapadura (1999)
 Canções de sucesso

1996: O Padroeiro do Ceará
1996: Florentina

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publicado por duronaqueda às 15:48

Tiririca (artista)

Sexta-feira, 13.06.14

      Tiririca (artista)
Francisco Everardo Oliveira Silva  (Itapipoca, 1 de maio de 1965), conhecido pelo nome artístico de Tiririca, é um cantor, compositor, humorista, e político brasileiro. Recentemente filiado ao Partido da República, Tiririca foi eleito deputado federal por São Paulo, tendo sido o segundo deputado mais votado em toda a história do Brasil.

      Biografia

Aos oito anos, começou a trabalhar em circo na cidade natal Itapipoca, onde atuava como palhaço e a alcunha de Tiririca o acompanha desde a infância, devido à personalidade muito forte de que gozava. O apelido foi dado pela mãe, quando o filho era mal-humorado e zangado. Frase mais famosa: "Ora menino, só sendo mesmo menino, menino!". Nesta época, as apresentações de Tiririca em barracas — espécies de pequenos circos, muito comuns no Nordeste, Tiririca, viveu por muito tempo em Cascavel, Pindoretama, Aquiraz e adjacentes litoral leste, no Ceará, onde tinha seus pequenos circos que animavam a cidade, valendo destacar um grande número: "Não Percam o Homem Que Vira Peixe", na hora do espetáculo Tiririca pegava um peixe morto enfiava-lhe um espeto e saia girando.

E despertando gargalhadas. Com o talento passou a mostrar sua habilidade em Fortaleza e região metropolitana, onde seu sucesso e fama se tornaram cada vez mais constantes.
Devido ao grande sucesso alcançado nesses espetáculos, os barraqueiros da região se cotizaram e pagaram as primeiras mil cópias do CD de estreia, que bateu índices recordes de vendagem mais de 1,5 milhão de cópias, isso graças à exaustiva execução nas rádios da canção de estilo regional nordestino Florentina, no repertório deste. Distribuída inicialmente pelas regiões de Juazeiro e Pernambuco,

pouco tempo depois a música se tornou conhecida nacionalmente. A gravadora Sony Music comprou o disco e o lançou nacionalmente. Tiririca também bateu recordes de audiência em programas televisivos, que anteriormente pertenciam ao grupo Mamonas Assassinas e outra canção que obteve relevante sucesso foi Eu Sou Chifrudo. O primeiro CD também causou muita polêmica, pois continha a canção Veja os cabelos dela, considerada por muitos como racista.

Não obstante, os discos foram apreendidos, a execução das canções pelas rádios foi proibida e Tiririca foi processado por racismo. Ao fim, ele acabou sendo absolvido da acusação. Em 1997, gravou o segundo CD (Tiririca), com destaque para as canções O Padroeiro do Ceará, Índia e Ele é Corno mas é meu Amigo. Depois de um breve afastamento da mídia motivado por problemas pessoais, ressurge em 1999 com o lançamento do terceiro CD (Dança da Rapadura), lançado pela independente Indie Records. O maior sucesso do disco foi a canção Casado com uma Viúva. Outra gravação de Tiririca foi a música "Índia", de Cascatinha e Inhana. A grande diferença, porém, é que durante a música inteira Tiririca só cantou a primeira frase da letra original: "Índia seus cabelos".

  Na TV

Realizando uma série de espetáculos, no mesmo ano ingressou na Rede Record onde fez parte do elenco fixo do humorístico Escolinha do Barulho, abandonando temporariamente a atividade musical. Antes fora contrato da Rede Manchete aonde protagonizava um programa infantil. Posteriormente transferiu-se para o SBT, onde tinha um quadro fixo no programa A Praça é Nossa. Lançou o CD Alegria do Forró e retornou à Rede Record onde participava do programa Show do Tom, apresentado pelo também humorista Tom Cavalcante até ser eleito em 2010.

 Eleições 2010
Em 2010, Tiririca lançou sua candidatura para deputado federal pelo estado de São Paulo por meio do Partido da República. Utiliza bordões como "O que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto", ou "Pior do que tá não fica, vote Tiririca". Tais bordões levaram um candidato a deputado estadual a representá-lo junto ao Ministério Público Eleitoral, sob o fundamento de que estaria afrontando o Congresso Nacional e o poder público em geral. A representação, contudo, foi arquivada.  Além do mais, Tiririca é apontado como um analfabeto pela Revista Época, o que também pode impugnar sua candidatura.  No dia 3 de outubro de 2010 Tiririca torna-se o Deputado Federal mais votado do Brasil e eleito pelo estado de São Paulo com 1.348.295 (6,35%).  Em 30 de outubro de 2010 a defesa de Tiririca alegou que ele sofre de Transtorno de Desenvolvimento da Expressão Escrita, uma deficiência motora que o impediria de segurar uma caneta com firmeza. A defesa afirma que Tiririca contou com o auxílio de sua mulher para escrever de próprio punho a declaração de alfabetização, exigida pela Lei Eleitoral. A mulher de Tiririca teria apoiado sua mão sobre a mão do marido para ajudá-lo a firmar a caneta no momento da redação. Por causa da deficiência, diz a defesa, Tiririca também estaria impossibilitado de fazer testes de escrita.


A explicação contradiz o vídeo gravado por ÉPOCA em setembro, que deu origem às suspeitas de analfabetismo. As imagens mostram Tiririca dando autógrafo a um fã. Em pé, de improviso, Tiririca segura um caderno com a mão esquerda e rabisca uma assinatura circular com a mão direita. O humorista ainda desenha o que seriam as letras de seu nome. Ele não demonstra nenhum sinal de dificuldade para segurar a caneta.  Após muita polêmica, em 17 de dezembro o candidato foi o primeiro a ser diplomado na Assembleia Legislativa em São Paulo. Tiririca foi aplaudido pelas pessoas que estavam nas galerias e pretende focar seus projetos nas áreas de educação e cultura, na defesa de artistas circenses em geral e ciganos.  Tiririca vai integrar a comissão de educação e cultura da câmara. Essa informação, confirmada pelo líder da casa, Lincoln Portela, vai ser oficializada dia 1º de março, segundo o PR. Em abril de 2011 se envolveu em controvérsia ao empregar dois amigos humoristas como assessores, sem obrigá-los a cumprir expediente diário na Câmara e gratificando-os com salário de R$ 8 mil cada.   Em 2012 ele foi cotado como pré-candidato para a prefeitura de São Paulo.

 O Curral

Em O Curral, quadro do Show do Tom apresentado por Cabritto Jr. (Sátira a Britto Jr.) Tiririca fez Dado Tiribella (Dado Dolabella). 
Em O Curral 2, sátira da segunda edição do reality show A Fazenda, fez Tiririca Bacchi, versão de Karina Bacchi para o programa na época. 
Curiosamente, Dado Dolabella e Karina Bacchi, os vencedores das duas primeiras edições de A Fazenda foram satirizados por Tiririca em O Curral.

Tiririca é eleito um dos melhores parlamentares do Brasil
YAHOO 19/09/2012 13h15 

Ridicularizado quando eleito, o deputado federal Tirirca (PR-SP) deve estar rindo à toa de seus detratores. Com um desempenho acima do esperado e superior ao de muitos de seus colegas com mais anos de Casa, o segundo parlamentar mais votado da história da nação foi indicado como um dos 25 melhores deputados do ano pelos jornalistas que cobrem o Congresso.

O Prêmio Congresso em Foco, em sua sétima edição, definirá os melhores parlamentares em diversas categorias em votação aberta na internet até o dia 8 de novembro. Na eleição entre os jornalistas, Tiririca recebeu 14 votos. Ficou entre os 15 mais votados na Câmara. “Para mim, só de estar na lista é uma vitória. Não sou político, estou político. É uma diferença grande. Estou bem pra caramba. E o mais importante: sem deixar de ser eu mesmo aqui”, contou o palhaço ao site do Congresso em Foco.

Tiririca participou de todas as sessões no plenário da Câmara, foi assíduo na Comissão de Educação e Cultura e está com um projeto de sua autoria que beneficia trabalhadores de circo bem encaminhado na Casa. “Estou superfeliz com isso, mostrando para os meus eleitores que eles não deram voto perdido. Não estou fazendo feio. Não quero decepcionar o povo nem me decepcionar”, afirmou.

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou, no último dia 22, um projeto de lei apresentado por Tiririca que garante aos profissionais do circo a inclusão na Lei Orgânica de Assistência Social, o que permite que eles sejam atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, a proposta segue para a Comissão de Constituiçao e Justiça (CCJ). Caso aprovada, vai para votação no plenário. 

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1160124-tiririca-reclama-de-interesses-no-congresso-e-admite-abandonar-a-politica.shtml
Tiririca reclama de 'interesses' no Congresso e admite abandonar a política

O deputado federal Tiririca (PR-SP) afirmou que existem "outros interesses" no Congresso e que, por conta disso, admite que talvez não tente a reeleição nas eleições de 2014. Ele se disse "desacreditado da política".

"Eu não sei se pretendo continuar, por ser muito difícil lá dentro [da Câmara dos Deputados]", disse Tiririca, nesta quarta-feira (26), em entrevista à Rádio Liberdade FM, de Aracaju (SE).
alhaço eleito com 1,3 milhão de votos, ele demonstra decepção com a burocracia do Congresso. "Eu pensei que chegando à condição que eu cheguei, ia lá e ia aprovar projetos que iam beneficiar a população e essas coisas todas, mas não é assim. Há outros interesses", afirmou.

Na entrevista à rádio, Tiririca também disse que, "para boa parte da população, o político é visto como ladrão", mas ressaltou que se sente "muito feliz" quando as pessoas o elogiam por seu trabalho na Câmara.

ENTREVISTA AO 
http://congressoemfoco.uol.com.br/
“Deputados se acham demais”, diz Tiririca
Em sua primeira experiência política, parlamentar afirma que colegas gostam mesmo é do poder e não falam para os colegas em plenário, mas para quem assiste às transmissões pela TV

Na galhofa, o palhaço Tiririca se elegeu deputado dizendo que não sabia o que fazia um deputado. Pedia voto para poder contar depois. Desde que assumiu na Câmara, ele já tem a resposta pronta na ponta da língua, e a repete como um mantra: “Trabalha muito e produz pouco”. Mas o deputado aprendeu outra coisa: seus colegas gostam mesmo é do poder.

“Esse negócio aqui é o poder. A galera gosta do poder, muitos se acham demais aqui. Não me sinto assim”, afirma. Ele diz entender por que ninguém presta atenção no discurso do outro. “Os deputados não estão ali no plenário falando para os colegas. Estão falando para a televisão. É igual quando a gente grava na TV. Os deputados também estão falando para a plateia em casa”, observa.

Tiririca diz que, apesar de circular com um broche parlamentar graças à segunda maior votação obtida por um deputado na história do país, não mudou seu comportamento. “Não mudei. Sou a mesma pessoa, não dou carteirada em ninguém. As pessoas na rua me chamam de abestado. Se falam isso para outro deputado, vai ter briga. Acho até estranho me chamarem de senhor.” Nestas eleições, o deputado tem viajado país afora, ajudando o partido a eleger prefeitos.

Leia a íntegra da entrevista de Tiririca:

Congresso em Foco – O senhor foi indicado por 186 jornalistas que cobrem o Congresso como um dos 25 melhores deste ano. A que o senhor atribui essa indicação?
Tiririca – Sou um dos nove mais assíduos na Câmara. Estou publicando boletim divulgando onde coloquei as verbas das minhas emendas. Estou prestando contas para o povo, fazendo a minha parte e obrigação. Isso é bacana. O político é muito mal visto pela população, mas, por onde viajo, tenho recebido muitos elogios das pessoas. Só de ser citado nessa votação, no meio de 513 deputados, é algo fantástico. Eu não sou político, estou político. É uma diferença grande. Estou bem pra caramba. E o mais importante: sendo eu aqui. No começo, imaginava que só poderia ser aquela coisa de terno. Aqui, sou eu mesmo, os caras me respeitam. Estou dentro do regimento, sendo eu mesmo. Isso é maravilhoso.

O senhor não mudou como deputado?
Não mudei. Sou a mesma pessoa, não dou carteirada em ninguém. As pessoas na rua me chamam de abestado. Se falam isso para outro deputado, vai ter briga. Acho até estranho me chamarem de senhor. Digo para as pessoas ficarem à vontade para me chamarem de você. Outro dia um segurança da Câmara me barrou na entrada de um restaurante aqui. Se fosse outro deputado, dava carteirada. Aceitei as desculpas. Esse negócio aqui é o poder. A galera gosta do poder, muitos se acham demais aqui. Não me sinto assim. Além disso, tenho uma assessoria boa pra caramba. Não é porque você foi o mais votado que vai ficar se achando. Isso é bobeira. Eu sou eu, venho aqui de tênis. No começo, a galera falava. Não estou fugindo do regimento. O pessoal, quando me vê, diz que sou simples, igual na TV. Para onde vou, é foto. A gente faz uma bagunça.

O senhor chegou aqui cercado de desconfiança. Acredita que superou isso em menos de dois anos de mandato?
A desconfiança era geral, até mesmo do povo que votou em mim. Votaram em mim por eu ser algo diferente, queriam ver o que eu iria fazer. Mas sempre disse que a coisa aqui na Câmara seria séria.

O que o senhor mais aprendeu aqui desde que chegou?
É muito difícil aprovar algum projeto. Tem parlamentar com vários mandatos que nunca conseguiu nada. Estou no primeiro mandato, e o meu projeto que trata dos circenses foi aprovado na Comissão de Seguridade Social. Agora vai para a CCJ. Estou superfeliz com isso, mostrando para os meus eleitores que eles não deram voto perdido. Não estou fazendo feio. Não quero decepcionar o povo nem me decepcionar. Não basta apresentar projeto, tem de ficar em cima, porque é complicado. A gente está fazendo reuniões, cobrando.

O senhor considera que evoluiu como deputado do ano passado pra cá?
Evoluí em tudo. Agora estou totalmente seguro de como funciona a Casa, de como deve ser. Não quero errar em nada. Estou com esse pensamento. A gente vê como funciona. Aí, você aprende que vai por um caminho legal ou um caminho errado. Você tem essa oportunidade de estar aprendendo. É bacana ver parlamentar com dez, nove mandatos, admitir que estava com medo que eu fizesse palhaçada e que agora vem me dar os parabéns. Estou respeitando eles, e eles me respeitam.
Alegria do Forr
O senhor se sente mais cobrado do que os outros parlamentares?
Eu me sinto vigiado aqui 24 horas. Muitos pensaram que eu não ia ser levado a sério. Quem me dá parabéns talvez nem curtisse meu trabalho como comediante, mas se surpreendeu. Muitos que meteram o pau em mim na imprensa agora me cumprimentam, dizendo que se surpreenderam.

Quem, por exemplo?
Prefiro não falar nomes.

O que mais o incomoda aqui?
Como sou um cara do humor, ficou preso aqui. Sou bicho solto no mundo. Tanto que, se me prendem no humor, não rendo nada. Vou seguir o texto, mas do meu jeito. Na TV, me deixam à vontade, porque acreditam que é assim que funciona. Aqui cheguei preso. Caramba, o que estou fazendo aqui? Sentia que as pessoas me olhavam atravessado: este cara vem fazer palhaçada. Mas a gente está surpreendendo.

Já se considera plenamente adaptado à atividade parlamentar?
Venho segunda à noite para cá, porque tenho medo de o voo atrasar na terça e eu ter de faltar. Terça de manhã já tem comissão. Terça e quarta são dias de receber as pessoas no gabinete. É gente demais, do país todo, que vem tirar fotos e dizer que está acompanhando o meu trabalho na Câmara. Estou feliz por isso. Estou totalmente adaptado, já sei como funcionam as coisas.

O senhor considera que tem menos espaço para errar aqui do que seus colegas?
Cabe a você caminhar pelo caminho certo ou errado. Aqui, tem esses dois caminhos. A responsabilidade é maior, qualquer vacilo que eu der, a imprensa e os colegas vão cair de cima: “Oh, o palhaço está fazendo palhaçada”. Quando você faz trabalho legal, os colegas mais experientes não vão querer ficar para trás e passam a fazer a coisa legal também: “Um doidinho vem do circo e está fazendo as coisas, por que a gente vai ficar pra trás?” É bom para o povo chegar sangue novo, um cara que não é da área. Isso é maravilhoso.

O senhor já pensa em buscar a reeleição?
Nisso ainda não penso. Penso em terminar o mandato legal. É isso que estou fazendo. É uma coisa de cada vez. No momento, estou feliz, estou gostando. Estou fazendo coisas que, como artista, jamais poderia fazer para o povo. De onde ia tirar dinheiro do bolso para saúde, educação e esporte? Não tinha como. Mas, com emenda parlamentar, posso. Tenho verba anual para mandar para essas áreas.


Como o senhor define o seu mandato?
Diria que está muito bom. Está sendo positivo. É muito legal as pessoas se aproximarem e dizerem que estão acompanhando. Costumo dizer que sou um cara de muita sorte. Conseguir me transformar em político e ser reconhecido na rua, com as pessoas chegando até mim e me parabenizando… Político é mal visto pra caramba, acham que é mais um que vai roubar. As pessoas me dizem diretamente que estão de saco cheio de político. Estou fazendo um trabalho maravilhoso. Sou o único com essa bandeira do circo. Sou um cara circense. E estou firme nessa bandeira. Pode não dar em nada, mas estou fazendo muito barulho. O circo está sendo lembrado. Pessoas que nunca imaginei que fossem de circo estão dando a cara para bater. As pessoas não têm mais vergonha de falar que são de circo. Deu uma grande abertura.

O senhor teve de se reinventar aqui?
É uma loucura total, era tudo novo pra mim. No começo, eu pensava: “Poxa, o cara fala no plenário e ninguém presta atenção. Isso é um absurdo”. Por isso que o Clodovil ficou chocado. Com o tempo, você entende que a mecânica da coisa aqui é assim. Os deputados não estão ali no plenário falando para os colegas. Estão falando para a televisão. É igual quando a gente grava na TV. Os deputados também estão falando para a plateia em casa. Não estou bagunçando o trabalho de ninguém, sou um cara verdadeiro. Já sei o que deputado faz, trabalha muito e produz pouco. O mínimo que você pode fazer é não faltar às votações, estar nas comissões, isso é uma obrigação do parlamentar. Quero seguir sempre essa linha, se Deus quiser.

O senhor se arrepende de algo neste um ano e meio de mandato?
De nada. Eu me surpreendi porque sou um cara livre. Se você quer levar a coisa a sério, vira uma obrigação. Se você entrou no negócio, tem de dar o máximo de você. Não gosto de ficar preso.

Quais são seus objetivos imediatos aqui na Câmara?
Aprovar o projeto do circo. Se ele for aprovado, meu mandato já terá cumprido sua missão. Será sensacional. No primeiro mandato, e ter uma lei aprovada! Agora é continuar esse trabalho para terminar o mandato legal. O que vem depois eu não sei, ainda não tenho na cabeça. Quero terminar bem o mandato, fazendo algo pelo povo, não decepcionar os eleitores nem os fãs.

O senhor chegou a ter o nome especulado para disputar a prefeitura de São Paulo. Ficou frustrado pelo fato de o partido não ter levado sua candidatura adiante?
Eu vi que não estava preparado. Não é assim, não dá pra fazer isso. Isso requer muita experiência e tempo na política. Fiquei feliz por terem lembrado do meu nome, mas não teria condições.

Como tem sido sua participação nestas eleições?
Estou viajando para o partido. Já fiz uma porrada de viagens. Já fui para a Bahia, o Acre e várias cidades de São Paulo. As perguntam para os parlamentares de estados diferentes como é o Tiririca. E o partido me leva para dar palestra. No inicio do mandato, eu dava meu depoimento, lembrando que era palhaço de circo e que era possível fazer algo na política. Agora tenho viajado para pedir votos. Eu subo no palanque, conto minha história e digo para as pessoas votarem em quem elas quiserem. Eu não peço para votar em fulano. Digo assim: se você se identificou e acha que deve votar nele, vote.

Mas o senhor não teme ser usado politicamente?
Procuro me informar antes sobre os candidatos. A gente recuou algumas vezes, porque mando a assessoria ver quem é o cara. Se ele está enrascado, não vou queimar meu nome. Comecei a trabalhar como artista aos 8 anos e estou com 47 agora. Tenho 39 anos de estrada como artista. Porque assim não vou me queimar só politicamente. É complicado pra caramba, tem de ter noção que não dá pra fazer tudo.

Tiririca vira jogo no Facebook
Depois de ser eleito o candidato mais popular do país, com mais de um milhão de votos, o humorista Tiririca precisa correr para chegar a capital federal e exercer seu cargo. Essa é a história de Tiririca Game, um joguinho para o Facebook que garante muita diversão.

Aqui, você deve ajudar o abestado Tiririca em sua missão, guiando o palhaço em sua caminhada por  muitos estados brasileiros. No caminho, Tiririca deve desviar de pássaros, piranhas e precipícios. O jogador deve conduzir Tiririca na busca por letras para completar seu nome de batismo., além de recolher, laranjas maduras.


O jogador tem três chapéus coloridos (ou seja, vidas) em cada fase. O estilo do jogo é semelhante ao que consagrou personagens como Mário e Sonic na década de 90. A trilha sonora é repetitiva, mas não enjooa. A abertura do jogo pode te arrancar boas risadas e o a tela de “restart” é um trocadilho bem bolado. 
Tirica Game é um ótimo aplicativo para o Facebook, projetado de um modo que não lota sua caixa de mensagens da rede social, o internauta decide se posta o resultado em seu perfil ou não. Diversão garantida que vale a pena! 

   Obras publicadas

AS PIADAS fantárdigas do Tiririca. São Paulo: Matrix, 2006. Co-autor da obra. 
              Discografia

Florentina (1997)
Dança da Rapadura (1999)
 Canções de sucesso

1996: O Padroeiro do Ceará
1996: Florentina

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publicado por duronaqueda às 15:48

Tita (futebolista)

Sexta-feira, 13.06.14

      Tita (futebolista)    

Milton Queiroz da Paixão, mais conhecido como Tita (Rio de Janeiro, 1º de abril de 1958), é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como meia ou atacante.
Tita também é membro ativo e líder local (RJ) de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecidos como os Mormons.

                    Carreira

                                                                                                   Jogador
Tita começou a jogar futebol nas divisões de base do Flamengo em 1970, quando tinha 12 anos de idade. Sete anos mais tarde subiu para o time profissional do Flamengo, tendo participado de todas as grandes conquistas do rubro-negro durante aquele período mágico no início dos anos 80.
Sua posição de origem era a de armador no meio-de-campo, contudo, como o Flamengo já tinha Andrade, Adílio e Zico, Tita acabou improvisado na ponta-direita. Jogador versátil, não teve dificuldade em adaptar-se a nova posição, fazendo ótimas apresentações como atacante. Participou das conquistas dos Estaduais de 78, 79 e 81, dos Brasileiros de 1980 e 82, além da Libertadores da América e Mundial Interclubes em 81.
Em 1983, foi emprestado ao Grêmio, ajudando a equipe gaúcha em sua conquista da Libertadores de 1983. Retornou ao Flamengo em outubro daquele mesmo ano, ficando, portanto, de fora da final do Mundial, quando o Grêmio derrotou o Hamburgo e tornou-se o terceiro time brasileiro campeão do mundo na história.

Nesta nova passagem pelo Flamengo, Tita assumiu a camisa 10 de Zico, que havia sido negociado com o futebol italiano. Entretanto, em 1985, deixou definitivamente a Gávea para ir jogar no Internacional.
Em 1987, retornou ao futebol carioca, vestindo a camisa do Vasco da Gama. Naquele ano, o time do Vasco, que já contava com nomes como Acácio, Paulo Roberto, Mazinho, Roberto Dinamite, Geovani e Romário, chegou às finais do Estadual contra o Flamengo. Ironicamente, Tita foi o autor do gol que deu o título ao Vasco.

Fora do Brasil, Tita atuou no Bayer Leverkusen, da Alemanha, aonde conquistou a Copa da UEFA de 1988, e depois no Pescara, um clube italiano.
Voltou para o Vasco em 1989, quando conseguiu seu quarto título nacional no Brasileirão daquele ano. Então, já com 32 anos de idade, foi convocado para sua primeira e única Copa do Mundo, a da Itália, em 1990. Entretanto, ficou no banco de reservas e não disputou nenhuma partida.
Depois da Copa, Tita foi jogar no México, aonde permaneceu pelos seis anos seguintes. Encerrou sua carreira em 1998, jogando no Comunicaciones, da Guatemala.
                                                             

tita e sua esposa

  Treinador
Dois anos após encerrar a sua carreira como jogador, Tita fez a transição para o cargo de treinador e assumiu o comando do Americano do Rio de Janeiro. No mesmo ano, 2000, voltou Vasco da Gama onde onde trabalhou como jogador.
Na primeira passagem pelo Vasco, Tita esteve no comando da equipe apenas por dois jogos: o segundo jogo da final do Campeonato Carioca no qual perdeu para o Flamengo e um jogo amistoso contra o Rio Branco que o Vasco venceu


tita noivado em 1982

Seguiram-se passagens por clubes de menor expressão e alguns de fora do Brasil.
Em 2008, Tita foi contratado pelo seu ex-companheiro de equipe, agora presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite para assumir o comando da equipe até o fim do Campeonato Brasileiro.  No dia 17 de setembro do mesmo ano, após a eliminação da Copa Sul-Americana e uma série de maus resultados no Campeonato Brasileiro, Tita se demite do Vasco. e esteve entre 2010 e 2011, como treinador do León. e em 2012, como do Necaxa .

Titulos  Clubes
Flamengo
 Copa Européia/Sul-Americana: 1981
 Copa Libertadores da América: 1981
 Campeonato Brasileiro: 1980, 1982
 Campeonato Carioca: 1978, 1979, 1979 (Especial), 1981
 Taça Guanabara: 1979, 1980, 1981, 1982,
 Troféu Ramón de Carranza: 1979
 Troféu Ramón de Carranza: 1980
 Torneio das Astúrias: 1980
 Torneio de Algarve: 1980
 Troféu Cidade de Santander: 1980
 Torneio de Nápoles: 1981
 Taça Confraternização Brasil-Paraguai: 1982
 Troféu Brasil-Argentina: 1982

Com Pelé no Fla
No dia 06 de abril de 1979, Pelé vestiu a camisa do Flamengo em uma partida beneficente contra o Atlético Mineiro, cuja renda foi revertida para vítimas de enchente que havia castigado Minas Gerais dias antes. Momento de tietagem para o zagueiro Nelson, à direita, e para Tita, à esquerda

Grêmio
 Copa Libertadores da América: 1983
Vasco
 Campeonato Brasileiro: 1989
 Campeonato Carioca: 1987
 Taça Guanabara: 1987
 Troféu Ramón de Carranza: 1987
 Copa Ouro (EUA): 1987
Bayer Leverkusen
Copa da UEFA: 1987-88
Club León
Campeonato Mexicano: 1991/92
Comunicaciones
Campeonato da Guatemala: 1997
 Seleção Brasileira
Copa América: 1989
 Artilharia

Taça Libertadores da América: 1984 (8 gols)
Campeonato Gaúcho: 1985 (15)

Informações pessoais
Nome completoMilton Queiroz da Paixão
Data de nasc.1 de Abril de 1958 (54 anos)
Local de nasc.Rio de Janeiro (RJ),  Brasil
PosiçãoTreinador (ex-meia e atacante)
Clubes de juventude
Brasil Flamengo
Clubes profissionais2
AnosClubesJogos (golos)
1977–1982
1983
1983–1985
1985–1986
1987
1987–1988
1989
1989–1990
1991–1994
1994–1995
1996–1997
1997
Brasil Flamengo
Brasil Grêmio
Brasil Flamengo
Brasil Internacional
Brasil Vasco da Gama
Alemanha Bayer Leverkusen
Itália Pescara
Brasil Vasco da Gama
México León
México Puebla
México León
Guatemala Comunicaciones
289 (89)
32 (19)
93 (41)
57 (32)
42 (24)
37 (22)
31 (17)
39 (11)
105 (54)
42 (23)
62 (32)
11 (6)
Seleção nacional3
1979–1990Brasil Brasil32 (6)
Times que treinou
AnosClubesJogos
2000
2000
2001
2002
2002–2003
2003
2003
2004
2004–2005
2005
2005
2006
2006–2007
2007–2008
2008
2009
2010
2010-2011
2012
Brasil Vasco da Gama
Brasil Americano
Japão Urawa Reds
Estados Unidos El Paso Patriots
Brasil America
Brasil Bangu
Brasil Americano
Brasil Caxias
Brasil Remo
Brasil Campinense
Brasil Olaria
Flag of Japan.svg Japão (Assistente)
Brasil Tupi
Brasil Macaé
Brasil Vasco da Gama
Brasil América-RN
Brasil Volta Redonda
México León
México Necaxa

2 Partidas e gols total pelo
clube, atualizados até 1997.
3 Partidas e gols da seleção nacional estão atualizados

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publicado por duronaqueda às 15:44

Tita (futebolista)

Sexta-feira, 13.06.14

      Tita (futebolista)    

Milton Queiroz da Paixão, mais conhecido como Tita (Rio de Janeiro, 1º de abril de 1958), é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como meia ou atacante.
Tita também é membro ativo e líder local (RJ) de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecidos como os Mormons.

                    Carreira

                                                                                                   Jogador
Tita começou a jogar futebol nas divisões de base do Flamengo em 1970, quando tinha 12 anos de idade. Sete anos mais tarde subiu para o time profissional do Flamengo, tendo participado de todas as grandes conquistas do rubro-negro durante aquele período mágico no início dos anos 80.
Sua posição de origem era a de armador no meio-de-campo, contudo, como o Flamengo já tinha Andrade, Adílio e Zico, Tita acabou improvisado na ponta-direita. Jogador versátil, não teve dificuldade em adaptar-se a nova posição, fazendo ótimas apresentações como atacante. Participou das conquistas dos Estaduais de 78, 79 e 81, dos Brasileiros de 1980 e 82, além da Libertadores da América e Mundial Interclubes em 81.
Em 1983, foi emprestado ao Grêmio, ajudando a equipe gaúcha em sua conquista da Libertadores de 1983. Retornou ao Flamengo em outubro daquele mesmo ano, ficando, portanto, de fora da final do Mundial, quando o Grêmio derrotou o Hamburgo e tornou-se o terceiro time brasileiro campeão do mundo na história.

Nesta nova passagem pelo Flamengo, Tita assumiu a camisa 10 de Zico, que havia sido negociado com o futebol italiano. Entretanto, em 1985, deixou definitivamente a Gávea para ir jogar no Internacional.
Em 1987, retornou ao futebol carioca, vestindo a camisa do Vasco da Gama. Naquele ano, o time do Vasco, que já contava com nomes como Acácio, Paulo Roberto, Mazinho, Roberto Dinamite, Geovani e Romário, chegou às finais do Estadual contra o Flamengo. Ironicamente, Tita foi o autor do gol que deu o título ao Vasco.

Fora do Brasil, Tita atuou no Bayer Leverkusen, da Alemanha, aonde conquistou a Copa da UEFA de 1988, e depois no Pescara, um clube italiano.
Voltou para o Vasco em 1989, quando conseguiu seu quarto título nacional no Brasileirão daquele ano. Então, já com 32 anos de idade, foi convocado para sua primeira e única Copa do Mundo, a da Itália, em 1990. Entretanto, ficou no banco de reservas e não disputou nenhuma partida.
Depois da Copa, Tita foi jogar no México, aonde permaneceu pelos seis anos seguintes. Encerrou sua carreira em 1998, jogando no Comunicaciones, da Guatemala.
                                                             

tita e sua esposa

  Treinador
Dois anos após encerrar a sua carreira como jogador, Tita fez a transição para o cargo de treinador e assumiu o comando do Americano do Rio de Janeiro. No mesmo ano, 2000, voltou Vasco da Gama onde onde trabalhou como jogador.
Na primeira passagem pelo Vasco, Tita esteve no comando da equipe apenas por dois jogos: o segundo jogo da final do Campeonato Carioca no qual perdeu para o Flamengo e um jogo amistoso contra o Rio Branco que o Vasco venceu


tita noivado em 1982

Seguiram-se passagens por clubes de menor expressão e alguns de fora do Brasil.
Em 2008, Tita foi contratado pelo seu ex-companheiro de equipe, agora presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite para assumir o comando da equipe até o fim do Campeonato Brasileiro.  No dia 17 de setembro do mesmo ano, após a eliminação da Copa Sul-Americana e uma série de maus resultados no Campeonato Brasileiro, Tita se demite do Vasco. e esteve entre 2010 e 2011, como treinador do León. e em 2012, como do Necaxa .

Titulos  Clubes
Flamengo
 Copa Européia/Sul-Americana: 1981
 Copa Libertadores da América: 1981
 Campeonato Brasileiro: 1980, 1982
 Campeonato Carioca: 1978, 1979, 1979 (Especial), 1981
 Taça Guanabara: 1979, 1980, 1981, 1982,
 Troféu Ramón de Carranza: 1979
 Troféu Ramón de Carranza: 1980
 Torneio das Astúrias: 1980
 Torneio de Algarve: 1980
 Troféu Cidade de Santander: 1980
 Torneio de Nápoles: 1981
 Taça Confraternização Brasil-Paraguai: 1982
 Troféu Brasil-Argentina: 1982

Com Pelé no Fla
No dia 06 de abril de 1979, Pelé vestiu a camisa do Flamengo em uma partida beneficente contra o Atlético Mineiro, cuja renda foi revertida para vítimas de enchente que havia castigado Minas Gerais dias antes. Momento de tietagem para o zagueiro Nelson, à direita, e para Tita, à esquerda

Grêmio
 Copa Libertadores da América: 1983
Vasco
 Campeonato Brasileiro: 1989
 Campeonato Carioca: 1987
 Taça Guanabara: 1987
 Troféu Ramón de Carranza: 1987
 Copa Ouro (EUA): 1987
Bayer Leverkusen
Copa da UEFA: 1987-88
Club León
Campeonato Mexicano: 1991/92
Comunicaciones
Campeonato da Guatemala: 1997
 Seleção Brasileira
Copa América: 1989
 Artilharia

Taça Libertadores da América: 1984 (8 gols)
Campeonato Gaúcho: 1985 (15)

Informações pessoais
Nome completoMilton Queiroz da Paixão
Data de nasc.1 de Abril de 1958 (54 anos)
Local de nasc.Rio de Janeiro (RJ),  Brasil
PosiçãoTreinador (ex-meia e atacante)
Clubes de juventude
Brasil Flamengo
Clubes profissionais2
AnosClubesJogos (golos)
1977–1982
1983
1983–1985
1985–1986
1987
1987–1988
1989
1989–1990
1991–1994
1994–1995
1996–1997
1997
Brasil Flamengo
Brasil Grêmio
Brasil Flamengo
Brasil Internacional
Brasil Vasco da Gama
Alemanha Bayer Leverkusen
Itália Pescara
Brasil Vasco da Gama
México León
México Puebla
México León
Guatemala Comunicaciones
289 (89)
32 (19)
93 (41)
57 (32)
42 (24)
37 (22)
31 (17)
39 (11)
105 (54)
42 (23)
62 (32)
11 (6)
Seleção nacional3
1979–1990Brasil Brasil32 (6)
Times que treinou
AnosClubesJogos
2000
2000
2001
2002
2002–2003
2003
2003
2004
2004–2005
2005
2005
2006
2006–2007
2007–2008
2008
2009
2010
2010-2011
2012
Brasil Vasco da Gama
Brasil Americano
Japão Urawa Reds
Estados Unidos El Paso Patriots
Brasil America
Brasil Bangu
Brasil Americano
Brasil Caxias
Brasil Remo
Brasil Campinense
Brasil Olaria
Flag of Japan.svg Japão (Assistente)
Brasil Tupi
Brasil Macaé
Brasil Vasco da Gama
Brasil América-RN
Brasil Volta Redonda
México León
México Necaxa

2 Partidas e gols total pelo
clube, atualizados até 1997.
3 Partidas e gols da seleção nacional estão atualizados

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publicado por duronaqueda às 15:44

ALEC BALDWIN(ATOR)

Sexta-feira, 13.06.14
600full-alec-baldwin (23)
Alec Baldwin
Alexander Rae Baldwin III (Massapequa, 3 de abril de 1958), mais conhecido como Alec Baldwin, é um premiado ator estado-unidense.
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Alec Baldwin foi indicado ao Oscar de Melhor Ator (coadjuvante/secundário) por seu trabalho no filme The Cooler (2003) e três vezes vencedor do Golden Globe Award para Melhor Ator (série cómica ou musical) em televisão por seu trabalho em 30 Rock (Prêmios Globo de Ouro 2007, 2009 e 2010).
Alec é o mais velho dos "irmãos Baldwin". Foi casado com Kim Basinger, entre 1993 e 2002. Teve um filha, Ireland Baldwin com Kim.
Alec Baldwin

 Em 2010, foi apresentador da 82ª edição do Oscar. É vegetariano, ativista em defesa dos direitos dos animais e colabora para ONG's como a PETA.  
Em 2011 foi expulso de um avião por se recusar a desligar um aparelho celular. 
No dia 30 de junho de 2012 casou com a instrutora de ioga, Hilaria Thomas.6 Em janeiro de 2013, foi anunciado que Hilaria está grávida.  No dia 23 de agosto de 2013, Hilaria teve Carmen Gabriela, a segunda filha do ator.
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Filmografia 

2013: Blue Jasmine
2012: Rise of the Guardians (voz)
2012: Rock of Ages
2009: It's Complicated
2009: My Sister's Keeper
2008: Lymelife
2008: Madagascar: Escape 2 Africa (Voz)
2008: My Best Friend's Girl
2007: The Forbidden City (Pré-produção)
2007: Lymelife (Em produção)
2007: Suburban Girl
2007: The Girls' Guide to Hunting & Fishing (Pós-produção)
2006: The Good Shepherd
2006: Brooklyn Rules
2006: The Departed
2006: Running with Scissors
2006: Mini's First Time
2005: Fun with Dick and Jane
2005: Elizabethtown
2004: The Aviator
2004: The SpongeBob SquarePants Movie (Voz)
2004: Along Came Polly
2004: The Last Shot
2003: The Cat in the Hat
2003: The Cooler
2002: The Adventures of Pluto Nash (Não aparece nos créditos)
2001: The Royal Tenenbaums (Narrador)
2001: Final Fantasy: The Spirits Within (Voz)
2001: Cats & Dogs (Voz)
2001: Pearl Harbor
2000: State and Main
2000: Thomas and the Magic Railroad
2000: Nuremberg - Infamy On Trial
1999 Outside Providence
1999: The Confession
1999: Notting Hill (Não aparece nos créditos)
1998: Mercury Rising
1997: The Edge
1996: Ghosts of Mississippi
1996: Heaven's Prisoners
1996: The Juror
1994: The Shadow
1994: The Getaway
1993: Malice
1992: Glengarry Glen Ross
1992: Prelude to a Kiss
1991: The Marrying Man
1990: Alice
1990: Miami Blues
1990: The Hunt for Red October
1989: Great Balls of Fire
1988: Talk Radio
1988: Working Girl
1988: Married to the Mob
1988: Beetlejuice
1988: She's Having a Baby
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1987: Forever, Lulu
Prêmios e indicações 

Emmy:
2010: Melhor ator principal em uma série comédia por 30 Rock (indicado)
2009: Melhor ator principal em uma série comédia por 30 Rock (vencedor)
2008: Melhor ator principal em uma série comédia por 30 Rock (vencedor)
2007: Melhor ator principal em uma série comédia por 30 Rock (indicado)
2006: Melhor ator convidado em uma série de comédia por Will & Grace (indicado)
2005: Melhor ator convidado em uma série de comédia por Will & Grace (indicado)
2002: Melhor ator (coadjuvante/secundário) em uma minissérie ou telefilme por Path to War (indicado)
2001: Melhor minissérie por Nuremberg (indicado)
1996: Melhor ator numa minissérie ou telefilme por A Streetcar Named Desire (indicado)
Globos de Ouro:
2009: Melhor Ator (série cómica ou musical) em televisão por 30 Rock (vencedor)
2008: Melhor Ator (série cómica ou musical) em televisão por 30 Rock (vencedor)
2006: Melhor Ator (série cómica ou musical) em televisão por 30 Rock (vencedor)
2004: Melhor Ator (coadjuvante/secundário) em cinema por The Cooler (indicado)

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2003: Melhor Ator (coadjuvante/secundário) em televisão por Path to War (indicado)
2001: Melhor Ator (minissérie ou filme) em televisão por Nuremberg (indicado)
1996: Melhor Ator (minissérie ou filme) em televisão por A Streetcar Named Desire (indicado)
Oscar:
2004: Melhor Ator (coadjuvante/secundário)/secundário) por The Cooler (indicado)
Satellite Awards:
2004: Melhor ator ((coadjuvante/secundário) por The Cooler
Screen Actors Guild:
2011: Melhor Ator em uma série de televisão - comédia por 30 Rock (vencedor)
2010: Melhor Ator em uma série de televisão - comédia por 30 Rock (vencedor)
2009: Melhor Ator em uma série de televisão - comédia por 30 Rock (vencedor)
2008: Melhor Ator em uma série de televisão - comédia por 30 Rock (vencedor)
2007: Melhor Ator em uma série de televisão - comédia por 30 Rock (indicado)
2004: Melhor Ator (coadjuvante/secundário)/secundário) em um filme por The Cooler (indicado)
2001: Melhor Ator em uma minissérie ou telefilme por Nuremberg (indicado)
1996: Melhor Ator em uma minissérie ou telefilme por A Streetcar Named Desire (indicado)
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publicado por duronaqueda às 11:25

BIOGRAFIA ALAN ALDA(ATOR)

Sexta-feira, 13.06.14
Alan Alda  010  A Voz Do Desmanipulador
Alan Alda
Alan Alda (nome artístico de Alphonso Joseph D'Abruzzo; Nova Iorque, 28 de janeiro de 1936) é um ator, diretor, roteirista e escritor norte-americano.
Alan Alda  025  A Voz Do Desmanipulador
Vencedor por seis vezes dos prêmios Emmy e Globo de Ouro, celebrizou-se por sua interpretação do personagem Hawkeye Pierce na série de televisão M*A*S*H. Atualmente é professor-visitante na Escola de Jornalismo da Universidade de Stony Brook, e faz parte do conselho do seu Centro para as Ciências da Comunicação.1
Em 1996, Alda foi classificado no 41º lugar da lista de 50 maiores estrelas da televisão de todos os tempos, compilada pela publicação norte-americana TV Guide
Alan Alda  026  A Voz Do Desmanipulador
Seu pai era o também ator Robert Alda. Recebeu uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 2005 pelo filme The Aviator (O Aviador), dirigido por Martin Scorsese.
“Você precisa abandonar o abrigo do seu conforto e penetrar no terreno da sua intuição. O que você vai descobrir será fantástico. Você se descobrirá.” 
?Alan Alda
Alan Alda  028  A Voz Do Desmanipulador
Começe desafiando suas próprias suposições. Suas suposições são suas janelas no mundo. Esfregue-as de vez em quando, ou a luz não entrará.” 
?Alan Alda
Alan Alda  037  A Voz Do Desmanipulador
CINEMA
 * Gone Are the Days! (1963)
    * Paper Lion (1968)
    * The Extraordinary Seaman (1969)
    * Jenny (1970)
    * The Moonshine War (1970)
    * The Mephisto Waltz (1971)
    * To Kill a Clown (1972)
    * Kill Me If You Can (1977)
    * Same Time, Next Year (1978)
    * California Suite (1978)
    * The Seduction of Joe Tynan (1979)
    * The Four Seasons (1981)
    * Sweet Liberty (1986)
    * A New Life (1988)
    * Crimes and Misdemeanors (1989)
    * Betsy's Wedding (1990)
    * Whispers in the Dark (1992)
    * Manhattan Murder Mystery (1993)
    * Canadian Bacon (1995)
    * Flirting with Disaster (1996)
    * Everyone Says I Love You (1996)
    * Murder at 1600 (1997)
    * Mad City (1997)
    * The Object of My Affection (1998)
    * Keepers of the Frame (1999)
    * What Women Want (2000)
    * The Aviator (2004)
    * Resurrecting the Champ (2007)
    * Diminished Capacity (2008)
    * Flash of Genius (2008)
    * Nothing But The Truth (2008)
    * Tower Heist (2011)
    * Wanderlust (2012)
Televisão
The Phil Silvers Show (1958)
Naked City (1962)
The Doctors and the Nurses (1963)
Route 66 (1963)
East Side/West Side (1963)
The Trials of O'Brien (1963)
That Was The Week That Was (1964–1965)
Where's Everett (1966) (piloto)
Coronet Blue (1967)
Premiere (1968)
Story Theatre (1971)
Class of '55 (1972)
The Glass House (1972)
M*A*S*H (1972–1983)
Playmates (1972)
Isn't It Shocking? (1973)
Free to Be... You and Me (1974)
6 Rms Riv Vu (1974)
Kill Me If You Can (1977)
The Four Seasons (piloto para a TV) 1984
And the Band Played On (1993)
Scientific American Frontiers (1993–2005)
White Mile (1994)
Jake's Women (1996)
ER (1999)
Club Land (2001)
The Killing Yard (2001)
The West Wing (2004–2006)
30 Rock (2009–2011)
The Human Spark (2010)
Law & Order: Los Angeles (2011)
The Big C (2011)
Alan Alda  035  A Voz Do Desmanipulador
Teatro 
Only in America (1959)
Purlie Victorious (1961)
A Whisper in God's Ear (1962)
Fair Game for Lovers (1964)
Cafe Crown (1964)
The Owl and The Pussycat (1965)
The Apple Tree (1966)
Jake's Women (1992)
Art (1998)
QED (2001)
The Play What I Wrote (2003)
Glengarry Glen Ross (2005)
Como dublador 
Free To Be You And Me (1972)
World War Z (2006) (voz do diretor Arthur Sinclair Jr.)

 
Alan Alda  034  A Voz Do Desmanipulador

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publicado por duronaqueda às 11:22